GRVE entrevista Nevermind

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Por em 4 de julho, 2022 - 04/07/2022

O veterano Nevermind acaba de lançar seu novo EP I Don’t Wanna a Gun, I Wanna Dance, pelo guarda-chuva da Vagalume Records. Chegando às plataformas no dia 1 de julho, o produtor marca a virada de semestre com três faixas enérgicas e rítmicas de Psytrance.

A Vagalume Records é um nome bem conhecido pelos tranceiros. Afinal, é uma das gravadoras que melhor representa o gênero em solo brasileiro, trazendo nomes como  Burn In Noise, Vegas, Yasser Hanzi, Ekanta, Hujaboy, Etnica, entre outros. Em um movimento que busca manter o gênero na vanguarda, o selo oportuniza espaço para os produtores que buscam fluir livremente quando o assunto é criar. 

*Caso queira conhecê-lo mais a fundo, você também pode conferir essa entrevista pela Season Bookings

Hoje vemos House e Techno vivendo momentos de reformulações, mas não se engane, pois o Trance também segue nessa mesma linha. Se por um lado teremos puristas, do outro, teremos algumas mentes ousando pisar fora do quadrado e ver o que acontece. Uma coisa não anulará a outra.

Em I Wanna Dance, vemos Nevermind fazer justamente esse movimento, já que o produtor optou trazer três faixas diferenciadas. O projeto solo de DJ Zumbi, que é ex-vocalista de banda de rock, encontrou no Psytrance a maneira de manter seu background de rockeiro ativo. O que é perceptível em algumas de suas criações.

Conversamos com ele para saber mais detalhes.

Olá, Nevermind, tudo bem? É a primeira vez que falamos de você em nosso portal. Por isso, gostaria que você nos contasse brevemente sobre sua relação com o Psytrance.

Olá, tudo ótimo!!! Com o maior prazer e desde já muito obrigado pela oportunidade… vamos nessa!!!

A minha relação com o psytrance já vem há 20 anos. Entre altos e baixos… Mas com muito amor envolvido.

Você tem um background formato no Rock, certo? Esse crossover fica perceptível em seu som. Por que o Rock e o Psy combinam, em sua opinião?

Sim,com certeza! Na verdade, já faço isso com meus amigos dj swarup e Gustavo Burn In Noise desde 2003, quando fizemos a primeira track do The First Stone. Foi um remix da música “No Quarter”, do Led Zeppelin… Além de que as batidas e o ritmo 4×4 são as mesmas… na minha opinião.

Em I Wanna Dance notamos uma abordagem diferenciada na sua criação. O que exatamente você mudou em relação ao que já costuma lançar?

Nesse EP o mundo estava e ainda está vivendo essa pandemia da covid 19. Não teve jeito de fugir dessas questões tão importantes e assustadoras como esse número massivo de mortes no brasil e no mundo! Eu como sou um músico vindo de banda como vocalista, não tive como não abordar esses temas tão ignorados por muitos como, as armas, as queimadas na amazônia e a morte brutal do George floyd nos E.U.A.

Como você tem enxergado a cena psy aqui no Brasil, nesse momento? Há espaço para novos artistas que têm esse desejo? E, em sua opinião, o que é preciso fazer para se destacar e “pensar fora do quadrado”?

É impressionante como a cena psy se reinventa a todo momento. Antes a geração no psy durava mais, como há 5 anos… hoje em dia parece que ela dura 2 anos. Às vezes saio pra tocar e chego nas festas e não conheço mais ninguém! Fico meio de cara e chocado vendo como já está tudo novo, decoração, equipe de som, público, djs, lives e etc. É como disse Elis Regina, “O NOVO SEMPRE VEM…”, a gente só não espera que ele chegue tão rápido como a velocidade do mundo atual… impressionante!

E falando sobre sua própria carreira, como você enxerga seus passos até aqui? O que vem pela frente? Esse ano tem UP, né…. Obrigada!

Olha, minha carreira no ‘Psyworld’ já está quase completando 20 anos com o The First Stone e como o Nevermind já vou pra 12 anos… eu acho que o psytrance realmente não é para todos, mas acredito que sempre foi o pontapé inicial das pessoas pra curtir e conhecer a música eletrônica…

Na última edição do UNIVERSO PARALELLO, eu tive a oportunidade de tocar na noite do réveillon e te digo realmente que foi e sempre será umas das mais lembradas no meu coração… Pratigi é a casa do trance! Estou ansioso para a edição deste ano. Como parte da equipe, amigo, público, artista, a gente sabe que o festival sempre ditou e sempre estará à frente apresentando para nova e velha geração o que há de melhor no mundo.

Um grande abraço a todos que leram essa matéria e muito obrigado mais uma vez pela oportunidade… enquanto tiver bambu, tem flecha!!!

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