Com 67 anos de idade, Fernando Guimarães, mais conhecido na cena como NeoClassic, é a prova viva de que a busca pela arte e a reinvenção não tem um fim. Conciliando a respeitada atuação como Conselheiro e Presidente do Tribunal de Contas do Paraná com a paixão pela música eletrônica, o DJ e produtor curitibano vive uma grande fase na carreira depois de alcançar conquistas significativas nos últimos meses.
Essa fase ganhou força principalmente após o suporte do “Maestro”, Hernan Cattaneo, que tocou seu remix para “Estranha Calmaria”, de BLANCAh — lançado pela Hiato —, no palco do Warung Day Festival, durante a edição de 10 anos da marca. “Receber o suporte do Hernan tem um significado profundo para mim. Ele foi uma das grandes inspirações que me motivaram a me tornar DJ, mesmo começando essa jornada em uma fase da vida considerada ‘tardia’ por muitos”, conta. O suporte foi um sinal que validou seu trabalho e abriu novas perspectivas, além, é claro, de servir como um grande incentivo para ele.
A forte conexão de NeoClassic com o icônico Warung Beach Club tem sido outro capítulo importante em sua carreira. Após algumas passagens pelo club catarinense, ele retornou ao Main Room no último dia 07 de junho com a missão de fazer o warm up para ninguém menos que Bob Moses, dupla canadense que era muito esperada pelo público local. “Ser convidado para fazer esse warm up no querido Inside foi extremamente gratificante. Sinceramente, me surpreendeu e emocionou”, revela, isso porque, ele considera o Warung como parte de sua história. “Sentir que, de alguma forma, também faço parte da história do club, é algo muito especial”.
Como eram as primeiras horas da noite, NeoClassic construiu uma narrativa musical mais aberta, explorando linhas suaves do Organic, Deep, Afro, Progressive e Melodic House, criando uma atmosfera perceptiva, com groove e espaço para sentir a música. Também foi uma oportunidade para contar um pouco de sua própria história através da seleção das faixas e de testar algumas produções autorais.
Falando em produções autorais, algumas delas devem ganhar vida em breve, como o EP “Utopia”, que mergulha em temas como sonho, transformação e equilíbrio através de três tracks originais que nasceram da imersão que o artista viveu na última edição do Universo Paralello. Assim como outros trabalhos recentes, Utopia usa a música eletrônica como uma linguagem para reflexão e conexão interior, filosofia que ele carrega como base desde o início da carreira. O EP será assinado por sua própria label, Cura Records, que estreou no final do ano passado e é gerenciada junto de Masaaki.
NeoClassic revela ainda que além deste EP está desenvolvendo outros projetos que compartilham dessa essência. “Todos esses projetos fazem parte de um mesmo arco criativo, em que a música eletrônica é usada como linguagem emocional e filosófica — capaz de provocar estados de presença, reflexão e reconexão com aquilo que nos move de forma autêntica”, explica.
A mensagem principal por trás de toda essa ótima fase é que a música eletrônica pode ser um veículo poderoso de reconexão e transformação, capaz de romper barreiras e dialogar com diferentes públicos e espaços. Aos 67 anos, NeoClassic demonstra uma vitalidade e um compromisso inegociável com sua arte, provando que a idade é apenas um detalhe quando a paixão e o propósito guiam a jornada.
Siga NeoClassic no Instagram e continue acompanhando as novidades.
It’s all about groove