Mana Potion é o novo VA da Mana Music, selo comandado por Carlos Lobo

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Por em 4 de outubro, 2021 - 04/10/2021

“Mana Music é uma gravadora focada principalmente em trazer nossa visão da música independentemente dos gêneros, com o objetivo de nos unir como pessoas para algo bom e verdadeiro […] estamos aqui para proporcionar formas de se expressar e partilhar”. 

É com esta frase que a Mana Music se apresenta ao mercado, deixando claro que seu principal pilar é a colaboratividade. Idealizada no ano passado por Carlos Lobo, a gravadora deu o start oficial em agosto de 2020 com “Frequencies and Ideas”, single do próprio headlabel, para na sequência lançar e dar espaço a novos artistas.

“A ideia inicial da Mana Music era ser um núcleo de eventos, uma marca por trás das festas que eu já fiz. Ao mesmo tempo, foi o início do coronavírus impedindo os eventos, então eu acabei sentindo a necessidade de continuar fazendo a diferença, tanto para o público quanto para parceiros e amigos artistas. Então começaram os estudos sobre gravadoras e aí a Mana Music Records nasceu”, conta Lobo. 

A gravadora não se prende a rótulos e já recebeu sons de diferentes estilos, Tech House, Minimal, Organic House… e essa versatilidade agora é vista também no mais novo VA da gravadora, Mana Potion, lançado oficialmente no dia 25 de setembro.

Com 12 faixas originais, somos mais uma vez abraçados pela diversidade e originalidade de cada uma delas, e não poderíamos deixar o processo criativo de cada track passar em branco. Convidamos então os produtores a darem mais detalhes de suas composições e os caminhos criativos que seguiram:

Alan Becker – Avant Garde

Um explorador de múltiplas vertentes musicais. Alan Becker é produtor musical desde 2015 e se move entre os pilares da música eletrônica contemporânea e de vanguarda.

“Eu procurava um som parecido com as minhas referências musicais, algo mais vanguardista. Naquela época eu já pensava em fazer música com poucos elementos. Fiz alguns testes com sintetizadores e acordes com efeitos e consegui uma atmosfera que gostei. Depois disso, comecei a construir bateria, percussão, baixo e outros elementos. Assim surgiu Avant Garde”.

Carlos Lobo – Personal Feelings

Carlos Lobo é DJ e produtor musical desde 2014, fundador e label manager da Mana Music. Possui raízes estabelecidas no lado underground da música eletrônica juntamente com influências que ultrapassam as fronteiras dos estilos. Em “Personal Feeling”, misturou baixos elétricos com um toque de Deep House, Acid e elementos Techno, numa forma de expressar seus sentimentos pessoais de maneira diferenciada e minimalista.

Dexxter – Crazy Deep

Carlos Martins, o Dexxter, possui uma identidade voltada ao Tech House ao Minimal/Deep Tech. Para “Crazy Deep”, ele apresenta uma faixa poderosa para as pistas de dança, com grooves rápidos, linhas de baixo rítmicas e agressivas, mesclando suavidade e samples vindos da House Music.

Ferrer – Field Dreams

Junior Ferrer é um brasileiro que atualmente mora na Califórnia e vem conquistando seu espaço por lá, com passagem pela Mojave DaleCali Desert Festival. Sua ideia para “Field Dreams” surgiu do sonho de morar em outro país e poder mostrar a todos a alegria que transmite em seus sets.

MEANDROID – Matatlântica

Após experimentar chill-out, dub, psy trance e house, MEANDROID resolveu criar um projeto que escapasse um pouco dos selos, em busca de explorar sua própria música com mais liberdade. Hoje, carrega na essência um som inspirado em padrões da natureza, mas com um toque futurista e tecnológico. 

Segundo ele, a ideia original para essa faixa veio do desejo de trazer mais sons indígenas para sua produção. “Encontrei essa amostra de índios da região da Bahia e comecei a construir a faixa com os vocais e os guizos como guia para o groove. A partir daí, fiz a linha de baixo, entrando quase como uma percussão, para não tirar a liderança dos vocais. Para o ambiente e os sintetizadores, tentei puxar mais para o lado de alta tecnologia para equilibrar todas as coisas orgânicas. Ficou uma faixa com muito sentimento e raízes em rituais xamânicos”.

