Rodrigo Ferrari e Nuke’M lançaram um remix oficial para a cantora baiana Daniela Mercury. Os DJs converteram a icônica “Macunaíma” para um afro-house a 126 BPM.
Lançada originalmente por Daniela Mercury em dezembro de 2022, a versão dos artistas chegou pela Páginas do Mar. O remix foi feito para a pista, trazendo bastante groove e forte influência afro-brasileira, incluindo uma instrumentação de elementos do samba, como pandeiros, tamborins e cuíca.
“Como eu já conhecia a cantora, eu e o Rodrigo já tínhamos uma ideia de que deveríamos fazer algo no estilo de afro house, utilizar de percussão e instrumentos musicais da cultura brasileira para a construção do remix.”, conta Nuke’M.
“A faixa originalmente era bem carnavalesca e para transportá-la ao universo da house music foi um desafio. Poucos elementos da original foram utilizados, somente uns trechos dos metais, e obviamente os vocais de Daniela Mercury.”, completa Ferrari.
Macunaíma
Macunaíma é, na verdade, o protagonista do livro homônimo lançado por Mário de Andrade em 1928 — considerado sua obra prima. Em 2022, quando a Semana de Arte Moderna (movimento artístico que teve Mário como pivô) completou seu centenário, Daniela Mercury juntou-se aos dramaturgos Zé Celso e Fernando de Carvalho para compor uma música batizada a partir da personagem.
A “Macunaíma” de Daniela é a segunda faixa do álbum “Baiana”, lançado em 2022 pela Páginas do Mar.
“A inspiração foi o próprio livro de Mário de Andrade, o centenário de 1922, o clima, o aquecimento global e a luta pela manutenção da democracia no Brasil e no mundo”, conta Mercury.
“A própria letra é uma opereta de Zé Celso com Fernando de Carvalho, que são dois gênios do teatro. Eu que propus ao Zé Celso Martinez fazer essa música — queria falar desse país pelos olhos dele. Ele era um ícone do tropicalismo no teatro, foi considerado o maior gênio do teatro brasileiro. Fez ‘Rei da Vela’, ‘Roda Viva’, as peças mais importantes da luta contra a Ditadura Militar”, complementa a cantora.
José Celso Martinez Corrêa faleceu em julho de 2023, aos 86 anos.
Logo, Rodrigo Ferrari e Nuke’M tiveram a oportunidade de trabalhar oficialmente em cima de uma música muito especial, composta por ícones da arte nacional e repleta de significados.
Sobre Rodrigo Ferrari
Com 30 anos de cabines, Rodrigo Ferrari é parte viva e atuante da história da música eletrônica brasileira. Do house ao techno, é difícil dizer com quem o DJ ainda não tenha dividido a cabine. David Morales, Dennis Ferrer, Derrick Carter, Erick Morillo, Fatboy Slim, Hot Since 82, Jamie Jones, Loco Dice, Josh Wink e Sven Väth são apenas alguns deles.
Com passagens por festivais como Creamfields Brasil, D-EDGE Festival, Planeta Atlântida, Rio Music Conference Festival, TribalTech, Tribe e Skol Beats, também já tocou em diversos dos mais desejados clubs da atualidade, entre eles D-EDGE, Pacha, Warung e Laroc — sem contar os 15 anos em que atuou em algumas das principais emissoras de rádio de São Paulo.
Mas é no desenvolvimento de suas composições musicais e remixes que Ferrari tem recebido maior atenção internacional. Já lançou por selos como Get Physical Music, Whoyostro, Deeplomatic Recordings, East Recordings e Proton Music.
Sobre Nuke’M
Nuke’M não é apenas um DJ e produtor, mas um verdadeiro influenciador de sabores musicais. Distinto e inovador, seu som, que flutua entre house, afro house e tech house, ecoa como um farol no vasto oceano da música eletrônica, iluminando o caminho para novas descobertas musicais e experiências sensoriais únicas.
Sua jornada na música eletrônica é uma busca constante para transformar sonhos em realidade e transmitir uma parte de seu mundo envolvente e cativante para as pessoas que o ouvem.