Depois de pegar todo mundo de surpresa e anunciar uma festa de última hora no Silk Beach Club, em Búzios, em plena quarta-feira (24), GORDO já pode entrar na lista de artistas que não escondem seu amor pelo Brasil — amor esse que está sendo muito bem retribuído pelo público. Depois de fazer uma turnê gigantesca pela América Latina entre o final do ano passado e o início deste ano, passando por mais de 25 cidades em 15 países diferentes, ele agora parece ter se tornado um “residente brasileiro”, marcando presença constantemente por aqui.
Algo que pode explicar isso (em partes) são suas raízes latinas, afinal, apesar dele ter sido criado em Frederick, uma cidade dos Estados Unidos, Diamanté Anthony Blackmon nasceu na capital de Guatemala, país da América Central. E não tem como negar, quem nasce com sangue latino nunca irá deixar de honrar suas raízes. O sucesso, porém, aconteceu mesmo nos Estados Unidos, iniciando em 2008, quando ele lançou seu projeto artístico conhecido como Carnage, um sucesso total na cena EDM, o que o levou a tocar em palcos de festivais gigantes como Tomorrowland e Ultra Music Festival.
Chega a causar uma certa estranheza ouvir suas produções antigas se compararmos com as atuais, porque a linha de som realmente é muito distinta, já que ele produzia e tocava estilos como Dubstep, Hardstyle e Trap, com muita influência do Hip Hop. Ele chegou a colaborar com Avicii, Swedish House Mafia, KSHMR e Timmy Trumpet, e com artistas de fora da música eletrônica também, como Mac Miller, Drake, Wiz Khalifa e G-Eazy; lançou na Ultra Music e entrou na Billboard 200 com “Toca”, atingindo a posição #184. Mas toda essa experiência do passado foi fundamental para GORDO ser quem é hoje, afinal, muitas conexões foram feitas e seu reconhecimento foi fundamental para ele “recomeçar” a carreira.
GORDO “nasceu” no Club Space em Miami e seu primeiro single sob essa assinatura foi “KTM”, seguido de “Taraka”, que viria a se tornar o nome da sua série de eventos. Diamanté aposentou Carnage oficialmente em 2022 após 14 anos de projeto e aproveitou o seu apelido “Papi Gordo”, como ele era chamado antigamente, para batizar a sua nova persona artística. A transição mostrou que ele estava deixando para trás o Trap e o Bass para dar lugar à linhas do House e do Techno, sonoridade que se consagrou nos meses seguintes com importantes produções como “Rizzla”, em colaboração com The Martinez Brothers, seu grande sucesso “Hombres y Mujeres” e “Parcera”, junto com Maluma.
Hoje através da TARAKA, ele tem espalhado sua identidade e sonoridade latina pelos quatro cantos do globo, ao mesmo tempo em que se mostra um artista super versátil, que pode tanto soltar um technão no meio do set, como também um clássico do House como “One More Time”, do Daft Punk — como ele fez aqui, no Brasil. Fora isso, ele usa também de sua popularidade para se dedicar a causas humanitárias, ajudando a construir escolas e centros educacionais na Nicarágua e Guatemala, como esta abaixo, inaugurada no ano passado. “Minha infância na Guatemala moldou quem eu sou hoje e tenho a honra de retribuir à próxima geração em meu país natal”.
De volta ao Brasil mais uma vez, sua próxima parada está marcada para junho, quando ele encabeça o lineup do El Fortin, em Porto Belo, no dia 08. Ele estará acompanhado de Victor Lou, Roddy Lima e Ambrxse no MainStage para fazer sua estreia em Santa Catarina que, sem dúvida alguma, irá superar as expectativas tanto do público, como do próprio artista.
Se você já quiser ir aquecendo, a recomendação é dar o play no volume máximo neste setzão que ele fez no brunch In The Park, em Málaga. Aproveite e confira também o single mais recente lançado por ele, “Fallin Luv”, em parceria com Jeria, flertando com uma estética um pouco mais pop.
It’s all about groove