O ano de 2022 foi, para muitos, um ponto para recomeços. Após atravessarmos dois intensos e desafiadores anos marcados pela pandemia, foi o momento de finalmente respirar com mais tranquilidade e assim tomar fôlego para seguir adiante. Isso foi também o que aconteceu na vida de Saul Merivot, exceto pelo fato de que seu período de reclusão já durava aproximadamente cinco anos. A pausa na carreira, que começou a ser construída lá em 2014, se deu por momentos turbulentos em sua vida pessoal. Porém, com o mundo de volta em movimento, fazendo um convite para novas oportunidades, a paixão pela música eletrônica o encontrou novamente e assim o artista deu vida ao seu novo projeto musical: St. Punk!.
Tomado por uma energia latente, Saul, agora sob a alcunha de St. Punk!, engatou em um ritmo acelerado de produção, que lhe renderam quatro lançamentos independentes e um single assinado pela Mind Connector, label do DJ Hopper e de Carlos Pires. “Distorted Dimension” também entrou para o último compilado do selo, o VA Melodies From Nowhere, projeto que, segundo os headlabels, tem como objetivo unir músicas que emocionam e que sejam importantes para as pessoas de alguma forma.
Com tantas novidades quentes e outras ideias borbulhando na cabeça, não poderíamos deixar de conversar com St. Punk! para saber mais detalhes sobre o que rolou em 2022 e o que podemos esperar pela frente. Confira o bate-papo!
Olá, Saul! Tudo bem? Um prazer conversar com você, especialmente nesse ano intenso de retorno. Bom, vamos começar lá do início. Conta brevemente pra gente como foram seus primeiros passos na carreira, até o momento de pausa?
St. Punk!: A música me acompanha desde sempre! Mas a música eletrônica nunca foi meu foco, na real, acredita que trabalhei num show do Tiesto sem nem ao menos saber quem era? (risos). Mas confesso que naquele dia foi um dos dias que o bicho da e-music me picou. Por muito tempo trabalhei em bares onde rolava música eletrônica, de tanto ouvir, comecei a criar alguns gostos, Deadmau5, Skrillex, Avicii, Kaskade, a época de ouro do progressive e dubstep foi o que me instigou a me iniciar como DJ e produtor.
Foram aproximadamente cinco anos longe de qualquer contato com a música eletrônica, certo? O que exatamente te deu esse start para retornar?
Pra ser bem sincero, essa volta caiu de paraquedas, pós-pandemia não tinha muito trabalho e um colega dono de uma agência me chamou pra tocar, aceitei! Com alguns dias já estava parecendo criança de novo, voltei a tocar, voltei a estudar, entrei pra comunidade do Salata e lá pude ver que é realmente isso que eu amo! E música é assim, não importa por quanto tempo você fique longe, ela sempre volta, hehe!
Qual a maior dificuldade que encontrou agora nesse retorno? Encontrou um mercado muito diferente do de antes?
Alguns poderiam dizer que o mercado está mais “competitivo”, eu vejo o mercado mais aberto que nunca, hoje você vê uma cena muito mais amistosa com novas sonoridades e artistas. Acredito que “bombar” era mais fácil a 5 anos atrás, porém, acredito que é muito mais fácil ser artisticamente livre atualmente.
Suas influências sonoras bebem muito da cultura punk e de uma adolescência regada a muito rock. Não à toa, como bom fã de um bom mais pesado, decidiu seguir em uma linha mais voltada ao Progressive House e Melodic Techno, certo? Quais são suas maiores referências hoje dentro da música eletrônica?
Essa é difícil… gosto de muita coisa mesmo, estou constantemente pesquisando e buscando novas referências, então, eu poderia dar uma resposta clichê e falar dos big names da atualidade, mas essa prefiro passar pra quem tá lendo, passa lá no spotify, ouve minhas tracks e adivinhe as referências (risos).
Agora falando de produção musical. Você fez quatro lançamentos independentes esse ano, além da track que entrou para o VA da Mind Connector. Como foi produzir essas músicas? O que se pode esperar de cada uma delas?
Melodias! Estou sempre buscando novos sons, novos timbres, mas a melodia sempre vai ser uma característica forte nas minhas produções…
Como rolou essa sua conexão com a Mind Connector para a participação no VA?
Bem padrão na real, mandei demo pra eles e eles retornaram com a proposta. Agora com essa porta aberta, é mandar mais tracks! Quem sabe vem um EP pela frente…
A última pergunta sobre 2022! Se tivesse que destacar apenas 3 highlights desse ano, quais seriam?
Primeiro foi entrar pra comunidade do Salata, lá eu entendi que minha evolução realmente só depende de mim!
O segundo foi ter lançado minha primeira track independente, sempre guardei minhas tracks por insegurança e esse foi o marco da mudança.
Em terceiro, meu primeiro lançamento por uma label relevante, ter lançado no VA da Mind Connector veio pra me dar ainda mais gás pra 2023!
E agora a última pergunta oficial: Algum plano em mente para 2023 que possa adiantar pra gente? Obrigada pelo papo!
Já tem lançamento programado! Felizmente fechei com mais uma label e lançarei meu primeiro EP no começo do ano! No mais, sigam lá no insta que estou sempre postando as novidades e processos de produção!
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