Por em 17 de setembro, 2024 - 17/09/2024

Sim, estamos invadindo o mundo com nossas estrelas brasileiras! O cenário eletrônico nacional vive um de seus melhores momentos, com artistas ocupando o hall da elite da música eletrônica global, confirmando o alto nível dos nossos talentos. Nomes como ANNA, Vintage Culture, Mochakk, Curol, Öwnboss, KVSH e vários outros estão sob os holofotes não somente nas pistas nacionais como nos highlights dos grandes palcos mundo afora. Os olhares do mundo se voltam para a nossa cena de forma completa, seja para os festivais que têm marcado destaque entre os spots globais, seja para nossos artistas que têm firmado um intercâmbio de grande valor situando-se entre os medalhões e referências da música eletrônica contemporânea.

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ANNA comandando o Main Stage da última edição do Tomorrowland na Bélgica

Para esse cenário frutífero que temos hoje, houve grandes lendas que semearam o terreno e abriram portas para o prestígio da cena brasileira sob os olhos do mundo. Desde de DJ Meme que levou o House nacional para o encontro de gigantes do estilo como David Morales, Frankie Knuckles — além dos superstars da música Pop como Shakira e Mariah Carey — a Renato Cohen com sua faixa “Pontapé” sendo o primeiro brasileiro a lançar pelo selo de Carl Cox ainda em 2002, Anderson Noise no pioneirismo do Techno brazuca em grandes festivais europeus, além de DJ Marky e DJ Patife que mostraram que o Drum n’ Bass nacional também é gigante no mundo inteiro. 

De uns anos pra cá, sobretudo no período pós-pandêmico, o panorama da cena aqui no Brasil vem passando por uma grande e positiva transformação. A alta do dólar pesou logo após a reabertura das pistas, levando a necessidade da valorização dos artistas nacionais dentro dos eventos no país. Ao mesmo tempo, uma nova geração avassaladora de DJs e produtores passaram a despertar a atenção do charts mundiais e plataformas de streaming com trabalhos que traziam um “quê” diferenciado e com alto nível de qualidade. Rapidamente o Brasil passou a dominar espaços inéditos que antes eram apenas sonhos, dividir slots nos maiores festivais mundiais, de igual para igual, com lendas que sempre foram grandes inspirações. 

Vintage Culture no Tomorrowland Winter 2024

Quem imaginaria ANNA no palco do Coachella ou assinando a compilação do Global Underground, um feito inédito para brasileiros? Ou Vintage Culture dominando o palco do Tomorrowland na Bélgica, no Hi Ibiza e no Exit Festival deste ano? E até mesmo Mochakk arrastando multidões por onde quer que passe? O que antes era um sonho agora é uma realidade concreta: a música eletrônica brasileira conquistou o mercado global. O país não é mais apenas um consumidor de tendências; agora é um exportador de cultura e inovação.

Isso também é evidente na crescente colaboração entre lendas da música eletrônica, a exemplo de Mochakk em b2b histórico com ninguém menos que Black Coffee no prestigiado Ushuaia Ibiza, e com Disclosure no Cercle Festival deste ano, a própria ANNA em b2b com Carl Cox no KappaKur Festival, Vintage Culture em parceria com o gigante do Techno, Adam Beyer, não somente nas pistas como também nos estúdios. 

Mochakk b2b Disclosure no Cercle Festival 2024

Um marco significativo nesse processo de globalização foi a realização das edições do Tomorrowland no Brasil, um evento de prestígio que ajudou a projetar o cenário eletrônico brasileiro para o mundo. Com três edições já realizadas no país, o Tomorrowland ofereceu um palco de dimensões globais que não só destacou a qualidade da música eletrônica brasileira, mas também abriu portas para nossos artistas ganharem reconhecimento internacional. Além do Tomorrowland, festivais internacionais como DGTL e Time Warp também têm trazido sua influência para o Brasil, oferecendo aos artistas locais a oportunidade de se apresentarem em contextos globais renomados. A presença de labels mundialmente conhecidas, como Defected e Afterlife, que têm realizado eventos no Brasil, contribui ainda mais para essa projeção global. Essas iniciativas não só destacam a relevância e o talento da cena eletrônica brasileira, mas também ampliam a visibilidade dos nossos artistas e sua aceitação no mercado internacional, consolidando o Brasil como um centro influente na música eletrônica mundial.

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O impacto desse fenômeno é igualmente refletido no consumo massivo de música eletrônica no Brasil. Segundo o International Music Summit (IMS), nosso país ocupa a décima posição no ranking global de consumo de música eletrônica no Spotify. Esse dado não só destaca o apetite voraz do público brasileiro por esse gênero musical, como também sublinha a importância crescente do país no cenário internacional. A alta demanda local reforça a necessidade de maior produção e qualidade, impulsionando ainda mais o prestígio e a influência dos nossos artistas no exterior.


Com o Brasil consolidando seu papel como um epicentro da música eletrônica, não resta dúvida de que estamos vivendo uma era de ouro para a nossa cena. A combinação de talentos locais se destacando em grandes palcos internacionais, o reconhecimento global das nossas produções e o consumo crescente de música eletrônica aqui dentro pavimentam o caminho para uma presença cada vez mais marcante e influente no cenário mundial. O futuro é promissor e a trajetória só tende a se expandir, com a música eletrônica brasileira continuando a ganhar destaque e respeito globalmente.

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