A comunidade de áudio do Andre Salata segue a revelar talentos promissores para o Brasil. No caso do DJ e produtor Nehli, o pouco tempo de presença na produção musical – seus primeiros lançamentos oficiais rolaram em 2021 – nada influenciou na frequência de lançamentos e na qualidade de suas produções, estas que saíram por selos como Hoomidaas, Stellar Fountain, Sirin Music e For Senses Records.
Orientado pelo poder esotérico do Organic House, Nehli construiu sua assinatura sonora em torno de progressões enigmáticas; a característica introspectiva de sua seleção de elementos, entretanto, serve para enriquecer o conceito místico de seus grooves, criando ambiências que podem ser, ao mesmo tempo, sensuais e profundas.
Busque conhecer suas faixas e perceberá tais qualidades facilmente. Logo em seu single de estreia, “Venga”, o artista deixa claras suas intenções, dosando com perspicácia as nuances melódicas e percussivas de seus arranjos para extrair respostas sensoriais dos ouvintes. “Somewhere I Have Never Travelled” também é um bom exemplo de sua “alquimia” musical.
Nehli vem se destacando em suas conexões e colaborações com outros artistas do nicho. Ele encontrou no colega de cena Peve uma boa parceria, gerando com ele algumas tracks de dance com referências étnicas, como “Xingu”, “Aroeira” e “Sinergia”. Mais uma collab potente foi com Souto e a melancólica faixa “Lost Inside”.
Como remixer, Nehli brilha no mesmo patamar que seu trabalho solo; ele entregou sua percepção sonora para nomes como Darren Bray, Leon Lobato e Iago Caetano. Invertendo os papéis, ganhou remixes de Viel e HAFT. Vale seguir o artista no Instagram e acompanhar este processo artístico promissor de Nehli.
https://open.spotify.com/track/0BbaNcJUg2sTeixH28MHrj?si=dd88846d9a604f1c