Formado pelos irmãos Lucas e Hugo Sanches, a trajetória do Chemical Surf começou de maneira despretensiosa em Maringá, no Paraná, por volta de 2003, quando a música eletrônica ainda engatinhava na região. Antes, Lucas cursava o terceiro ano de Odontologia e Hugo o último do Ensino Médio. No calor de um estúdio improvisado, eles começaram a tocar, produzir e decidiram seguir pelo caminho da música, se apresentando inicialmente como Lucas Vs Hugo. Foram 10 anos de trabalho intenso como DJs regionais até que, em 2013, a história começou a mudar.
O documentário acima inclui imagens do começo da carreira Chemical Surf
Naquele ano, o duo lançou sua primeira track relevante a nível nacional, “Good Time”, um marco que abriu as portas para uma nova fase. O lançamento chamou a atenção da agência Entourage, que passou a representá-los e fez com que eles deixassem de ser um fenômeno local para se tornarem um nome presente em clubs e festivais de todo o Brasil e do mundo. “Sempre foi a música que produzimos no nosso estúdio que ditou o ritmo da nossa carreira e vai continuar sendo assim até quando existir o Chemical Surf”, disse o duo com exclusividade à GRVE.
Com o tempo, as produções do Chemical Surf ganharam ainda mais força e os levaram para turnês internacionais e apresentações em palcos icônicos como Tomorrowland, Rock in Rio, Lollapalooza e Creamfields. Essa essência segue viva até hoje e pode ser vista em suas colaborações com nomes como Tiesto, Meduza, Kaskade, Robbie Rivera, Yolanda Be Cool, Rita Lee, Tube & Berger, Cristoph, Steve Aoki, Gabriel O Pensador e Nfasis, além de lançamentos por grandes selos como Get Physical Music, Musical Freedom, Defected, Spinnin’ Records, Solotoko, Universal Music, Sony Music, King Street, Armada Records e Suara.
‘I Wanna Do’
Todo esse tempo de estrada deu ao projeto experiência o suficiente e total liberdade para que pudessem explorar tudo aquilo que quisessem. “Não nos prendemos a rótulos, o Chemical Surf sempre foi um emaranhado de estilos”, disseram em 2015 em uma entrevista aos nossos colegas do Alataj. Tanto que foi graças a esse perfil multifacetado que surgiu o conceito “R.I.P. Genres”, demonstrando como eles não se encaixam em nenhum estilo de som específico e prezam essencialmente pela versatilidade. Isso, logo depois, deu origem à gravadora de mesmo nome, inaugurada em 2019, por onde lançaram alguns hits como “I Don’t Want You Back”, com Dubdisko, e “Solta A Pressão”, com Kaskade, onde flertam com elementos do samba.
‘Solta A Pressão’
Corta para o momento atual. Depois de se aventurarem por diversos cantos do Brasil e do mundo, o duo escolheu a Praia do Rosa, em Imbituba/SC, como lar. E foi lá que, em 2023, idealizaram seu primeiro projeto de residência em um beach club local, ideia que após tanto sucesso, retorna nesta temporada de 2024-25 no Maram Beach Garden, novamente em casa. “A primeira experiência que tivemos com a residência na Praia do Rosa superou todas as nossas expectativas, com 100% das noites de sold out. Conseguimos criar uma atmosfera onde todos os DJs conseguiram ter liberdade de tocar e experimentar o que quisessem”, lembram os DJs, que estavam acompanhados por Gui Boratto, Eelke Kleijn, Yulia Niko e Renato Ratier.
Agora, em 2024, a residência retorna com outros convidados especiais, incluindo Djuma Soundsystem, The Checkup, Parallelle, Alina Rocha, Leo Janeiro e outros artistas nacionais. As festas acontecerão uma vez ao mês em dezembro (29.12), janeiro (11.01), fevereiro (08.02) e março (01.03), sempre das 14h às 22h, em um espaço de frente para o mar equipado com o poderoso sistema de som Funktion One e decorado com o belíssimo pôr-do-sol da praia. “Queremos atingir pessoas interessadas em curtir festas de música eletrônica onde a música é o principal ingrediente”.
Então já sabe: se for tirar uns dias de férias nos próximos meses, coloque a Praia do Rosa como um de seus destinos. Os ingressos antecipados podem ser garantidos através da Blueticket.