Conversamos com Desthen sobre onde buscar evolução artística, quando sua cidade não a oferece

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Por em 28 de junho, 2022 - 28/06/2022

Os seis anos de trajetória do Desthen são marcados por dedicação, muito estudo e prática. Conforme os anos foram passando, a assinatura musical do duo foi se desenvolvendo de forma a criar algo que unisse precisamente as duas personalidades que estão por trás do projeto. Misturando aspectos do Progressive House ao Melodic Techno, o duo avança e desponta como bons expoentes do Techno Nacional.

Diante do bom momento dentro e fora dos estúdios, convidamos Antonio e Caique, para um papo sobre a busca pela evolução artística. Confira:

Olá rapazes! Sejam bem vindos à GRVE. Vocês estão baseados em cidades do ABC Paulista, Santo André e São Bernardo do Campo. Como é a relação de vocês com essa região? Ela influenciou de alguma forma a relação artística de vocês?

Olá! Muito obrigado pelo espaço. Então, referente a região do ABC, a cena de música eletrônica aqui está se desenvolvendo, antes da pandemia tinha um evento recorrente em São Bernardo que era a Mov.E, um evento de grande porte que já trouxe nomes como Noir, Fatima Hajji, Dusty Kid, Gustavo Bravetti, entre outros, e agora temos alguns eventos começando, um deles é a Aruanda, que tivemos o prazer de tocar na primeira edição, que trouxe Tessuto, Ella Whatt, entre outros grandes players. Fora nossa festa do coração, a House One, que tem como base o ABC e sempre abre portas para novos artistas e temos um carinho muito grande pelo pessoal da festa.

Sabemos que nem sempre a região que o artista é radicado colabora para o seu amadurecimento artístico. Essa realidade se aplica a vocês?

Com o passar dos anos a cena aqui no ABC acabou amadurecendo bastante, permitindo que novos artistas que tenham um trabalho sério amadurecerem também, acreditamos que aqui  tem colaborado bastante já que os eventos vem abrindo cada vez mais as portas.

E como driblar os desafios diante disso?

Então, logo no começo do projeto foi bem complicado, pois não que a cena era fechada ou não desse oportunidade, mas não sabíamos ao certo como fazer o networking ou até mesmo como estar ali no meio. Lembro que a Mov.e fez uma votação para um slot em uma pista secundária e ali vimos a oportunidade de entrar no evento e a partir dali dar início a um trabalho. Lá conhecemos artistas como: Ortus, Nineteen Sines, Mezadri, nomes que hoje ajudam e fortalecem muito a cena. Foi a forma que achamos de “driblar” essas barreiras.

Vocês acreditam que mesmo assim, é possível evoluir artisticamente? 

Sempre é possível, tudo é questão de “querer”, sempre fazendo o seu melhor trabalho, levando a sério, estudando e buscando conhecimento cada vez mais, sem desmerecer ou querer ser melhor que o próximo. Acreditamos que a essência é nunca deixar de sonhar e trabalhar para fazer acontecer.

O que vocês notam que foram aspectos decisivos para o desenvolvimento do Desthen enquanto duo?

Ver que o projeto era o sonho dos dois, e saber que o outro quer aquilo tanto quanto você. Fora a amizade que desenvolvemos ao longo dos anos do projeto, nos tornamos realmente irmãos, de um encontro inesperado na Tomorrowland para a vida kkkk.

Boas referências ajudam?

Com certeza, nós temos algumas referências em comum, e algumas específicas, mas que quando juntamos no estúdio, sai um som único.

Para finalizarmos, nos contem sobre as projeções de vocês para o próximo semestre. Valeu pelo papo!

Temos alguns releases programados para o segundo semestre, um de uma grande gravadora brasileira, uma outra de Berlim, e esperamos que curtam! Muito obrigado!! 

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