Rodrigo Lopes é quem dá vida ao projeto voltado à eletrônica de pista chamado RUBBIO. Permeando as linhas do Progressive House e ramificações musicais que interagem ao gênero com coesão, o DJ e produtor já soma quinze anos de estrada de envolvimento com a música eletrônica, o que rendeu a ele experiência suficiente para materializar um projeto que tivesse mais conexão com sua essência e que conseguisse traduzir, através da música, suas expressões artísticas.
Além disso, ele também está envolvido com a produção de eventos em Cascavel, interior do Paraná. Festas como Celebrate, E-LITE Concept The Ruby e Quintal Lounge são iniciativas dele com seus parceiros, buscando movimentar o estilo na cidade e proximidades.
Dedicando boa parte do seu tempo neste novo projeto, o artista deixa claro que algumas influências impactaram positivamente na concepção do mesmo. Um grande exemplo é a relação com o uruguaio Gustavo Bravetti, um nome bem influente em nosso cenário, especialmente nos anos 2000 e que sempre esteve muito envolvido com sonoridades melódicas e progressivas, trazendo um toque muito original ao seu projeto.
Conversamos com ele para saber como essa relação foi importante no processo de concepção de RUBBIO:
GRVE: Rodrigo, como era sua relação com a música eletrônica antes do projeto e como isso te conduziu ao que você materializa hoje enquanto RUBBIO?
Rodrigo Lopes: Eu sempre fui envolvido com o cenário da música eletrônica nas cidades por onde passei, seja realizando eventos ou tocando. Como DJ, sempre tocava música de outros artistas, o progressive house já corria em minhas veias, só que eu não sabia se era isto que eu queria. Quando comecei a realizar eventos e trabalhar com alguns artistas do gênero, a coisa pulsou mais forte dentro de mim.
Você diz seguir a mentalidade musical de Gustavo Bravetti, que inegavelmente teve uma grande influência em nossas pistas de dança. Como se deu essa relação e qual o nível dessa influência sobre você?
Essa relação foi criada através de um contato em uma rede social. O mesmo queria vir para o Brasil apresentar seu primeiro Live. Em todos os cursos que ele ministrava no Brasil, lá estava eu. Ele sempre me dizia: ‘olha, sua música está muito boa, se aprofunda nos estudos que um dia a sua hora vai chegar’. A todo instante ele me incentivava e influenciava, sendo com cursos ou com os produtos da Arturia, marca que ele representa.
Sabemos que além da questão sonora, há uma amizade entre vocês, conte-nos um pouco sobre isso. Ele te ajudou nesse processo de concepção do projeto atual?
Ah, o ‘Brava’, como eu chamo ele, teve muita influência na decisão e na criação do RUBBIO. Ele me dizia sempre, ‘faça o que gosta que só através das suas obras tu será reconhecido’. Foi aí que na pandemia reforçamos nossas conversas, já que tínhamos que ficar em casa. Foquei no estúdio e com as aulas do mestre me desenvolvi mais profissionalmente.
A nossa relação e nossa amizade foi criada lá em meados de 2000 quando eu ainda morava em Curitiba e era residente de um club chamado ORION. Nosso primeiro contato foi através de uma rede social como citei acima. O Gustavo queria vir para se apresentar no Brasil e ele escolheu uma das minhas party’s e fez o contato comigo. Trouxe o live dele inédito para uma das minhas festas e daí por diante a nossa amizade só cresceu.
Você sente que esse é um som que será bem explorado no pós pandemia? Falamos isso pela questão melódica, harmoniosa e mental que o prog house/house melódico possui…
Sim, este gênero já está sendo muito explorado pelo mundo a fora e por vários artistas. Veja a força e potência que se tornou a Afterlife. Como ela tem várias outras no gênero. A pandemia me mostrou muita coisa que na correria do dia a dia a gente não enxergava. Agora me joguei de cabeça e este projeto irá deixar muitas marcas por onde passar.
RUBBIO está no Instagram e Soundcloud.
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