Um novo projeto que pretende ser um marco no cenário eletrônico de Recife. No dia 9 de novembro, estreia a primeira edição do Phase Festival, com um line-up poderoso de artistas que reúne grandes referências internacionais e o supra sumo dos talentos brasileiros, combinando a riqueza histórica da cidade com uma infraestrutura moderna e de alta qualidade. Mirando no objetivo de colocar Recife no radar dos festivais nacionais de música eletrônica, o Phase é uma iniciativa idealizada por João Vitor de Sá e Oscar Nogueira – também conhecidos como JV e Racso. Diferente dos eventos patrocinados por grandes marcas, o Phase aposta no momento e força da cena local e na coletividade dos talentos pernambucanos, todos unidos pela paixão pela cultura eletrônica.
Para quem esperava por um line-up tímido nessa primeira edição, o anúncio dos mais de 20 artistas confirmados surpreendeu até mesmo os mais céticos. Traumer, Martijn Ten Velden, Flo Massé, L_cio, Badsista, Marcio S., Bárbara Boeing, Mojjo e Slow Motion são só alguns dos nomes para exemplificar o peso da curadoria. Além dos destaques de projeção internacional, o festival também conta com as estrelas da cena nordestina que trarão a força da cena local para os dois palcos do festival: Revérse DJs, IDLIBRA, Tiago de Renor (live), Eric Fraga, Fmenezs, Aumma Crew, Nadejda, Pedro Afonso e Eleva.
Além da curadoria de ponta e da escolha estratégica do local, o diferencial do Phase Festival reside em sua concepção e execução independentes. Organizar um evento dessa magnitude sem o apoio de grandes patrocinadores é um desafio que os curadores João Vitor de Sá e Oscar Nogueira decidiram enfrentar nessa primeira fase do projeto, tendo como know how suas experiências nas marcas Revérse (Recife) e Sabiá (Natal) – que já se consolidaram como referências na cena eletrônica regional, com festas para mais de 8 mil pessoas nas ruas pernambucana, ou mesmo nos boat parties efervescentes das praias potiguares.
Dando início a um novo ciclo do cenário recifense, o Phase Festival contará com dois palcos estruturados com acústica que promete uma experiência imersiva, sistema de som de excelência e apoio da Nexus Locações (empresa líder em locação de equipamentos no Nordeste). A estrutura do Complexo Phase também é de fácil acesso ao público, além de contar com uma vista privilegiada às margens do Rio Capibaribe.
Conversamos com os idealizadores João Vitor e Oscar para entendermos mais sobre o que esperar da primeira edição do Phase Festival. Confira!
O que inspirou a criação do Phase Festival e qual foi a principal motivação para trazer um festival de grande porte para Recife?
O Phase surgiu como uma resposta à crescente efervescência da cena eletrônica do Recife, onde percebemos que o público local estava conectado e interessado em experiências musicais inovadoras. Ao longo dos últimos anos, a cidade tem mostrado um grande potencial para receber eventos de grande porte, e sentimos que este era o momento certo para arriscar um projeto que sempre fez parte de nossos sonhos e de nosso compromisso com a cidade.
Ambos já possuem bastante experiência com as marcas Revérse e Sabiá, que são festas já consolidadas no cenário nacional. Como essa bagagem tem auxiliado na execução agora de um festival? O que vocês acham que muda de fato de um cenário para o outro, e quais são os pontos comuns?
A experiência prévia, principalmente as adquiridas com a Revérse em 2024 (8k pessoas no rvr na rua) foram essenciais para nos preparar para a execução desse projeto de maior porte. Ao longo dos anos, aprendemos não só a lidar com a curadoria musical como obviamente a gestão de público, e principalmente, a construir uma narrativa forte para nossos eventos, isso nos deu uma base sólida para planejar o Phase, aplicando o que já sabemos em um novo formato.
O que muda de fato é a escala e a complexidade de um festival em relação a uma festa. Um festival envolve uma logística muito mais elaborada, desde a infraestrutura do local até a coordenação de interesse de várias agências e atrações, além da experiência do público, que é pensada para um dia inteiro, ou até mais. Tudo precisa ser ampliado.
O line-up do Phase Festival é diversificado e inclui tanto grandes nomes internacionais quanto talentos locais. Como foi o processo de curadoria para garantir essa variedade e ao mesmo tempo conectar à identidade musical do festival?
