A cena eletrônica britânica tem um novo representante de peso quando o assunto é Tech House de qualidade. Seu nome é Eldeanyo, DJ e produtor, que vem se destacando não só regionalmente, mas também tem ganhado espaço na dance music global. Isso porque o artista é dono de uma técnica e qualidade de produção e discotecagem que impressiona, tendo inclusive chamado a atenção de grandes nomes, como Tita Lau, EDX, Leftwing:Kody, MK, Robie Riviera, Skream, e Keeq.
Seu sucesso pode ser descrito como meteórico, afinal, faz pouco tempo que Eldeanyo iniciou sua jornada na música eletrônica. Mesmo sendo um apreciador deste estilo musical desde a adolescência, apenas recentemente, aos 30 anos, o artista começou a trabalhar com música, após comprar sua primeira controladora. Desde então, não parou mais, ressuscitando suas influências de Drum’n’Bass e House, vertentes com as quais já se identificava, para desenvolver sua própria identidade artística.
Este conhecimento musical tem um fator importante. Eldeanyo é natural do sudeste da Inglaterra, uma localização bem certeira entre Brighton e Londres, os dois principais pólos do Reino Unido quando o assunto é música eletrônica. Ou seja, ele desenvolveu sua sonoridade tendo acesso às melhores influências, o que resultou nesta marca pessoal tão única.
Uma prova deste rico background é o seu mais recente single “Badman”, que chegou às plataformas no começo deste mês, pela Adesso Music. A faixa traz uma estrutura cativante, embalada por diferentes ritmos, batidas enérgicas e um vocal envolvente.
Convidamos Eldeanyo para compartilhar um pouco desta sua bagagem musical ampla em uma entrevista. Confira:
Olá, Eldeanyo! Seja bem-vindo à House Mag. Para começarmos, conta um pouco do seu background musical. Quais são as suas principais influências e como você iniciou sua trajetória na música eletrônica?
Minhas primeiras influências na House music foram as de Nic Fanciulli e sua marca. Eles costumavam dar incríveis festas de rua no Sudeste, que foram onde meu amor pelo House e Deep House começou. Eu também era um grande fã de Jamie Jones e Lee Foss e seu trabalho como Hot Natured, eles estavam fazendo coisas incríveis nos meus primeiros anos de house music.
Você mora em uma região bem rica musicalmente falando. Afinal, tanto Londres quanto Brighton possuem uma ampla variedade de estilos predominantes, principalmente, quando o assunto é Dance Music, afinal, são os dois pólos do Reino Unido. Conta um pouco para a gente como essas cidades influenciaram na sua carreira na música.
Ambos os lugares tiveram um enorme impacto. Londres foi a primeira cidade em que fui DJ, e lá toquei em alguns eventos e locais incríveis. Brighton parece minha cidade natal, pois passei muito mais tempo para crescer e é a que está mais próxima de mim. Tem sido divertido me envolver com a cena musical lá.
E como é a cena eletrônica do Reino Unido? Quais são as características que você enxerga nessas duas cidades? Há uma diferença entre as sonoridades que cada uma delas explora?
Ambas as cidades têm características surpreendentes a explorar. Adoro a cena club em Londres, gosto muito de Shoreditch. Sediei uma noite regular no Horse and Groom em Shoreditch que é um dos meus locais favoritos na cidade. Brighton, eu adoro o povo e a liberdade que as pessoas têm de ser elas mesmas e a grande variedade de música e estilos que você pode encontrar na cidade. Há uma gama tão vasta de locais e estilos musicais que você pode realmente encontrar qualquer coisa.
Quais são os artistas britânicos que você recomendaria para entender melhor a cena eletrônica do país?
Alguns de meus artistas favoritos no momento são Keeq, Deltech, Andthen, Dan Hayes, Ellis Moss, Eats Everything.
E para quem está indo para o Reino Unido, quais locais você acha imprescindível passar para curtir uma boa seleção musical e entender a cena culturalmente?
Vá até Shoreditch, venha nos ver no Horse and Groom ou desfrute de um dos muitos outros locais oferecidos. Brighton e Bristol têm cenas incríveis de música eletrônica. Estas seriam minhas principais recomendações.
Agora, não poderíamos deixar de falar sobre a sua nova parceria com a Adesso Music. Conta para gente como foi o processo criativo para esta faixa. Quais elementos você buscou ressaltar?
Os elementos de quebra da faixa são o que se destacaram para mim e o que eu acreditava que faria da faixa um sucesso. O vocal e o synth realmente fazem com que a faixa seja reconhecível e repercuta com as pessoas.
Finalizando, quais são seus próximos passos. Pode nos adiantar seus planos para 2023? Obrigada pela conversa!
Temos alguns remixes incríveis saindo do “Badman” na Adesso durante o próximo mês. Tenho uma colaboração com Dan Hayes que sairá em abril na Vivifier Records. Tenho mais alguns singles alinhados e um projeto empolgante com a Adesso de um EP durante os meses de verão.
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