3 curiosidades sobre a história de Jeff Mills, headliner do DGTL São Paulo

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Por em 14 de novembro, 2024 - 14/11/2024

Jeff Mills é um dos artistas mais visionários da história da música eletrônica. Com uma carreira que já ultrapassa quatro décadas, o DJ e produtor nascido em Detroit, em 1963, ajudou a moldar o Techno desde suas origens e sempre entregou um trabalho fora da curva. Fundador do icônico coletivo Underground Resistance ao lado de “Mad” Mike Banks, Mills carrega consigo uma abordagem experimental usando a música como uma espécie de portal para o futuro, já que sempre teve um olhar avançado para onde as coisas caminhariam. 

+++ A importância de Jeff Mills para a Dance Music

Ao longo dos anos, ele também se mostrou um produtor musical diferenciado e produziu álbuns, EPs e trilhas sonoras que desafiam os padrões e flertam com temas complexos, do universo à condição humana. A maior parte da sua discografia foi assinada pela própria gravadora, Axis Records, fundada em 1992, junto com Robert Hood; mas seu principal single, “The Bells”, chegou em 1996, pela Purpose Maker. Incansável, Jeff Mills está sempre buscando inspiração em diferentes lugares e desafiando as fronteiras do possível, seja no estúdio ou no comando das pistas.

E falando nisso, ele estará no Brasil neste final de semana como o nome mais esperado da nova edição do DGTL, que rola sábado (16) no Komplexo Tempo. Mills irá assumir e encerrar o palco Modular das 5h às 7h, prometendo um set histórico para os verdadeiros amantes do Techno. Por isso nós resolvemos separar algumas curiosidades sobre a carreira dele, assim você chega na pista com informações super interessantes para compartilhar com os outros clubbers durante o festival. Vem com a gente:

Jeff Mills aka The Wizard

Antes de ser reconhecido como o “mestre do techno”, Jeff Mills já era uma lenda na rádio de Detroit, onde se apresentava sob o nome The Wizard. Com uma técnica avançada e velocidade impressionante com os toca-discos, Mills dominava o DJing com mixagens impecáveis de diversos gêneros, do Hip Hop ao New Wave, do Electro ao Techno. Ele não só influenciou a forma como a música eletrônica era tocada na cidade, como também inspirou uma geração de DJs a experimentar sons e técnicas novas.

Música e ficção científica

Fascinado por temas cósmicos e pelo futuro, Jeff Mills sempre buscou uma conexão entre música e ficção científica. Sua trilha sonora para o clássico Metropolis (1927), de Fritz Lang, é uma de suas obras mais memoráveis, onde ele recriou e reinterpretou a narrativa distópica do filme com camadas sonoras intensas e misteriosas. Mills também explorou o universo em projetos como The Trip e Planets, mostrando que, para ele, o techno é um meio de transporte para dimensões e atmosferas desconhecidas.

“Sempre adorei ficção científica. O que é ótimo nisso é que você pode apresentar conceitos interessantes de maneiras únicas”, disse em uma entrevista. O player abaixo é referente a segunda versão apresentada pelo artista, no ano passado, sendo a primeira lançada nos anos 2000.

Millsart: mais um pseudônimo de sucesso

Mills usa esse outro alter ego para explorar sons um pouco “mais profundos”, mas que não são necessariamente voltados para o Techno. Ele produziu alguns de seus trabalhos mais incríveis sob esse pseudônimo, como o EP “Humana” e também o “Gamma Player”, tido para muitos como uma obra-prima atemporal. Se você ouvir com atenção, vai perceber que ambas as faixas ainda soam futuristas, o que diz muito sobre o talento de Jeff Mills na produção musical.

Precisamos também fazer outras menções honrosas, como a participação de Jeff Mills no documentário Man From Tomorrow, onde ele é o principal protagonista; sua residência de quatro meses dentro do Museu do Louvre; sua performance icônica em 2006 ao lado da Orquestra Filarmônica de Montpellier, que deu início a essa união entre artistas de música eletrônica e sinfonias, além de ter recebido a condecoração francesa ‘Ordre des Arts et des Lettres’ por toda sua contribuição à comunidade artística. 

Jeff Mills é uma lenda viva e presenciá-lo ao vivo é uma oportunidade que não acontece com frequência. Portanto, se tiver a oportunidade, não deixe de estar na pista Modular neste sábado, no DGTL.

Referências: DJ Mag, The Quietus, Alataj

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