A curadoria do Phase Festival foi desenhada não só para conectar com as raízes originais da música eletrônica, mas também para celebrar a música eletrônica brasileira. Consideramos que o line-up é composto por símbolos – artistas que representam o melhor de todas as fases da música eletrônica regional, nacional e internacional. Cada nome foi escolhido com o propósito de contar um capítulo de uma bonita história, através de diferentes estilos e influências que fizeram a música ser como ela é hoje.
O Complexo Phase foi escolhido por sua combinação de charme histórico e infraestrutura moderna. Como essa escolha do local contribui para a experiência geral do festival e quais foram as considerações na escolha do espaço?
A escolha do Complexo Phase foi estratégica e pensada para oferecer uma experiência legal aos participantes do festival. A combinação do charme histórico com uma infraestrutura moderna cria o ambiente perfeito para o conceito do Phase, que busca equilibrar tradição e inovação. Esse contraste entre o histórico e o contemporâneo reflete a própria essência do festival, que une diferentes gerações e estilos dentro da música eletrônica.
A localização do Complexo foi uma decisão fundamental para garantir que o público pudesse vivenciar tudo de maneira imersiva e confortável. Além da beleza arquitetônica, o local oferece uma estrutura que suporta tanto a parte técnica de som e iluminação, quanto o fluxo de pessoas e áreas de convivência essenciais para a experiência do festival.
As considerações na escolha do espaço também levaram em conta a acessibilidade para o público e a possibilidade de criar diferentes ambientes, conectando as áreas de convivência com os palcos e atrações. Queríamos que o espaço por si só fizesse parte da experiência do Phase, proporcionando um cenário que ampliasse a conexão entre a música, a arte e o ambiente urbano.
Como vocês veem o impacto do Phase Festival na cena eletrônica local e no turismo cultural de Recife? O que esperam alcançar em termos de desenvolvimento da cena eletrônica no Nordeste?
Vemos o Phase Festival como um catalisador fundamental para fortalecer ainda mais a cena do Nordeste, uma cena que já vem crescendo, mas que muitas vezes não se conecta às cenas de outras regiões do país. Nosso objetivo é que o Phase posicione Recife no radar dos grandes eventos do nosso nicho, atraindo não apenas o público local, mas também pessoas de todo o Brasil e do exterior, o que naturalmente impulsiona o turismo cultural da cidade.
Até agora, os dados indicam que o festival está atraindo participantes de vários estados do Brasil. Curiosamente, o Rio de Janeiro lidera em número de ingressos confirmados, seguido pelo Pará e Minas Gerais. Esse fluxo interestadual reforça nosso compromisso em criar um evento que transcende fronteiras e faça Recife como um destino de destaque para música eletrônica.
Esse movimento não só dinamiza o turismo da cidade como um todo, mas também consolida o Phase como uma plataforma de crescimento para os Djs e Produtores do NE. Esperamos criar um espaço onde artistas regionais possam se apresentar ao lado dos maiores nomes do mundo, e que no futuro possamos chegar cada vez mais longe com nossa identidade autêntica, tanto no cenário nacional quanto no global da música.
Executar um festival de grande porte e de maneira independente é algo desafiador, mas ao mesmo tempo é muito interessante saber que a paixão pela cultura eletrônica é o impulsionador principal para tornar esse projeto uma realidade. Como está sendo para vocês esse processo de produção e quais as principais estratégias que vocês acham importante para a garantia da qualidade do evento?
Executar o Phase Festival de maneira independente é desafiador, mas a força da comunidade e paixão pela cultura é o que nos impulsiona a transformar esse projeto em realidade. O processo de produção tem sido intenso, exigindo atenção a todos os detalhes.
A nossa principal estratégia tem sido focar na excelência em todos os aspectos do festival, queremos causar um impacto duradouro, trabalhando com uma equipe altamente qualificada e formando parcerias que assegurem uma execução eficiente. Mesmo com todos os desafios, essa jornada tem sido incrivelmente recompensadora, à medida que vemos o festival tomando forma e se consolidando.
E quais são os planos futuros para o Phase Festival? Há alguma visão ou expansão que vocês estão considerando para edições futuras?
Nosso foco total, até novembro, está no presente, em fazer do Phase uma experiência inesquecível e consolidá-lo como uma referência. Cada detalhe está sendo cuidadosamente trabalhado para garantir que essa primeira edição seja um marco para o público e para nós. Queremos que as pessoas saiam do evento com a sensação de terem vivenciado algo verdadeiramente especial, que reflita a essência da música eletrônica e a energia do Recife.
Mas sim, teremos a edição 2025 😉
Adquira ingresso para o Phase Festival através da plataforma Evenyx
It’s all about groove