GRVE entrevista: Ale Vaz – um bate papo sobre empreendedorismo, profissionalismo e visão de carreira

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Por em 3 de maio, 2022 - 03/05/2022

Ale Vaz é um talento multidisciplinar que se divide entre incontáveis frentes, posicionando-se na cena eletrônica e auxiliando a elevá-la de nível. Baseado em Curitiba, capital do Paraná, em quatro anos de carreira o artista se posicionou como seletor, produtor, professor e fomentador cultural de sua região. É um fenômeno que, sem dúvida nenhuma, requer uma conversa. 

Por isso, convidamos o jovem artista e empreendedor para um papo sobre todos os seus projetos, momento artístico, sua recente passagem pelo Playground Festival e como, afinal de contas, ele dá conta de tudo isso sem deixar a peteca da qualidade cair. Confira:

GRVE: Olá, Ale! Seja bem-vindo à GRVE! Pergunta que não quer calar para começarmos: como você dá conta de tantos projetos, sem falhar na qualidade?

Ale Vaz: Oi, pessoal! Obrigado por me receberem aqui. Então, realmente tenho passado vários dias sem dormir no estúdio, fazendo planejamentos, estudando estratégias e organizando tudo com horários e reuniões… acho que o mais importante é ter uma organização na rotina para não deixar as coisas saírem do controle.

GRVE: E tudo começou quando você tinha 16 anos, né? Comenta suas referências, background e como foi seu despertar para a música e o profissional.

Isso! Com 15 para 16 anos fui para minha primeira festa eletrônica, numa balada mesmo, e quando ouvi tudo aquilo acontecendo me apaixonei! Logo em seguida, já entrei de promoter na balada e comecei a fazer meus eventos enquanto estava começando a fazer o curso de DJ na AIMEC. Depois comecei a tocar nos meus eventos — que na época estávamos dando sold out nas baladas — e com isso entrei de cabeça no mundo da produção musical e comecei a fazer minhas próprias músicas.

GRVE: E qual foi seu primeiro empreendimento pela música? Você sempre quis empreender?

Logo depois do curso de produção musical, fiz o curso de bussiness, onde aprendi muito a lidar no mercado e saber lidar com outros trabalhos dentro da cena. Logo em seguida, abri minha própria gravadora, pois sabia que isso ia me beneficiar com networks pelo Brasil e mundo afora.

Depois de um tempo recebi a proposta para dar aula na escola de DJ (AIMEC), onde comecei minha carreira. Acho que o que me ajudou nisso foram os diversos cursos que fiz ao longo dos anos, quando fiz o teste para ser docente com ele, fui aprovado! 

Por último, me chamaram para entrar numa sociedade de um bar e de uma balada na batel, achei interessante, pois ja teria lugar próprio para fazer meus eventos.

GRVE: Então aproveita e contextualiza pra gente seus projetos (Âmbar Bar e a marca mushAdelic) e sua atuação por trás deles.

Ambar é um bar que criamos no intuito de agregar a cena da música junto com a gastronomia em um lugar aberto, em Curitiba não tinha muitas opções assim. Logo em seguida, montamos a balada no mesmo local para agregar na cena e fazer um conceito de festas diferente, com públicos que são amantes da música eletrônica boa. 

A mushAdelic criei no intuito de fazer festas, como festival, pois sempre tive um sonho de ter minha própria crew e ter um time para sempre estarmos agregando e somando, fazendo festas de qualidade e tendo identidade nos eventos. Junto, também criamos a mushAdelic Records, pois sabíamos que com isso conseguimos estar adiante de mais um fator no mercado muito importante, além de termos uma gravadora para lançarmos nossos artistas da label.

GRVE: Você também sustenta muito bem sua carreira artística com bons lançamentos em relevantes selos. Conta pra gente alguns dos seus principais highlights.

Considero os lançamentos uma parte fundamental para um artista de relevância. Fiz minha primeira música durante o curso de produção musical e lancei numa gravadora da Rússia. Na época, por ser a primeira música, me deu um hype na cena curitibana e comecei a tocar direto. Logo em seguida veio a pandemia que me deixou mais focado no estúdio e em trabalhar com artistas algumas collabs, isso ajudou muito que minhas músicas chegassem aos ouvidos de pessoas importantes e de outras regiões do país.

Nessa época lancei dois releases super importantes na minha carreira, que foi e ‘welcome to the garden’ pela gravadora Avant Garden e logo em seguida ‘What IF’ pela X7M Records, gravadora de Israel. Agora, neste ano, está pra vir dois novos lançamentos em gravadoras bem importantes também! 

GRVE: E além desses lançamentos, teve também uma apresentação “surpresa” que rolou de última hora no Playground Festival, né? Como aconteceu isso? E a experiência, deu aquele frio na barriga? 

Então, teve um artista que não pôde comparecer de última hora e a produção do evento me convidou para fechar com um set de 1h30. Como estava com meu pendrive na carteira, aceitei na hora! Com muita felicidade fechei essa festa incrível que tem um espaço especial no meu coração, sempre foi um sonho de tocar e me apresentar naquele palco, na hora que comecei foi tudo no improviso, não tinha separado nada, mas com o feeling da pista peguei a ideia rápido do que precisava fazer e qual pegada precisava tocar para animar. Foi insano pegar aquela pistola com mais de 9 mil pessoas!

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GRVE: Por fim, como andam suas previsões para novas turnês? Valeu pelo papo, Ale!

Teria uma turnê em março, mas tive que remarcar para o final do ano. Estamos trabalhando na estrutura das festas e logística, mas a princípio iríamos em novembro/outubro para o México e Estados Unidos. Vamos ver como será.

Valeu, pessoal!

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