Quando falamos de Ibiza, é impossível não relacionar a ilha com a música eletrônica. O local se tornou icônico com a passagem de grandes estrelas do cenário por lá que ajudaram a construir a fama do local.
Falando em Ibiza, o DJ, produtor e headlabel da gravadora Chronovision, JP Chronic, também fez da mágica ilha um local frutífero para suas experimentações sonoras. Clubes importantes como Pacha, Ushuaia, Watergate, Kumharas e Café Del Mar receberam os imprints musicais do artista que segue a todo vapor no circuito com suportes imponentes de Carl Cox, Marco Carola, Nicole Moudaber, Timo Maas e muitos outros.
As obras de JP Chronic rodam o mundo através do catálogo de selos importantes e grandes trendsetters da indústria eletrônica, como Nervous, Tango, Magnetic, Cubismo e agora acaba de chegar mais uma. Estamos falando do lançamento do single “Electronic Shake” que acaba de entrar no catálogo da consistente Adesso Music.
Não é surpresa para o público que os anos de experiência de pista e estúdio de JP Chronic tenham rendido obras tão robustas. Além de ser um artista experiente, o que de fato surpreende os ouvintes é que como produtor, JP Chronic consegue manter uma variação e versatilidade incomparáveis em todos os seus lançamentos. A exemplo do seu penúltimo release, o EP Groovin’, podemos notar que o artista consegue como poucos fragmentar sua identidade sonora e oferecer um leque de elementos sonoros que não se repetem em suas produções.
O EP tem um tom ácido, batidas majestosas e uma linha de baixo que cria uma atmosfera de transição, diferindo de faixas para o peak time, mas agindo como um coringa em todos os momentos da pista. Liberdade e rebeldia são palavras que encapsulam a criatividade sem fronteiras de JP Chronic que segue em ritmo frenético e não pensa em parar tão cedo.
Conversamos com JP Chronic para saber mais sobre o lançamento pela Adesso e suas próximas novidades, acompanhe:
JP Chronic, seja muito bem vindo a GRVE! É impossível deixar de notar as palavras “Liberdade” e “Rebeldia” utilizadas na sua biografia, você diria que essas palavras descrevem sua trajetória na música desde o início ou elas entraram no decorrer da sua jornada? Como foi o início de JP Chronic na música?
Obrigado por me receber! As palavras Freedom & Rebellion surgiram em minha carreira, especialmente quando cheguei à Europa, descobrindo a cultura Rave e a cena underground, entendi que a boa música era liberdade e nós, como DJ, nos rebelamos para fazê-la atingir um público maior, o que está acontecendo cada vez menos hoje em dia, os DJs optam pela faixa mais conhecida em vez de fazer o público descobrir…
Sua música tem uma atmosfera enérgica e carregada de groove. Quais foram os artistas que mais te impactaram no desenvolvimento da sua identidade sonora?
Fui influenciado pelos lados dos discos de soulful house, em que você podia ter tempo para sentir o groove, depois fui para as gravadoras americanas, como Siesta, Tango, Camouflage, Classic, só para citar algumas, em 2003, quando o tech house nasceu, poderíamos dizer…
Você recebeu o suporte dos sonhos de todo artista em início de carreira, de Carl Cox a Timo Maas. Como foi receber a notícia do seu primeiro grande suporte?
Foi uma confirmação de que eu estava no caminho certo, me trouxe lágrimas aos olhos, eu me lembro, e voltei para o estúdio imediatamente para trabalhar em mais faixas heheh…
Você se mostra um produtor versátil desde o início da sua carreira a exemplo do lançamento do single “Saxophonist In Paris” em 2010 até “Electronic Shake” pela Adesso este ano. Nos conte um pouco sobre seu processo criativo.
Os três primeiros lançamentos que fiz tiveram a ajuda de um produtor para serem finalizados, pois eu ainda estava em processo de aprendizado. Sempre começo com uma base limpa, kick, percussão, snares e depois trabalho em uma boa linha de baixo.
Um bom bassline, onde quer que isso me leve, eu o faço até o fim e depois o ouço de novo e de novo para fazer pequenas correções ou adicionar, posso ir para o deep house, tech house ou afro house, nunca sei no início da criação da faixa…
Você lançou faixas na Nervous, Magnectic, Open Bar Music, labels de diferentes regiões do mundo, assim como também se apresentou em diversos clubs. Há algum local no mundo que você tem como favorito pela receptividade do público com a sua obra?
Eu sempre me diverti muito tocando na Pacha Ibiza, no inverno ou no verão, mas, pelo que me lembro, há um clube na Costa Rica chamado Vertigo, no qual fui tocar depois de lançar um disco em uma gravadora costarriquenha chamado Half Seas Over, de Mobius Strum. O clube estava lotado e, no meu show, cada vez que eu soltava uma das minhas faixas, o público ia à loucura e as conheciam bem.
Qual foi o momento que ficou registrado como principal na sua memória afetiva com as pistas?
Falando em pista de dança, uma lembrança emocionante foi nos dias em que eu era residente na Barraca em Valência, eu estava tocando no terraço e depois da minha apresentação fui para a pista principal para ver a lenda viva Sven Vath tocar pela primeira vez e eu nunca tinha visto alguém tocar tão bem e se conectar com o público nesse nível.
Vi alguém tocar de forma tão impecável e se conectar com o público nesse nível, nesse momento eu soube que tinha muito mais a aprender e alcançar como DJ, um grande respeito ao Papa Sven
Como você tem administrado seu tempo em estúdio com as suas apresentações? O que você tem preferido fazer atualmente?
