Entrevistamos Deeft, destaque do Tech House nacional, que acaba de lançar “African Soul” pela Music Is Blaah!

Por em 11 de julho, 2024 - 11/07/2024

O Tech House é sem dúvida um daqueles gêneros fortes que não permite que os ouvintes fiquem em cima do muro pelas pistas, quem curte, curte com paixão. Assim como aqueles que prestigiam as pistas com fervor, quem se dedica a produzir o gênero também o faz com a vontade de que as faixas se encontrem com a expectativa do público, que é sempre arrebatado pelo som do primeiro drop. 

Esse é o caso de Samuel Telles, conhecido pelo projeto sonoro Deeft, um nome de destaque na fomentação da vertente no Brasil. O artista segue confortável nas posições mais altas do Tech House no Beatport e reafirma sua força através de lançamentos que se conectam com algumas das gravadoras mais queridas pelo público. 

Para dar uma amostra, labels como Relief, Nervous, Terminal Underground, Repopulate Mars e South of Saturn já tem em seus catálogos as pérolas recheadas de ritmo de Deeft. Para além das plataformas, o artista também permeia os sets de nomes importantes como Diplo, Michael Bibi, Mochakk e muitos outros, um feito coroado pela competência e escolhas acertadas que resultaram em parcerias com Bruno Furlan, Gabe, Tim Baresko e outros. 

Além de seu extenso currículo como DJ e produtor, o artista comemora a marca de 15 anos de trajetória e quem ganha são os ouvintes com o lançamento do single “African Soul“, que integra o catálogo do prolífico selo de Deeft, Music Is Blaah

O artista segue com a agenda a todo vapor como sua estreia na Deeper, na qual Deeft é o headliner, junto com nomes como KLAH e Groove Beat, além da Playground Tour 20 anos — onde o DJ toca no palco backstage Soulclub num b2b com Blurryvision. Conversamos com Deeft para saber um pouco mais sobre seu momento atual e mais novidades para o restante do ano. 

Olá, Deeft! É um prazer recebê-lo para esta entrevista. Com risco de cair no clichê, é inevitável não dizer: 15 anos é uma vida! Existe um clique que a grande maioria dos artistas percebem como o momento de virada para sonhos e objetivos maiores. Com você foi assim? 

Como artista que sonha e vive de música, esse ponto de virada aconteceu quando decidi fundar a minha label. São demandas totalmente diferentes do que sentar no estúdio e produzir música, mas também tem papel fundamental em alimentar a criatividade. Ver que meu trabalho pode amplificar ainda mais o alcance da música eletrônica é a realização desse objetivo maior.

Você acabou de lançar o single “African Soul”, uma obra bem detalhada e rica em elementos culturais. Quais foram suas inspirações para esta produção? 

Me identifico muito com a house music e também gosto muito de percussão e foi querendo fazer um tech um pouco mais house e trazendo bastante percussão que veio a ideia da faixa. Depois de uma base sólida eu quis trazer algum instrumento para o drop que desse um ar mais musical no Groove e então adicionei um trompete que pra mim é o marcante da faixa.

A faixa saiu através do seu selo Music Is Blaah. Como foi o início da sua trajetória com a label em comparação com o sucesso que ela é hoje?

Quando comecei com o selo, era um momento empolgante e desafiador ao mesmo tempo. Lembro da primeira demo que recebi pela label, nosso primeiro lançamento. Hoje, depois de um rebranding recente, vejo como crescemos e nos tornamos relevantes na cena. 

Existem artistas que foram descobertos pela curadoria de algumas gravadoras e que despontaram como grandes talentos. Na sua visão, existe algum nome do cenário que você conheceu recentemente e gostaria de ter sido o primeiro a lançar? 

Não necessariamente. Fico feliz da cena estar quente e revelando muitos artistas mundo afora. Gosto muito de descobrir novos artistas mas nunca me vi pensando “nossa, gostaria de ter descoberto esse artista” e tal, no fim, fico feliz de alguém ter descoberto vários artistas que gosto.

E sobre parcerias? Existe algum artista dos sonhos com quem você gostaria de assinar uma obra em colaboração?

Olha, sinceramente é bem difícil citar um único nome. Cada artista que trabalho junto, me traz algo diferente pra somar na minha bagagem e é isso o que eu mais aprecio. Vou dizer que quero continuar fazendo muitas collabs para continuar vivendo e aprendendo nesse mundo da música, e não necessariamente só dentro do gênero de música eletrônica.

Você acaba de tocar como headliner na Deeper, como foi esta experiência e como está a expectativa para as próximas gigs deste ano? 

Na Deeper, como headliner, senti a responsabilidade de criar uma experiência incrível para o público curtir o ápice da noite. Quanto às próximas gigs, estou animado para explorar novos lugares e compartilhar minha música com diferentes culturas. Cada gig é uma oportunidade de crescer como artista e me conectar com novas pessoas que assim como eu, amam música.

Por fim, o que você vislumbra para o segundo semestre do ano e quais novidades você poderia nos adiantar? Obrigado!

No segundo semestre, estou focado em produzir novas tracks, algumas collabs chegando e um formato de shows diferente junto com um duo que me identifico bastante. Além disso, tenho investido mais tempo em minha marca pessoal, e em breve, novas datas para anunciar.

E eu quem agradeço pela oportunidade desta entrevista.

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