Antes de falarmos sobre o Clubinho, trago reflexões: você, clubber entusiasta, já parou para pensar que por trás desse movimento que move nossos corpos e nutre nossa alma de forma mágica, tem um background gigantesco e muita história pra contar? Você, ao menos, saberia pontuar as premissas que fizeram House e Techno surgirem? Vamos além. Você tem ideia como eram os flyers das festas quando tudo era mato e a maior rede social era só o modo “ao vivão” mesmo? E que trem é esse de Acid, que todo mundo fala? Se para uns essas respostas já estão quicando na ponta da língua, para outros a tela ainda está em branco. E se você faz parte do segundo grupo, você pode entrar no Insta do Clubinho e encontrar as respostas.
Se você faz parte do primeiro grupo que sabe contar a historinha – e convenhamos, é muito legal saber porque você faz parte desse movimento que desalinha os chakras do conservadores – tudo bem também, pode entrar lá e aproveitar o conteúdo para revisar o que já sabe e aprender mais coisas. É assim que opera o perfil criado por Matheus Ciribelli, Mylena Duarte, Malu Dantas e Nathaly Ferreira. Informação sobre a cultura das pistas. Em meio a tantos conteúdos de fofoca e paranoias com padrões de beleza, por que não alimentar seu cérebro com conteúdo sobre algo que você gosta de verdade e te faz bem?

Agora, após um salto quântico rumo ao crescimento de sua rede social, eles transformaram a popularidade em algo palpável: um coletivo e uma label party. Uniram as ideias com Adir Bonatto, Matheus do Marketing, Artur Wajnberg, Marcelo Abreu e Pedro Lorio, para que pudessem realizar os seus próprios eventos na capital de efervescência cultural, o Rio de Janeiro, a fim de movimentar a cena eletrônica, percorrendo linhas opostas das propostas mais comerciais e fornecendo conteúdo musical voltado para o House, Techno e Tech House.
“Valorize quem te mostra música nova” esse é o lema do clubinho que movimenta a cena carioca, e vem tomando conta de toda a internet, em uma linguagem solta que conversa com o jovem face to face.
Se no virtual o foco é a comunicação verbal, na pista de dança a fala é outra: dançando. No dia 06 de novembro os integrantes finalmente materializaram o primeiro Showcase. “O clubinho foi uma das trocas mais recíprocas que eu já vi. Da mesma forma que os produtores surpreenderam com o evento, eles foram surpreendidos pela energia do público”, disse Ciribelli, DJ residente e sócio.
Outro sócio, co-fundador e DJ residente do núcleo – bewav, complementou: “Tô muito feliz com o que aconteceu nessa edição. Certeza de que muitos torcem por nós é por eles e pelo Rio que vamos fazer fazer acontecer”.
Certamente foi uma noite histórica aqui na cidade e quem estava presente dificilmente dirá o contrário, assim como Mylena, que destacou o trabalho impecável como um todo. “Som, iluminação, comunicação, toda infraestrutura do evento, os parceiros que trabalharam conosco, serviço de entrega ao cliente, tudo rolou dentro do planejado. O clubinho é um sonho que está se tornando realidade”, comentou, emocionada.
Com o retorno das pistas, o coletivo pretende trazer mais cadência aos encontros presenciais, mas sem deixar de lado o digital, para se tornar também um canal que promove conhecimento e, claro, expansão do chip frente às questões de suma importância: representatividade, diversidade, equiparidade…e claro: bons momentos!
“Nosso esforço foi recompensado ao ver o reconhecimento e o brilho nos olhos de cada um que prestigiou esse evento. Só elogios! Fizemos história, e é só o começo de uma linda jornada”, finalizou Nathaly Ferreira, também sócia e co-fundadora.