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Você só vai para um club/festa quando tem headliner internacional? Repense isso…

A cena eletrônica brasileira cresceu, se profissionalizou e passou a ocupar um espaço de destaque no mapa global. Mesmo assim, ainda existe um comportamento bastante comum que é: muita gente só considera ir a algum club ou festa quando um nome internacional aparece no line-up, como se a noite “só valesse a pena” quando o artista não é daqui.

Não há problema em querer ver um grande nome; isso faz parte da cultura da pista. A questão é quando esse passa a ser o único motivo que te faz frequentar um club, porque nisso algo acaba se perdendo, que é a chance de viver a cena como ela realmente é. Quando limitamos nossas saídas somente a “noites especiais”, perdemos contato com uma parte muito importante, que são os artistas que estão em busca de espaço, testando novos repertórios, assumindo riscos e moldando o futuro da pista antes de qualquer hype existir.

E é justamente nessas noites “comuns”, sem grandes destaques internacionais, que as descobertas acontecem de forma mais honesta. É onde a pesquisa musical aparece sem a pressão de entregar o óbvio, onde o público se surpreende sem esperar, e onde o club recupera sua função mais importante: ser um lugar de formação, educando as pessoas na pista com música boa de verdade.

O D-EDGE entende muito bem isso. Através de sua programação atual, abrindo de quinta a domingo, o club trata suas noites regulares com a mesma seriedade que trata grandes atrações, porque sabe que a longevidade da cena depende do que acontece nesses dias comuns. Quem frequenta o club nesse ritmo percebe nuances e ouve músicas que provavelmente nunca serão escutadas por quem só frequenta o “evento do mês”.

Quer um exemplo de uma data que você pode se surpreender? A do dia 19 de novembro, quarta-feira, véspera de feriado. A pista 1 do D-EDGE traz um lineup 100% nacional com Halfcab b2b Sheldon abrindo a noite, nomes já conhecidos da cena, mas que devem apresentar um set diferente por conta do slot de warm up. Eles serão seguidos pelo Solarce Brothers num set de 3 horas, no auge da noite, enquanto ianni assume a responsabilidade de tocar às 5h30 até o encerramento — e vale olhar de atenção para ele.

Aos 24 anos, ele vive uma fase de afirmação: já passou por selos como Nervous, Moon Harbour e No Context, acabou de tocar na Itália na sua primeira gig internacional, conquistou suporte de DJs de peso e agora lançou “Brisa Torta”, um EP que chegou forte e já circula entre nomes importantes da cena. Levar esse repertório para um closing set no D-EDGE é a chance de testar faixas novas numa das pistas mais criteriosas do país, diante de um público que realmente escuta e vive a noite.

‘Brisa Torta’

Em resumo, são em noites como essas que artistas como ele têm espaço para arriscar, evoluir, lapidar e consolidar sua identidade, e é nelas que o público encontra experiências que não dependem de expectativa externa para funcionarem. Afinal, a cena cresce quando as pessoas participam dela de forma contínua, e para quem realmente gosta de pista, isso faz toda a diferença.

Ingressos para o dia 19 de novembro no D-Edge aqui.

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