O EP Brainwash, da dupla Anonimat, chegou aos streamings com força total coroando o mês de maio com uma obra sólida, delicada e potente para o cenário eletrônico. De Curitiba para o mundo, o projeto formado pelos DJs e produtores Gaba e Atticus vem remodelando as perspectivas sonoras e trazendo frescor a vertentes como Organic, Progressive House, Indie Dance e similares, entregando uma sonoridade competente que promete dar muito o que falar.
Os artistas já dividiram palco com nomes importantes como Hernan Cattaneo, Monkey Safari, Amonita e Guy Mantzur e passaram por clubes respeitáveis como Surreal Park, Warung Beach Club, Soundtuary e Club Vibe, mas eles não pretendem parar tão cedo. Em um curto período de tempo, a dupla já irá celebrar sua primeira apresentação internacional, em julho, na Argentina. Além da primeira viagem da dupla, o público também pode aguardar por colaborações importantes como a coprodução de um EP com Albuquerque e com M.O.S, artistas dos selos All Day I Dream e Anjunadeep.
Voltando ao presente e falando de colaborações, o duo vem seguindo uma jornada prolífica com parcerias pontuais na música. Um exemplo disso é o time de artistas que se juntou ao Anonimat na composição de algumas faixas em parceria no EP Brainwash, composto por duas faixas originais e três remixes.
A obra lançada pelo selo Words Not Enough, prima pela qualidade e um storytelling impecável contato pelas mãos talentosas de nomes como Soulmac, Sensitive, Dulus, Nathan Katz e Duo State, que celebram o resultado brilhante da parceria com Anonimat. Dessa maneira, o resultado não poderia ser diferente, com a faixa-título alcançando o Top 10 do chart de Organic House/Downtempo do Beatport.
Dentre essas e outras facetas, conversamos com o Anonimat para saber mais, acompanhe!
Olá Gaba e Atticus! É um prazer recebê-los para esta entrevista! Começando pelo EP Brainwash: gostaríamos de entender o significado por trás do nome e como ele está conectado com a sonoridade que se ouve neste trabalho…
O nome do compilado foi inspirado na própria letra do vocal, e também um pouco no meu artista favorito, Enamour. Uma das primeiras faixas que me fez conectar com a música do Enamour é chamada de “Brainwasher”, e fez muito sentido colocar alguma referência a essa track no nosso primeiro lançamento, além de complementar a letra do vocal!
Como se deu o processo criativo com o EP e o relacionamento com a WNE? Vocês tiveram alguma participação na escolha dos remixes ou isso ficou com a gravadora? Qual a impressão geral da perspectiva de vocês?
Temos uma relação legal com o Edu há um tempo já (estava de mandar tracks pra label há mais de um ano já), ele foi muito liberal quanto a escolha de tudo. Gostamos de remixes, de como as pessoas colocam a perspectiva delas em cima da nossa faixa, e como vão trabalhar com os nossos elementos. Escolhemos o Nathan e o Dulus por conta de nossa proximidade com os artistas, além de respeitarmos muito o talento deles. E ainda, o Edu se ofereceu para remixar e entregou uma versão linda também!
Além deste lançamento, outra grande novidade é o anúncio da primeira gig que vocês farão na Argentina. Como está a expectativa e como surgiu esse convite?
A expectativa está altíssima, retornar ao país do progressive house é sempre uma honra. Ultimamente estamos trabalhando com vários artistas argentinos, os quais estão abrindo várias portas para nós em termos de festas!
Vocês conseguiram um lugar de destaque trabalhando com artistas renomados em um curto espaço de tempo no cenário eletrônico. O que foi fundamental para chegar neste lugar que vocês estão hoje?
Creio que muita disposição e vontade de aprender com os outros artistas. Semanalmente estamos em meets com produtores diferentes de forma a ver como trabalham em seus projetos, como Maezbi, Agustin Ficarra, Kabi, Cocho, Stan Tone. E ainda, realizamos classes há mais de 2 anos com o Dulus, que foram fundamentais para estarmos aqui hoje!
Inspirações – sabemos que no decorrer da jornada artística os ídolos dos ídolos mudam de acordo com as vivências e experiências sonoras, certo? Quem inspirou vocês no início e quem entrou como inspiração no meio da jornada?
Grandes inspirações pra nós no início continuam sendo as atuais, talvez com algumas adicionais a mais! Sempre Enamour, Volen Sentir, Tim Green e outros no caminho vieram somando, como PROFF, Super Flu, Gorge, Dim Kelly, entre outros.
Além da parceria com os produtores Albuquerque e M.O.S, quais são os planos importantes do duo para o próximo semestre referente a lançamentos?
Temos vários planos importantes até o fim do ano! Não podemos falar todos explicitamente, mas temos incriveis colaboraçoes vindo, sendo uma delas bem especial junto ao Dulus e ao Antdot. Além disso, um EP muito interessante junto com o Albuquerque que logo vamos começar a falar mais em nossas redes sociais.
E fazendo uma análise e observação da cena eletrônica nacional como um todo, quais são os pontos negativos e positivos observados por vocês? Muito obrigado por nos conceder esta entrevista!
De pontos negativos, é que há poucos artistas comparado a outros países. Conseguimos quase que contar nos dedos os artistas relevantes no cenário global que são brasileiros. Pontos positivos são inúmeros, mas principalmente a união, nunca fomos maltratados por outros artistas daqui e sempre todos estão dispostos a ajudar, ensinar e crescer junto.
Siga o Anonimat no Instagram
It’s all about groove