Heisen comenta como trabalha melodias e sentimentos presentes em suas músicas

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Por em 16 de setembro, 2021 - 16/09/2021

O mercado fonográfico sempre viveu metamorfoses e momentos onde há uma forte inclinação para determinados estilos. Atualmente, o que se vê, cruza essa linha, já que existe uma verdadeira devoção às sonoridades de pista que trabalham mais a fundo com as camadas eufônicas das músicas de pista. 

A melodia faz parte do que, em teoria, liga os pontos para formar música, mas sabemos que é muito além disso. Uma melodia poderosa, bem orquestrada mexe com nossas sinapses e a forma como “sentimos” determinado momento. Sempre há uma mensagem, certo?

Para o produtor catarinense Heisen é exatamente sobre isso: o artista, assim como muitos de sua espécie, consegue se expressar através de suas músicas e fazer com que melodias transformem suas experiências. Ele, que tem como um de seus ícones, Gui Boratto — que segue essa mesma linha de raciocínio. 

“A melodia é algo tão pessoal que eu acho que nem conseguiria traduzir isso em palavras”, ele comenta. Segundo o artista, a única “técnica” que ele utiliza em todas as tracks é o próprio sentimento. “Sei que é muito clichê falar isso, porém toda vez que sento pra produzir, eu abro os plugins que mais utilizo que são Diva, Mini V, Serum e até o bom e velho Sylenth, e fico tocando por horas, até por fim sair algo que eu realmente esteja sentindo ou me toque de alguma maneira”, explica.

Mas como se sobressair e criar algo verdadeiramente bom dentro de uma tendência? É uma indagação que consome algumas horas diárias de todo produtor musical. Bom, no quesito melodias, é preciso do tino musical afiado. ‘Try Again’, ‘Bad Suggestion’ e ‘Chica’ são algumas das faixas do artista que chamam atenção nesse sentido.

Adicionando ao comentário anterior, Heisen acredita que muitos artistas devem criar dessa maneira, inclusive seu “mestre”, Gui Boratto. “Ele é um dos poucos que já pude acompanhar de perto, você consegue perceber que aquilo que ele está sentindo, está sendo passado através de um synth, de uma guitarra, de um baixo… é algo que não necessariamente precisa ter um vocalista, sabe? Então eu não canto absolutamente nada, mas tento passar tudo que eu gostaria de falar nos synths”, conclui.

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