Na indústria da música, em constante mudança, a longevidade não é apenas uma meta para muitos artistas; é a chave para consolidar um lugar nos corações e mentes dos ouvintes em todos os lugares e construir um legado que se estende muito além de apenas uma pessoa. Ícone da dance music Ultra Naté, aperfeiçoou a arte da longevidade e de se manter relevante ao longo de três décadas após sua estreia.
Ultra Naté entrou no radar em 1989, e em sua trajetória pode se diferenciar de muitos outros artistas, invadindo o primeiro lugar das paradas, se tornando uma peça-chave para a construção da House Music.
Nascida em Maryland, a cantora se viu construindo suas outras facetas com o tempo, se tornando compositora, produtora e DJ. Sendo a primeira mulher da Dance Music assinar com a Warner Records UK, viu sua paixão por escrever música desaflorar como diversão, marcando sua entrada na indústria da música como uma “tempestade perfeita de coisas que se encaixam.”
Seu encontro com a vida noturna foi na época que estava na faculdade, quando se envolveu pela primeira vez com a cultura dos clubber em seu auge nos anos 80 e 90. Para ela, o clube era um lugar onde todo julgamento era deixado de lado e pessoas de todas as esferas da vida compartilhavam a pista de dança juntas. Nesse mesmo contexto e época conheceu a equipe dos The Basement Boys que estava procurando por novos cantores e compositores. Vendo em Naté a estrela que estava por surgir, a convidaram para cantar capelas de algumas faixas e com o tempo trabalhou com o grupo aprimorando suas habilidades de compositora.
Uma coisa levou a outra e antes que ela percebesse, ela estava assinando seu primeiro contrato de gravação com a Warner Brothers UK.
A House Music ainda era um gênero em expansão no Reino Unido, foi quando Naté conheceu o som da americana Adeva, que passava pela Europa e já era um dos grandes nomes do R&B e da House Music. O som da americana expandiu sua mente e sua paixão, percebendo que era algo que tocava em rádios e comerciais de TV, flertando com o mainstream de forma magnética. Foi então que ela usou o gênero como base para criar suas músicas.
Suas produções começaram a refletir sua estética e pluralidade, seu primeiro álbum, e primeira de muitas colaborações com The Basement Boys, foi ‘Blue Notes in the Basement’ em 1991, alcançando as paradas com as músicas ‘It’s Over Now’ e ‘Scandal’.
Em 1993, Naté lançou o álbum ‘One Woman’s Insanity’ que se destacou pela pluralidade e sucesso na House Music.
Mas seu destaque surgiu mesmo em 1997, com o sucesso mundial “Free”, um hino para a comunidade LGBTQI+, com um videoclipe que marca até hoje a mente de muitos. Ultra Naté virou um símbolo para a comunidade LBTQI+ e tem sido aliada ao longo de sua carreira espalhando mensagens de aceitação e amor. A música liderou por semanas as paradas de sucesso e as noites em clubes, tornando o nome Ultra Naté conhecidos por todos.
O álbum da faixa ‘Free’ foi Situation: Critical lançado em 1998, não precisa nem falar que foi um sucesso, com outras faixas de destaque como ‘Found the Cure’.
Em 2002, o álbum lançado foi ‘Stranger Than Fiction’ e teve como destaque a faixa ‘Twisted’ que alcançou status de definição do sucesso.
Seu último trabalho foi a música “Fierce” que homenageia a força das pessoas trans e comunidade LGBTQI+ como um todo – unindo mulheres cis e trans contra a misoginia violenta.
A relevância do trabalho de Ultra Naté ultrapassa décadas, mostrando que a confiança é claramente o ponto chave para o sucesso, com certeza a voz e produção de Naté ecoará por muitas décadas.