Paola Vigorito – In Love With The Decaptator

Paola aprendeu a ser DJ com o pai, o que lhe trouxe muita proximidade com faixas clássicas, tanto como DJ quanto em produção. O projeto tem muita influência do House clássico, do Deep House e da nostalgia que os estilos trazem. 

“In Love With The Decaptator” foi feita com uma melancolia na composição expressa na melodia dos pianos, junto com um bom peso de baixo. Segundo ela, em meio a esses tempos de pandemia, esse sentimento introspectivo é consistente com o que ela estava sentindo na época que produziu a faixa. 

R.O.T.H – This is House

Guilherme Roth passou por diversos subgêneros da música eletrônica absorvendo diferentes referências. Atualmente ele tem trabalhado com influências focadas em Tech House e House. 

A ideia de “This Is House” surgiu através da inspiração em artistas que ele possui como referência. “Cloonee, Gabe, Classmatic, John Summit, Chris Lake, além do groove, linhas de baixo, acordes e melodia já característicos do estilo”. Seu som possui também baterias groovadas e sincopadas, além de um baixo dançante rápido e vocais marcantes.

Romano – Ectomorfo

Daniel Romano é produtor de música eletrônica há 20 anos. Ele já percorreu diversas áreas e tem lançamentos por muitos selos, além de passagens por Trancendance, Universo Paralello, Soul Vision e XXXperience. Ele conta que “Ectomorfo” foi influenciada por produções de artistas franceses do Deep House que fizeram e fazem parte do meu case de sucessos especiais.

SMK – Cut Symphonies

SMK é um projeto de música eletrônica desenvolvido por Lucas Smoke. Ele tem trabalhado em vários projetos desde 2015 com Hip Hop, Rock e artistas relacionados. Sua paixão pela música eletrônica vem do contato com clássicos do gênero como Fatboy Slim e Kerri Chandler. A faixa “Cut Symphonies” exala groove, linhas de baixo marcantes e muito house com influências minimalistas, além de traços do Jazz e linhas melódicas.

Ufuk K – Rumper

Ufuk K é suíço, apaixonado pela arte da música, pelos pássaros, e é gerente da gravadora Bunshin Records. A ideia por trás da música “Rumper”, segundo ele, foi misturar sua identidade profunda com algo mais moderno, adicionando uma melodia de sino impactante que vai fundo na mente, com um groove sólido e linhas de baixo analógicas pegajosas.

Xico – Dawning

Xico possui mais de 20 anos de estrada e já transitou pelo Psy Trance, Low Beat, House, Techno, Downtempo e Organic House. Hoje seu estilo é uma viagem que percorre diferentes ritmos, em suas palavras: “a música é o que mais me comove e quero partilhar esta emoção fazendo música para as pessoas explorarem e viajarem internamente”. 

Na música “Dawning”, o artista aborda a parte mais séria, psicodélica e progressiva da Dance Music, com timbres que fazem referências a outros estilos, apresentando-se como um repertório variado e de mente aberta, trazendo canções atemporais.

Ethnobotanic, Onenes – Shifting

Ninad foi um dos pioneiros do psytrance no Brasil com o projeto Yage. Desde 2001, ele estava misturando um psy-trance com instrumentos ao vivo, vozes, influências tribais e ambientes selvagens. Com seus projetos, tocou em festivais importantes como Symbiosis (EUA), Oregon Eclipse Gathering (EUA) e Universo Paralello (BR).

Etnobotânico é o seu novo projeto que faz uma fusão entre world music, house orgânico, psicodélico e progressivo. Combina climas imersivos, graves pesados, sintetizadores rosnados, ritmos tribais e vários instrumentos e vocais tocados por ele e seus amigos.

Na faixa “Shifting”, ele nos mostra essa mistura entre o orgânico e o digital com vocais que nos falam sobre a interação de frequências, instrumentos orgânicos e sintetizadores agressivos, não se prendendo a estilos ou subgêneros.

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