Entrevista: O Drelirium de Dre Guazzelli

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Por em 11 de dezembro, 2023 - 11/12/2023

Para conseguir demonstrar sua arte com potencial máximo, um artista precisa apenas de duas coisas: inspiração e liberdade — e parece que Dre Guazzelli tem isso de sobra na sua vida. Ele sempre foi uma pessoa multifacetada, produz festas desde os 18 anos, já morou e estudou fora do país, e após consagrar seu projeto principal pelo Brasil, resolveu dar vida a um outro para se sentir ainda mais livre no quesito musical, o Drelirium, seu “lado b” que possui uma proposta mais orgânica, progressiva e melódica, por onde tem realizado diversos novos lançamentos. 

O mais novo deles chegou no início de novembro pela Where The Heart Is, label que tem dado apoio às criações do novo projeto de Dre desde seu início. Andalusia tem duas faixas originais, sendo uma delas produzida em parceria com Anton Ishutin; ambas seguem a mesma linha dos trabalhos anteriores, são músicas com uma duração maior para que a progressão dos elementos seja gradativa, com bastante enfoque nas melodias e sonoridades orgânicas. Dre reservou um tempinho para nos falar um pouco mais sobre este projeto e outras novidades da sua carreira.

Olá, Dre! Obrigado por nos receber. O timing da entrevista é ótimo porque recentemente você completou 20 anos de carreira, não é mesmo? Como você resumiria sua trajetória até aqui? 

Olá, pessoal! São 20 anos sonhando em tocar e fazer festas! Hoje consigo olhar pra trás e ver todo esforço colocado como sementes que crescem e evoluem a cada dia que passa. Hoje tenho uma empresa de eventos que produz minhas próprias festas e como dj estou conquistando bastante coisa legal; Tomorrowland Brasil, 2 anos seguidos na F1, 35 vezes tocando fora do Brasil sendo delas, 10 vezes em Ibiza. Agenda cheia todo mês e fora isso a produção de músicas próprias que segue de vento em popa!

Aproveitando o gancho e falando de sonhos e objetivos: você já tocou diversas vezes em Ibiza e no Burning Man, e recentemente se apresentou no Tomorrowland… o que falta na sua lista pessoal? 

Tocar na Lua rs. Brincadeira. Acho que manter a agenda de tocadas evoluindo e tocar sempre em lugares que estão em evidência e que me tragam pra perto de pessoas legais, da natureza, de cidades que respiram arte, da praia e da criatividade com a arte de viver!

Pelo o que acompanhamos nas redes, você é uma pessoa que leva o lado físico e mental muito a sério. Como é o seu dia a dia antes e após alguma festa ou apresentação? O que é imprescindível pra você? 

É imprescindível uma alimentação saudável, meditação, yoga quase todos os dias, corrida ou corda e musculação, um dia de massagem por semana, acupuntura a cada 15 dias, banheira de gelo tb. Sem falar nas boas amizades, no equilíbrio entre trabalho e lazer, família e cidade.

Estar sempre em movimento, se atualizando e inovando é uma premissa sua também, certo? Tanto que após a pandemia você resolveu idealizar o projeto Drelirium. Como você busca dividir essas duas frentes no momento? 

É apenas uma questão de mais liberdade criativa na hora de eu poder soltar e lançar músicas que não seguem um estilo único. Eu sempre fui uma pessoa que amou tocar por bastante tempo e para manter uma pista acesa e quente é necessário vagar por diferentes estilos. Então resolvi manter Dre Guazzelli como linha de frente do que já vinha fazendo com tech house, remixes de brasilidades e deep house e Drelirium pra parte mais progressive, melodic e organic house que eu amo muito e sempre toquei e ouvi.

Inclusive, olhando no seu Beatport, as faixas do Drelirium tem performado muito bem na plataforma, estando entre as suas mais vendidas. Você esperava esse reconhecimento tão grande do público de forma tão rápida? 

Eu esperava sim e espero cada vez mais que eu seja convidado e reconhecido nessa parte também porque me dedico muito para fazer mais e melhor cada dia, pensando em deixar mais pessoas felizes com mais músicas boas e bonitas rs!

E o que você pode nos contar a respeito do último lançamento, Andalusia? A música faz referência à comuna espanhola ou é apenas mera coincidência? 

Tem referência sim. Tem uma lembrança do que vivi em Ibiza, melodicamente falando e da minha amizade criada com o Anton Ishutin, que sempre admirei e convidei para tocar num Sábado Dre Tarde um tempo atrás. A partir daí veio a ideia de uma collab e cá estamos!

Um parceiro importante nessa trajetória do Drelirium tem sido a Where The Heart Is, gravadora que lançou a maioria das músicas do projeto até então. Você já tinha contato com a label há mais tempo? 

Criei uma amizade com o David Hohme, dono da label, da mesma maneira que do Anton. Convidando-o para tocar no Sábado Dre Tarde (minha festa), e a partir daí foram 3 viagens pra cá e ele foi acompanhando o processo todo e incentivando e curtindo. Ele não esperava o sucesso que fez e ficou muito feliz ao ver as performances de cada uma. E isso só deu mais força!!! Hoje acho que sou o que mais atingiu bons números na gravadora! Avaanti!

Por fim, quais são as novidades para essa reta final do ano e os planos para 2024? Obrigado, Dre!

Lançar mais músicas. Tocar no Universo Paralello que toco desde 2006! Produzir meu reveillon em Caraíva também na Bahia e celebrar com amigos as conquistas e a arte de estar vivo, ativo e fazendo o bem!

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