Criada pelo produtor musical brasileiro Melgazzo, a Kaligo Records deu seus primeiros passos em 2018, movida a um desejo de fomentar a cultura underground no Brasil, com o propósito de levar a música underground para mais pessoas, especialmente se tratando de Techno. Transpondo as barreiras dos núcleos mais tradicionais, o selo está baseado em Uberlândia, Minas Gerais, mas isso representa somente sua localização geográfica, já que tem percorrido o mundo.
O pontapé inicial foi dado quando Melgazzo voltou da Europa após ter passado 5 meses estudando produção musical. Chegou ao Brasil como uma visão um pouco diferente referente aos gêneros considerados undergrounds e, então, começou a Kaligo de forma mais abrangente, lançando do House ao Techno, passando pelos sub-gêneros entre eles. Em 2019, o headlabel notou que, para que a label ganhasse mais destaque, precisaria focar em algum dos gêneros e então “seguiu o coração”, enraizando-se no Techno.
Com isso, em dezembro daquele ano, chegou um VA que simbolizou a última vez que a Kaligo lançou algo que não fosse segmentado. A partir do mês seguinte, já em 2020, Melgazzo direcionou a label 100% para o Techno e começou a entrar em contato com DJs internacionais, convidando-os para lançar na gravadora, e assim seguiu-se.
“Esse trabalho de fomentar a cultura underground é muito importante para a cena eletrônica do Brasil, pois novos gêneros sempre são criados, mas todos são baseados nas raízes de tudo, o House e o Techno. Encorajo a todos os DJs e produtores que estão começando, a estudarem um pouco e entenderem mais sobre essa cultura, para que tenham uma carreira de sucesso, com o ouvido sempre afiado”, comenta o artista.
Encabeçando diversas vezes as charts do Beatport, a agenda atual encontra-se formatada até março de 2022, mas isso com certeza avançará já nas próximas semanas. “Fechamos o ano de 2020 como a label de Techno brasileira que mais vendeu cópias no ano e continuamos liderando essa lista até hoje, ficando perto de entrar no Top 100 mundial. Acredito que pelo fato de termos uma constância de lançamentos na gravadora, pelo bom trabalho que fazemos de divulgação e pela organização que temos internamente perante aos artistas, temos conseguido esse destaque”, afirma Melgazzo, animado com a performance, e com olhos para receber mais artistas renomados em 2022.
Mantendo uma cadência quinzenal sobre os releases, a Kaligo agora prepara-se para passar a régua em 2021 e preparar o terreno para seus showcases e seus novos objetivos. “Percebo que as tracks que estão chegando têm melhorado bastante em termos de qualidade sonora. Tenho diversos artistas fechados até ano que vem e mal posso esperar para compartilhar tudo com vocês”.
No dia 1º deste mês, a label lançou um release muito especial do DJ Mandraks, um artista muito tradicional do cenário brasileiro, que já está no mercado há mais de duas décadas, juntamente com o S3KTOR, um produtor mais novo que também vem fazendo um ótimo trabalho — o EP pegou vários tops do Beatport e recebeu até suporte de David Guetta, incluindo uma das faixas em sua playlist.
Na sequência, a Kaligo recebeu um single que estava sendo muito aguardado de Chris Veron, que está entre os 50 maiores produtores de Techno do mundo. Pela frente, também está confirmado mais 2 releases em novembro, um de Fabio Red e Ryan Michael Robbins, seguido pelo VA anual da Kaligo, Morphe VA Vol. 3, no início de dezembro. Por fim, ainda terá mais um release para fechar 2021 com chave de ouro.
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