Conheça a história de Leandro da Silva; produtor brasileiro que vem se destacando na música eletrônica

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Por em 15 de abril, 2024 - 15/04/2024

O DJ e produtor Leandro da Silva vem firmando seu nome na cena eletrônica e alçando voos cada vez mais altos em sua carreira. O carioca e radicado em Roma, Itália, é dono da gravadora Black Lizard – selo mais vendido do ano no chart Hype Tech House no Beatport e também ocupou o Top 20 do chart geral de tech house, conforme o Beatstats.

Recentemente lançou “Plof Plof”, em collab com 3Beat pela gravadora italiana House of House Records. Mostrando versatilidade, o artista mesclou funk e música eletrônica, resultando em uma tech-houseira que vem performando bem nas plataformas de streamings.

Batemos um papo com o brasileiro que contou um pouco da sua história, falou sobre projetos futuros e “Plof Plof”, confira.


Leandro, conte mais sobre sua história. Quem é o Leandro da Silva, como ele foi parar na Itália e como se tornou DJ e produtor?

Leandro: Então, eu me mudei para Itália com minha mãe quando eu tinha uns 10 anos. A parada é que sempre fui meio que envolvido com arte, sabe? Meu pai era diretor de novelas na TV Globo, minha mãe atriz, e até meu tio trabalhava em rádio. 

A família sempre me deu aquela força nas minhas paradas artísticas. Aí comecei a trabalhar na rádio também, tipo, com uns 16 anos, e foi lá que aprendi a mexer nos programas de produção musical. Aí, véi, foi tudo meio que fluindo naturalmente.

Você tem números, suportes e colaborações impressionantes. Falando ainda de trajetória, teve alguma faixa ou fato que foi um ponto da virada pra você, e te fez explodir na Europa? Como foi que você se tornou tão grande?

Leandro: Com certeza! A música “So Crazy” foi tipo um divisor de águas na minha carreira. Ela chegou ao número 1 no Beatport e chamou a atenção dos maiores DJs do mundo. Logo de cara, recebi um convite para fazer um remix oficial pro David Guetta e Sia, e daí pra frente as coisas só foram crescendo.

Você também é label manager. Como é o seu trabalho à frente da Black Lizard?

Leandro: Com certeza! A Black Lizard é algo que levamos muito a sério. Tenho uma equipe excepcional ao meu lado e há um grande cuidado na seleção das faixas para lançamento, além de um trabalho enorme de promoção. Os resultados que você vê são apenas a ponta do iceberg de todo o esforço que colocamos nisso.

Recentemente, o selo atingiu posições expressivas nos charts do Beatport. Qual o segredo?

Leandro: Olha, não acredito que exista uma receita exata, sabe? É mais tipo um lance de se esforçar para melhorar a cada dia e aprender com os erros para tentar se posicionar o máximo possível entre as grandes gravadoras do mundo.

Quando a gravadora foi criada, e com que objetivo? Você imaginava que alcançaria resultados desse tamanho?

Leandro: Antes de lançar minha própria gravadora, eu trabalhei como Label Manager na gravadora do Stefano Noferini, onde aprendi os meandros da administração de uma gravadora. Em determinado momento, senti que estava pronto para seguir meu próprio caminho e abrir minha própria label. 

Os resultados surpreendentes que alcançamos definitivamente superaram minhas expectativas, mas desde o início levei esse projeto muito a sério. Tinha objetivos claros e metas ambiciosas em mente, e estava determinado a alcançá-los.

A gravadora deu origem à party label The Lizard, que está prestes a emplacar uma edição especial durante a Miami Music Week. Como o conceito da festa e do selo se relacionam?

Leandro: A festa está intimamente ligada à gravadora por várias razões. Primeiro, pela música; depois, nós criamos um mundo imaginário. Um futuro distópico onde os Lagartos são a espécie dominante do planeta, um mundo onde a única fonte de energia está contida em pedras, e os lagartos, através de uma dança tribal, conseguem transferir essa energia para toda a humanidade. É um momento em que a dança é vivida como a única forma de sobrevivência.

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Como é sua vida e rotina na Itália? Como a cena italiana de música eletrônica pode ser comparada à brasileira?

Leandro: Minha rotina na Itália, quando não estou em turnê, é basicamente passar longas horas no estúdio e no escritório, criando música e gerenciando a gravadora. A cena musical na Itália sempre foi muito interessante, com diversos produtores talentosos e sempre muita movimentação acontecendo.

Rankings da DJ Mag, 1001 Tracklists, remixes para David Guetta, Demi Lovato e Nile Rodgers… Qual a receita do sucesso?

Leandro: Repito, é fruto de muito trabalho. Não tive um DJ importante que me impulsionou nem um super-manager. Sempre trabalhei de forma independente e, como uma formiguinha, alcancei meus resultados um passo de cada vez


Recentemente, você fez sua maior turnê pelo Brasil. Como foi? O que o país representa para você?

Leandro: O Brasil é onde nasci e onde tenho minhas raízes. Para mim, voltar ao Brasil através da minha música é uma grande conquista. Adoraria conseguir voltar mais vezes. Para mim, os brasileiros sabem como festejar e apreciar a música eletrônica.

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No último dia 29 você lançou “Plof Plof” em collab com o 3Beat, e vocês transformaram o famoso funk da MC Beatriz em uma tech-houseira. Como surgiu a ideia dessa collab e de mesclar o funk com música eletrônica?

Leandro: A ideia para a collab com o 3Beat e a transformação de “Plof Plof” em uma faixa tech-house foi uma combinação de várias inspirações. Primeiramente, admiro o trabalho da MC Beatriz e sua incrível energia no mundo do funk. Além disso, estava buscando explorar novas sonoridades e desafiar meu próprio estilo musical. 

A ideia de mesclar o funk com música eletrônica surgiu da minha paixão por ambas as vertentes musicais e da vontade de criar algo único e empolgante.Quando discuti essa ideia com o 3Beat, ficamos todos animados com o desafio de unir esses dois gêneros tão distintos. 

Foi um processo colaborativo intenso, onde cada um trouxe suas ideias e expertise para criar a versão final de  “Plof Plof”. O resultado foi uma fusão de batidas contagiantes do funk com os elementos pulsantes da música eletrônica, que capturam a essência de ambas as formas de música. 

Estamos muito felizes com o resultado e esperamos que os fãs de ambos os gêneros apreciem essa nova interpretação de “Plof Plof”.

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O que pode nos adiantar em relação aos próximos passos do Leandro da Silva e da Black Lizard?

Leandro: Estou pronto para uma grande turnê pela Europa e Ásia. Tenho várias faixas importantes para lançar, tanto pela Black Lizard quanto por outras gravadoras parceiras, como a House of House do Dimitri Vegas ou a Protocol Records do Nicky Romero.

It’s all about groove

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