Timeless 018 | Renato Cohen

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Por em 14 de dezembro, 2022 - 14/12/2022

O conceito de novidade é relativo, quando se trata de música, mais ainda, afinal tudo é cíclico. Essa coluna foi pensada com o intuito de resgatar músicas perdidas nas cases e Hds de DJs nacionais e colocá-las em evidência novamente. Cada convidado recebe a missão de trazer 3 músicas que poderiam estar atualmente em seus sets. Sons que possuem características atuais em seus timbres e arranjos.

Nosso convidado da semana: Renato Cohen

Pioneiro, lenda, ícone da cena techno nacional e detentor de um dos maiores hits da história do estilo em todo o mundo. Renato dispensa maiores apresentações, ficamos com seu relato pessoal; 

‘’Muito difícil escolher apenas 3 faixas, acho que descobrir músicas antigas que soam atuais e fazem sentido nos dias de hoje é grande parte do meu trabalho como DJ. Lá em 2010 eu e meu amigo Benjamin Ferreira começamos uma festa chamada Poperô que mantivemos por muitos anos (…)

Na época não era uma coisa comum. A ideia da festa era justamente mixar House, Disco, Techno e outras coisas de épocas diferentes, de uma maneira que fizesse sentido. 

Não era nenhum baile da saudade, não tocávamos nenhum hit e as pessoas nem percebiam essa diferença de idade entre as músicas. O lugar era um inferninho, muito quente, húmido e por lotar logo que abria a gente tocava de 90 até 130 bpms (nem sempre em ordem crescente) até as 8 da manhã. Pegava fogo!’’

Joey Beltram – Arena – 1999

O primeiro EP da fase funky do Joey Beltram é uma de minhas faixas favoritas. Comprei assim que saiu e nunca deixei de tocar. Todas as faixas dele desde o começo sempre tiveram uma sonoridade que simplesmente não envelhece. Até hoje em qualquer rave cedo ou tarde você acaba ouvindo “Energy Flash”que é de 1991.

Cerrone – Supernature – 1977

Mais uma faixa muito atual mesmo após mais de quatro décadas. A mix continua sólida, os arranjos, a linha de baixo e os arpejos, tudo se encaixa com uma simplicidade que eu acho que é isso que mantém a faixa tão fresca até hoje.

Mathew Jonson – Typerope  – 2003

2003 foi o começo da febre do minimal que acabou estourando lá por 2005. Eu nunca classifiquei essa faixa como minimal, mas como ela apareceu nessa época foi como a maioria chamava. Uma sonoridade tão analógica e quente, estava muito acima da maioria das músicas da época. Vinte anos depois, poderia ter sido feita hoje.

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