4 características que fazem de Mathew Jonson um artista singular

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Por em 14 de junho, 2024 - 14/06/2024

O público brasileiro poderá prestigiar em breve um dos artistas mais criativos e técnicos que a música eletrônica underground já revelou ao mundo: Mathew Jonson. Uma das coisas que provavelmente o tornou um profissional tão dedicado e experiente foi sua conexão com a música desde a infância, já que ele começou a tocar piano e bateria aos 7 anos, e aos 9 já mexia com alguns sintetizadores, graças à influência de seu pai, que era um músico mais voltado ao lado acústico.

Já na adolescência, Mathew apaixonou-se pelo hip-hop e pelo Drum & Bass e no final dos anos 90 começou a discotecar nesse estilo, até que enjoou e, em 2001, ele lançou seu primeiro trabalho oficial como Mathew Jonson pela Itiswhatitis, e logo ganhou destaque em outros selos como Perlon, Kompakt e M_nus. Depois, co-fundou o selo Wagon Repair em 2005 e, desde então, sua carreira apenas evoluiu sem nunca mais parar, impulsionada também por sua mudança para Berlim, onde montou um estúdio cheio de equipamentos analógicos, dos clássicos aos mais modernos, dando vida à clássicos como “Marionette” e “Decompression”.

Pulando para o presente, temos um artista que pode ser considerado como um dos mais inovadores da música eletrônica contemporânea e que fará duas apresentações no formato live act no Brasil. Primeiro, no dia 21 de junho, na noite Freak Chic do D-Edge [ingressos], e depois no dia 22, sábado, no Surreal Park [ingressos], celebrando os dois anos da label Botanic. Quer saber por que você não pode perder a apresentação dele? Então vem com a gente:

Estilo musical dinâmico, criativo e fora da curva, sem perder a identidade

Desde o início da carreira, Mathew Jonson conseguiu criar um som bem peculiar que mescla elementos do Techno, do House, e do Minimal de uma forma que poucos conseguem replicar. Suas faixas são frequentemente construídas em torno de melodias hipnóticas, complexas camadas de sintetizadores analógicos e uma rica textura sonora. A faixa “Marionette”, por exemplo, é considerada um clássico do minimal techno, famosa por seu arpejo detonado e pela tensão melódica que cria uma experiência auditiva sublime. A habilidade dele em criar uma atmosfera emocional intensa com equipamentos analógicos é algo realmente admirável.

Excelência nas performances ao vivo

Ver um artista performar ao vivo já é uma experiência à parte, mas ver Mathew Jonson é ainda melhor. Utilizando vários equipamentos analógicos e digitais, ele cria sets dinâmicos, improvisados e totalmente espontâneos. Ele basicamente tem todas as linhas de baixo em algum canal, alguns pads, partes de melodias e partes de harmonia espalhados na mesa de mixagem, e então como está tudo separado, pode misturar e combinar de diferentes maneiras — e é o que o torna tão interessante de assistir. 

Enorme influência na cena do Minimal Techno

Na década de 2000, principalmente após se mudar do Canadá para a Alemanha, Jonson se tornou uma figura central na cena do Minimal Techno. Seu trabalho ajudou a definir o som minimalista daquela época, caracterizado por um enfoque em detalhes sutis e uma produção meticulosa. Faixas como “New Identity” e “Decompression” são ótimos exemplos de como Jonson trouxe uma nova sensibilidade ao Minimal Techno, misturando precisão rítmica com uma rica paleta sonora. 

Um artista em constante evolução e sempre experimentando 

Apesar dos estilos minimalistas serem considerados repetitivos com seus loops, Mathew Jonson nunca produziu um som enjoativo ou sem graça e sempre se desafiou em sair do comum, experimentando e testando coisas novas para evoluir sonoramente, além de colaborar com outros artistas para expandir seu horizonte musical. Tanto que além do projeto solo, ele também integra a banda Cobblestone Jazz e forma o duo Midnight Operator. 

Portanto, se você tiver a oportunidade de vê-lo pelo Brasil, não deixe passar. Temos certeza de que será uma experiência e tanto — venha nos agradecer depois. 

It’s all about groove

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