Existe um aumento significativo no diálogo sobre a igualdade de gênero na Dance Music, nos últimos anos. Através de painéis, oficinas de produção, coletivos femininos e grandes iniciativas de marcas, parece que a diversidade na dance music está sendo levada a sério, o que já deveria ser a muito tempo, pois a música coexiste com mulheres na vanguarda do campo da música eletrônica e na maioria das vezes, elas foram pioneiras em movimentos que depois foram copiados por homens.
Um grande exemplo disso é a história de Tome Ada Lovelace. A primeira programadora de computadores, cuja dedicação em expandir as capacidades do que um computador poderia fazer, foi além do que muitos dos matemáticos da época estavam trabalhando. Por muito tempo, ela foi marginalizada e dita como mentalmente doente, o que ela provou ao contrário sendo a primeira pessoa a prever que uma máquina poderia ser usada para produzir música. Pena que suas conquistas geralmente eram direcionadas ao seu colega, o matemático Charles Babbage.
Sabemos que o sexismo existe, não apenas dentro da Dance Music, mas dentro de quase todas as esferas da vida moderna. Ainda, estamos vendo isso refletido nas estatísticas salariais ou nas estimativas de prosperidade para aqueles que não frequentam o ensino superior. As mulheres ainda têm seus direitos reprodutivos ditadas: o aborto e a pílula do dia seguinte ainda são tópicos tabus e estão sujeitos a controles do governo. As mulheres ainda são, em grande parte, excluídas das diretorias, enquanto os principais cargos de CEO são preenchidos por homens.
Mas de quem é a responsabilidade, na verdade, de moderar a divisão da diversidade no seio da Dance Music? De quem é a responsabilidade de ser nossa própria força de mudança? Como editora chefe de um site de conteúdos para Dance Music, muitas vezes me perguntei como ser mulher me desfavorece diversas vezes em fatores de negócios e cargos.
Sinto mais do que nunca que é responsabilidade de empresas, revistas, agências e produtores de eventos impor uma junção de 50/50 e que os detentores do dinheiro na Dance Music, façam os ideais de igualdade e inclusão acontecerem. INCENTIVAR pode ser a palavra chave nesse meio.
Trilhamos nossos caminhos a muito tempo, somos resistência, trabalho e luta, não queremos apenas reconhecimento, queremos IGUALDADE, para chegarmos a essa tão sonhada igualdade precisamos de esforços para essa luta, encorajar mulheres a seguir profissões na Dance Music, mostrar que temos vanguardistas femininas em diversos campos e que elas foram nossa resistência, tão importante na história como nossos colegas homens.
Para comemorar esse dia tão especial, para mim e para você mulher, preparei uma seleção de faixas com mulheres que movimentam a cena brasileira, nossas representantes à frente de muitas conquistas, ouça e incentive uma MULHER!
Its All About Groove!