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JPM Revela a Alma do Groove em “Shine”: A História por trás da viagem musical que seduziu a 404 Deep Records

JPM, DJ e produtor brasileiro nascido em Goiás e atualmente radicado em Curitiba, emerge na cena da música eletrônica com uma assinatura sonora que evoca a profundidade e a introspecção do Deep House. Com uma identidade artística esculpida por batidas envolventes e a precisão de grooves hipnóticos, ele se destaca como um verdadeiro artesão de viagens musicais atmosféricas, sempre buscando transmitir uma “sensação boa e nova” a quem escuta.

Sua dedicação ao groove culmina em seu mais novo lançamento, “Shine”. Mais do que uma faixa, “Shine” representa a materialização de um objetivo claro: transportar o ouvinte para um estado de espírito profundo e atmosférico, essência do verdadeiro Deep House. A força conceitual e a polidez técnica do trabalho chamaram a atenção da 404 Deep Records, selo sediado em Madrid, marcando um salto importante na trajetória de JPM rumo ao reconhecimento internacional.

No dia de seu lançamento oficial (07 de novembro) em todas as plataformas digitais, “Shine” simboliza não apenas o passaporte de JPM para o circuito global, mas também o início promissor de uma nova fase de lançamentos internacionais. Um capítulo que o consolida como um dos representantes da vanguarda sonora nacional, evidenciando a potência do Deep House brasileiro em solo estrangeiro.

Para celebrar este marco e desvendar os bastidores dessa conquista do processo criativo à visão de futuro, conversamos com JPM em uma entrevista exclusiva

Gostaríamos de parabenizá-lo pelo lançamento e pela representação nacional no circuito global. Para começar o nosso papo, conte para nós: como surgiu seu interesse pela música eletrônica e em que momento dessa jornada você decidiu se profissionalizar como DJ e produtor?

Muito obrigado! Minha trajetória na música começou ainda na adolescência, quando eu comecei a frequentar festas e sunsets em Goiás. O som que sempre me chamava mais atenção era o Deep House, eu me apaixonava pela atmosfera e pelas batidas mais melódicas e envolventes. Com o tempo, essa paixão cresceu a ponto de eu perceber que queria transformar aquilo em profissão. Em 2017, fiz meu primeiro curso de DJ em Goiânia e, depois de me mudar para Curitiba, comecei a me dedicar também à produção musical. Foi o ponto de virada em que decidi que a música seria o meu caminho.

Sabemos que você tem um histórico de vida que passa por Goiás e hoje reside em Curitiba. Como essas diferentes vivências geográficas e culturais influenciaram sua sonoridade e sua identidade artística, especialmente dentro do Deep House?

Goiás foi onde tudo começou o contato com as festas, a energia das pessoas e o calor do público me inspiraram muito. Já Curitiba me trouxe uma nova perspectiva, mais técnica e profissional, com uma cena eletrônica muito forte e conectada ao que acontece fora do Brasil. Essas duas realidades me ajudaram a equilibrar emoção e técnica: de Goiás, trago o sentimento e a conexão com o público; de Curitiba, a precisão e o refinamento do som. Isso reflete diretamente na minha identidade como artista.

A busca pelo aprimoramento técnico é fundamental para artistas que desejam consolidar uma carreira sólida. Quais foram os principais aprendizados, e como os cursos em instituições como a Aimec e a DJ Vibe College contribuíram para moldar seu som e sua capacidade de produção?

Os cursos foram fundamentais para minha evolução. Na Aimec, mergulhei de vez na produção musical aprendi sobre arranjo, sound design e estrutura de faixas. Esses aprendizados me ajudaram a encontrar minha própria assinatura sonora e a transformar ideias em músicas completas. Já na DJ Vibe College, pude aprimorar minha performance, entender melhor o comportamento do público e explorar novas formas de mixar e criar atmosferas

Seu trabalho é descrito como Deep House, caracterizado por batidas envolventes e grooves hipnóticos. Quais artistas ou produtores mais influenciam o seu som atualmente, e por que você os considera referências para a atmosfera que busca criar em suas faixas?