Para mim, é muito fácil nos dias de semana, pois me concentro nas produções principalmente à noite, já que sou uma criatura da noite… e no fim de semana é só tocar e sair para ficar por dentro do que está acontecendo na cena…
Quais são as novidades de JP Chronic que o público pode aguardar para este final de 2024? Alguma mensagem para o público brasileiro?
Tenho mais alguns lançamentos a serem lançados pela Candy Flip e Reshape Black, depois estou de volta à Street Tracks para mais um lançamento antes de outubro, estarei assumindo uma nova residência que será revelada muito em breve e, para o meu público brasileiro, espero que eu possa finalmente fazer uma turnê no Brasil no próximo ano, pois tem muita música boa vindo do Brasil ultimamente, que sempre foi uma fonte de inspiração para mim também…
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It’s all about groove
PT – EN
We interview JP Chronic, producer who received support from Carl Cox and has just debuted on Adesso Music
When we talk about Ibiza, it’s impossible not to associate the island with electronic music. The place has become iconic with the passage of great stars of the scene there who have helped build the fame of the place.
Speaking of Ibiza, the DJ, producer and headlabel of the Chronovision label, JP Chronic, has also made the magical island a fruitful place for his sonic experimentation. Important clubs such as Pacha, Ushuaia, Watergate, Kumharas and Café Del Mar have received the musical imprints of the artist, who is still going strong on the circuit with impressive supports from Carl Cox, Marco Carola, Nicole Moudaber, Timo Maas and many others.
JP Chronic’s works travel the world through the catalog of important labels and major trendsetters in the electronic industry, such as Nervous, Tango, Magnetic, Cubismo and now another one has just arrived. We’re talking about the release of the single “Electronic Shake” which has just entered the catalog of the consistent Adesso Music.
It’s no surprise to the public that JP Chronic’s years of dancefloor and studio experience have yielded such robust works. As well as being a seasoned artist, what really surprises listeners is that as a producer, JP Chronic manages to maintain unparalleled variation and versatility in all his releases. Like his penultimate release, the Groovin’ EP, we can see that the artist manages like few others to fragment his sound identity and offer a range of sonic elements that are not repeated in his productions.
The EP has an acid tone, majestic beats and a bass line that creates a transitional atmosphere, differing from tracks for peak time, but acting as a joker at all times of the dance floor. Freedom and rebellion are words that encapsulate JP Chronic’s boundless creativity, which continues at a frenetic pace and doesn’t plan on stopping anytime soon.
We spoke to JP Chronic to find out more about the Adesso release and his upcoming news:
JP Chronic, welcome to GRVE! It’s impossible not to notice the words “Freedom” and “Rebellion” used in your biography, would you say that these words describe your path in music from the beginning or did they come into play during your journey? What was JP Chronic’s start in music like?
Thanks for having me, the words Freedom & Rebellion came along in my career especially when i arrived in Europe, discovering the Rave culture and underground scene, i understood that good music was freedom and we as a DJ we rebel to make them reach a bigger audience, that is happening less and less nowadays, DJs go for the easy known track instead of making the crowd discover…
Your music has an energetic, groove-laden atmosphere. Which artists have had the biggest impact on you in developing your sound identity?
I’ve been influenced by the bsides of Soulful house records, where you could have the time to feel the groove, then it went to US label such as Siesta, Tango, Camouflage, Classic just to name a few, back in 2003 when tech house was born we could say…
You’ve received the support of every budding artist’s dreams, from Carl Cox to Timo Maas. What was it like to receive the news of your first major support?
it was a confirmation that i was on the right path, it brought tears to my eyes i remember and i got back in studio right away to work on more tracks heheh…
You’ve shown yourself to be a versatile producer since the beginning of your career, from the release of the single “Saxophonist In Paris” in 2010 to “Electronic Shake” on Adesso this year. Tell us a bit about your creative process.
The first 3 release i had, i was helped by a producer to finish, as i was still in learning process, then as a DJ i picked up very quickly and start working my groove
very easily, i always start with a clean slate, kick, percussion, snares then work on a
good bassline, wherever this take me i make it till the end then i listen to it again and again for small corrections or add, i can go deep house, tech house or afro house i never know in the beginning of making the track…
You’ve released tracks on Nervous, Magnectic, Open Bar Music, labels from different regions of the world, as well as performing in various clubs. Are there any venues in the world that you like the most because of how receptive the public is to your work?
I always had a lot of fun playing in Pacha Ibiza winter or summer but as far as i can remember there is this club in Costa Rica called Vertigo that i went to play after releasing on a Costa Rican label called Half Seas Over by Mobius Strum, the club was packed and in my set each time i was dropping one of my tracks the crowd went wild and they knew them well, it was a very special night, place and crowd…
What’s the most important moment in your emotional memory of the dancefloors?
Talking about dancefloor emotional memory was back in the days when i was resident at Barraca in Valencia, i was playing on the terrace and after my set i went on the main floor to see the living legend Sven Vath set for the first time and i never
saw someone playing so flawless and connecting with the crowd at this level, this moment i knew i had lots more to learn and reach as a DJ, big respect to Papa Sven
How do you manage your time in the studio with your performances? What do you prefer to do these days?
For me it’s pretty easy week days i focus on productions mostly at night as i am a creature of the night ehhehe and weekend it’s all about playing and going out to keep being in the loop of what’s happening in the scene…
What new features can the public expect from JP Chronic at the end of 2024? Any message for the Brazilian public?
I have a couple more releases coming out on Candy Flip & Reshape Black, then im back on Street Tracks for another one before October, I will be taking on a new residency that will be revealed very soon and for my Brazilian public i hope i can finally come touring brazil next year as there is so much good music coming from Brazil lately, it has always been an inspiration source for me also…
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