A brasileira Mila Journée está em uma das suas melhores fases de sua carreira. Com uma ascensão sólida no cenário da música eletrônica mundial, a artista tem sido uma das escolhas frequentes dos grandes festivais nacionais e mundiais como Time Warp, Só Track Boa, Brunch Electronik, Lollapalooza, além de clubs e festas que rodam o Brasil, América Latina, países europeus e asiáticos. Tudo isso porque Mila Journée além de ser uma DJ de alta performance e talento, possui uma extensa bagagem na produção musical, com faixas que colecionam suportes de Solomun, Camelphat, Vintage Culture, Innellea e muito mais.
O EP Serendipity, que saiu pela Diynamic em 2022, foi responsável por catapultar a carreira da artista levando sua assinatura potente, dramática e autêntica aos big names do cenário mundial. Desde então, Mila engatou a quinta marcha em suas produções, estreitando os laços com Solomun com o segundo EP pela Diynamic – No Es No – além de marcar presença em labels como Volta, Dessert e Core Records.
Impressionando e conquistando os fãs ao redor do mundo, Mila celebra o momento auspicioso de sua jornada e se prepara para uma estreia especial no palco Raw Room do Surreal Park, no próximo dia 10 de maio. A artista dividirá o line-up com o francês Dimitri Nakov, além dos brasileiros Anonimat, HOO, Vicente Schiavenin e VYKK.
Batemos um papo com Mila Journée sobre as expectativas de sua estreia no Surreal, carreira, novidades de lançamento e outros detalhes de sua bagagem. Confira:
Olá, Mila! Tudo bem? Você está em um ótimo momento de carreira agora, com projeção internacional representando o Brasil nos principais catálogos do cenário mundial. Conta pra gente como foi essa virada de chave da sua carreira?
Olá, tudo bem! Eu vejo como uma construção ao longo do tempo, que tem a ver com a minha produção musical e com lançamentos relevantes internacionalmente.
Você tem uma assinatura musical de bastante personalidade dentro do Techno e Indie Dance, apresentando faixas com timbres e estruturas bem diferenciadas que fogem do convencional. Quais são suas referências que te influenciam no momento da criação?
Eu acho que foi quando eu coloquei em segundo plano as referências e deixei fluir mais a minha percepção da música que essa personalidade musical encontrou espaço para existir.
Não é à toa que você construiu um laço forte com ninguém menos que Solomun e sua gravadora Diynamic, uma das maiores referências mundiais do estilo. Como começou a construção desse laço, e qual o impacto que os lançamentos na Diynamic tiveram em sua carreira?
Eu comecei enviando as minhas demos para o selo e do nada começou a pipocar suporte do rei nas redes sociais. Depois veio o e-mail dizendo que queriam assinar as faixas e lançar um EP de 4 tracks. O primeiro: Serendipity. E os suportes continuaram. Solomun testa muito as faixas e chegou até a me dar feedback sobre uma que ele queria lançar. Depois o convite para tocar no Diynamic Outdoor em Ibiza, onde ele me contou que eu tinha um segundo EP de 4 faixas saindo pelo selo. Depois veio o convite para participar do show dele aqui no Brasil e depois no show da Argentina. Eu tenho muita admiração pela curadoria que ele faz para a Diynamic e para os seus shows. Considero que ele sempre está à frente do tempo.
Você se tornou uma das produtoras musicais de grande influência no Brasil, e sabemos dos desafios da profissão especialmente nos primeiros anos de carreira. Quais dicas você daria para os produtores que estão começando agora no cenário musical?
Acho que a principal dica é não embarcar nessa moda de ficar copiando as tracks dos outros e ouvir a sua música interior. Cada um tem a sua. É isso que vai fazer você se diferenciar na massa de produtores que estão lançando no mercado.
Sua agenda vem recheada de datas em grandes clubes, festas e festivais pelo Brasil, incluindo Time Warp. Só Track Boa e muito mais. Como você se prepara mentalmente e musicalmente para esses eventos especiais?
Musicalmente eu me preparo com muito trabalho, muita pesquisa, muito estudo e às vezes chego a produzir músicas para determinados shows. E mentalmente eu procuro não pensar que é um show muito importante e me asseguro no trabalho que estou fazendo musicalmente. Sempre penso, estou aqui porque minha música me trouxe, então me asseguro nela.
E por falar em agenda, você estreia no Surreal Park no próximo dia 10 de maio, comandando o palco NOMAD e dividindo o line-up com Dimitri Nakov, Hoo, Anonimat, Vicente Schiavenin e Vykk. Como está sua expectativa para essa noite?
Fazia tempo que eu queria tocar no Surreal, é um club lindo, ou melhor, um parque lindo, que estou ansiosa para conhecer e tenho certeza que o público é daqueles que dá gosto tocar. Então a minha expectativa é das melhores.
Gostaríamos de saber as novidades que estão vindo por aí. O que podemos esperar de Mila Journée nos próximos meses?
Bom, ainda esse mês eu faço minha estreia em Assunção, no Paraguai e em Córdoba na Argentina e volto a Buenos Aires. Em junho, tenho uma tour pela europa, com datas super importantes na Espanha, a primeira a convite do Camelphat, na residência deles na Pacha (Lineup: Mila Journée, Fideles e Camelphat), também participo do OFF Sónar Festival em Barcelona na festa do Brunch Eletronik (Lineup: Mathame, Nora En Pure, Like e Mila Journée B2B Poli Position), depois na Hï-Ibiza, a convite do Vintage Culture, na residência dele, e na França, em Lyon no Le Petit Salon (Economist & Mila Journée) e em Montpellier, no club PZ City. E logo na chegada de volta ao Brasil, já temos o Só Track Boa Festival em São Paulo. Depois tem muita data linda confirmada que eu não posso contar ainda, mas tenho certeza que vocês vão curtir muito. Fora Warung Beach Club e Tomorrowland que já foram divulgados.
E de lançamentos, também tem coisas lindas vindo por aí. Acabou de sair, dia 3, a track “Vengeance”, uma collab com Hoax, pela Label Simulate, do Massano. Dia 10 sai meu remix que fiz para Mia Mende e Th;en da track “Scape Plan”, pela ERRORR label do Ruback. E depois vem uma série de remixes que fiz, entre eles um muito especial para “Promised Land” do Vintage Culture, mas que ainda demora um pouco para sair. Acho que por enquanto é só isso que eu posso contar 🙂
It’s all about groove