Minhas principais influências vêm de artistas como Armen Miran, Hraach, Guy Gerber, Art Department, John Dilloo e Chris Stussy. Todos eles tem uma maneira muito própria de construir faixas que unem groove, profundidade e emoção. Admiro essa capacidade de fazer o público sentir algo, mesmo sem precisar de vocais ou drops muito marcados é essa energia que eu busco transmitir nas minhas produções.

“Shine” foi criada com o propósito de conduzir o ouvinte por uma jornada musical profunda e atmosférica. Se pudesse nos levar para dentro do seu estúdio, quais foram os principais elementos técnicos ou analógicos utilizados para alcançar a sensação que você buscava transmitir?

“Shine” nasceu da ideia de criar uma viagem com groove e textura. Trabalhei muito nos elementos percussivos, usando camadas sutis para dar movimento ao som.

A base da faixa foi construída em tons mais quentes, com synths e pads atmosféricos para criar essa sensação de imersão. Usei também alguns samples vocais processados, bem espaçados, para dar identidade sem roubar o protagonismo do groove.

Em um cenário internacional em que os selos buscam constantemente sonoridades originais e autênticas, a aceitação imediata de “Shine” é um atestado da qualidade e da força do seu Deep House brasileiro. Qual foi a sensação de ter seu trabalho reconhecido por um selo internacional? E como tem sido essa parceria até agora?

Foi uma sensação incrível. Receber o retorno positivo de um selo internacional como a 404 Deep Records me deu muita confiança. Saber que o meu som, produzido aqui, chamou a atenção de uma gravadora da Espanha foi algo muito especial. A parceria tem sido ótima! A equipe é super profissional e me deu total suporte desde o início. Principalmente o Florin que é dono do selo. Espero que seja o primeiro de muitos lançamentos juntos.

A proposta de “Shine” é clara: transportar o ouvinte para uma viagem musical. Que mensagem ou sentimento específico você espera que o público absorva ao escutar a faixa?

Quero que as pessoas sintam algo novo. Que a faixa traga leveza e uma boa energia, como se fosse um momento de respiro. “Shine” é sobre se deixar levar e sentir a música de forma livre, sem pressa.

Você é um artista brasileiro conquistando espaço no cenário internacional. Como enxerga a atual cena eletrônica brasileira e o espaço que vem sendo construído para novos talentos que, assim como você, exploram sonoridades mais profundas e underground?

A cena eletrônica brasileira vive um ótimo momento. Vejo muitos artistas talentosos surgindo e buscando qualidade e originalidade no som.

Acho que há um amadurecimento muito positivo os selos internacionais estão olhando pro Brasil com mais atenção, e isso abre portas para quem trabalha com seriedade e autenticidade. Meu objetivo é continuar evoluindo e, quem sabe, ajudar a inspirar outros produtores a acreditarem nesse caminho também

“Shine” é o primeiro de uma série de lançamentos internacionais. Quais são os principais objetivos que você almeja alcançar a partir deste momento, mantendo a paixão, a criatividade e a relevância em um cenário em constante transformação?

“Shine” é um marco na minha trajetória e o primeiro passo de uma caminhada que quero construir com consistência. Meu principal objetivo agora é continuar lançando faixas que tenham identidade, emoção e qualidade, sempre explorando novas texturas dentro do Deep, House, Tech e Progressive.

Quero consolidar meu nome como DJ e produtor dentro da cena internacional, mas sem perder a essência do que me trouxe até aqui que é a paixão pela música e a busca constante por evolução. Acredito que criatividade e autenticidade são o que mantêm um artista relevante em um cenário que muda tão rápido, e é nisso que pretendo focar: em seguir criando e surpreendendo o público com cada lançamento. Acho que o segredo é nunca perder a paixão e continuar sendo autêntico no que faço.

It’s all about groove