5 trilhas sonoras de filmes épicos com música eletrônica para você conhecer

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Por em 3 de maio, 2022 - 03/05/2022

A  relação com a grande tela branca e os sons eletrônicos surgiram em paralelo com o desenvolvimento da música eletrônica.

Um dos primeiros filmes a compilar este gênero de som foi, Forbidden Planet, produzido em 1956 na década de ouro do cinema, considerado um clássico da Ficção Científica e o primeiro filme a ter compositores de música eletrônica em sua trilha sonora.

Hoje na era de grandes produtores de eletrônicos, a contribuição entre esses artistas e o cinema se tornou algo comum, chegando ao ponto de alguns filmes serem reconhecidos pelos seus sintys cooptados por sintetizadores para grandes produções. A GRVE navegou na história sobre essa parceria e selecionamos 5 trilhas sonoras épicas que marcaram a colaboração entre o cinema e a música eletrônica.

LARANJA MECÂNICA (1972) – WENDY CARLOS

Em 1968, a compositora Wendy Carlos lançou o álbum ‘Switched-On Bach’ – inspirada na música de Johann Sebastian Bach, reproduzida com um sintetizador Moog, que era sua paixão, lançado para colaboração com o grande filme de Stanley Kubrick, Laranja Mecânica.

Com esse álbum, Wendy ficou 17 semanas no topo das paradas americanas, sendo a primeira mulher trans a marcar o primeiro grande sucesso comecial da música eletrônica, emprestando sua genealidades para a trilha sonora de um dos filmes mais marcantes da história do cinema.

Baseado no romance distópico de Anthony Burgess com o mesmo nome, o enredo gira em torno de uma gangue de jovens bandidos, em uma futura cidade insensível e tomada pela violência em suas ruas. Enquanto o líder Alex (Malcolm McDowell) e seus amigos têm pouco respeito pela vida humana, eles apreciam muito os clássicos eletrônicos em vários momentos do filme.

BLADE RUNNER (1982)- VANGELIS

Frequentemente citado como o auge das trilhas sonoras com sintetizadores, não podemos negar que Blade Runner alcançou status lendário.

Com a trilha composta pelo visionário músico eletrônico, progressivo, jazz e orquestral Vangelis, a música oficial levou mais de uma década para ser lançada pois existem muitas partes adicionadas após o filme..

Em 12 faixas, Vangelis emprega Roland’s ProMars, Jupiter-4 e CR-5000 da Roland, com um VP-330 Vocoder Plus, Sequential Circuits Prophet-10, um sampler E-mu Emulator e o piano de cauda elétrico CP-80 da Yamaha. O produto final acena para o jazz, neoclássicos e música folclórica do Oriente Médio, criando uma experiência profunda, texturizada e absolutamente hipnotizante que o transporta facilmente do cotidiano para o filme.

CLUBE DA LUTA (1999)- DUST BROTHERS

Talvez não seja o primeiro momento em que as trilhas sonoras de filmes com música eletrônica cruzaram o mainstream, no entanto, Fight Club ou Clube da Luta como é conhecido aqui no Brasil, inquestionavelmente ajudou essa causa.

Completando uma década de sucesso para o famoso diretor David Fincher como uma de suas direções mais celebrada, o cineasta estava determinado a garantir que cada elemento dessa produção fosse inovador e assim, evitou contratar músicos com experiência anterior em trilhas sonoras. O medo é que eles essencialmente entregassem músicas de filme padrão e não era o que ele queria para essa obra.

O Radiohead chegou a ser cogitado para trilha sonora, mas desistiu devido à agitação da turnê na época. A equipe então olhou para Michael Simpson, e King Gizmo, sob o apelido de Dust Brothers, a dupla ganhou proeminência underground com batidas baseadas em samples e trabalhos de estúdio para artistas como Beastie Boys e Beck.

A dupla produziu algo próximo ao seu próprio estilo, mas diferente da maioria das trilhas sonoras de grandes filmes da época. Concentrando-se quase inteiramente em loops de bateria, scratches e samples, o resultado é uma pontuação breakbeat não tradicional que muitos filmes subsequentes tentaram imitar.

INTERSTELLA 5555: THE 5STORY IF THE 5ECRET 5TAR 5YSTEM (2003)- DAFT PUNK

Esse filme é épico de ficção científica, serviu como base visual para o disco Discovery, o segundo álbum de estúdio do Daft Punk.

Os pontos principais da história coincidem com as faixas do Daft Punk em seu álbum Discovery. Em um planeta alienígena, uma banda está tocando para uma plateia lotada; o tecladista Octave, o guitarrista Arpegius, o baterista Baryl e a baixista Stella, enquanto tocam uma força militar invade o planeta e sequestra a banda. A história é hilária e vale muito a pena acompanhar ao som de muitas músicas excelentes de Daft Punk.

A trilha sonora completa envolve elementos de techno, house progressivo e electro bruto em favor de faixas mais voltadas para o pop, que enfatizavam a composição, contada através de vídeos animados, uma aventura de 65 minutos.

Talvez o mais significativo, seja a maneira como isso se tornou um dos primeiros exemplos dos projetos multimídia e imersivos que agora são comuns no mundo da arte. Embora o 

filme seja divertido, em última análise, sua razão de ser é contribuir para um rico universo da fantasia, adicionando a música eletrônica como pano de fundo.

AND THEN THERE WAS LIGHT (2017)- JEFF MILLS

A adaptação de Tatsushi Omori do romance de Shion Miura, Hikari , analisa as consequências do sacrifício, amor, perda e reunificação, abrindo com o personagem Nobuyuki cometendo um crime para proteger sua namorada. Ele então acorda no dia seguinte para testemunhar um tsunami implacável atingir sua remota ilha natal de Mihama.

Um enredo que não combina nada com o som de Detroit, mas o chefe Jeff Mills, conseguiu fazer algo que poucos filmes ousam tentar: produzir techno para a trilha sonora original. A música ‘Incoming’ é perfeita para o caos das 3 da manhã. Assim como a track ‘The Hypnotist’, com batidas frenéticas nos conduzindo para as profundezas de uma rave.

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