Conversamos com Vylow sobre seu single “Music I My Everything” e nova fase da carreira

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Por em 14 de novembro, 2023 - 14/11/2023

Com uma rica bagagem e experiência de sobra, Vylow tem se apresentado como um expoente da cena eletrônica nacional. Natural de Fortaleza/CE, o artista vem se dedicando à música eletrônica há mais de 10 anos, construindo um currículo respeitável, com lançamentos por labels como Muzenga Records e O problema é GRAVE, mais de 2 milhões de plays nas plataformas digitais e uma expertise frente à produção musical, já que há anos vem trabalhando como ghost producer. 

Dessa forma, Victor Medina, nome por trás do projeto, construiu uma sonoridade forte, baseada nas linhas do EDM, Tech House e Techno, que resultou em uma relevância no nordeste do país, mas que agora, se eleva para voos mais altos. Para esta nova fase da carreira, ele chega trazendo a faixa “Music Is My Everything”, que traduz toda a sua paixão pela música e também imprime seu background refinado, ao compor um groove enérgico, marcado por batidas arrojadas, vocais e drops alucinantes, com forte potencial de pista. 

Para conhecermos mais deste artista em ascensão e da nova fase de sua carreira, conversamos com Vylow: 

Olá, Vylow! Seja bem-vindo à GRVE, para começarmos a nossa conversa, queríamos saber um pouco mais da sua trajetória. Como foi seu primeiro contato com a música? E o que te atraiu na música eletrônica, por que você decidiu embarcar neste universo?

Não me lembro ao certo do meu primeiro contato, não tive alguma influência familiar ou algo parecido, era uma pessoa normal que gostava de ouvir música. Porém, lembro que o meu gosto musical sempre seguia para a música eletrônica. Na minha infância, por exemplo, eu curtia muito os CDs “Summer Eletrohits”, na minha adolescência escutei muito Linkin Park (ainda hoje eles influenciam muito no que eu produzo, mesmo que inconscientemente). Mas eu decidi mesmo mergulhar nesse mundo quando fui a um show do David Guetta, em que me apaixonei de verdade pela atmosfera e pensei,  “Po, eu acho que eu tenho umas ideias legais, acho que vou tentar fazer uma música”, assim que tudo começou.

Com essa jornada de 10 anos como DJ e produtor, certamente você já viveu muitas fases como artista. Como você analisa a sua evolução musical? As suas referências de hoje são parecidas com as de quando você começou? Quais são suas maiores influências? 

É muito difícil e, na minha percepção, errado você não mudar nada em 10 anos como artista. Me vejo no começo como uma criança, que tinha muita criatividade mas não conseguia colocar em prática, por falta de estudo e experiência. Com anos estudando e produzindo, essa criança foi desaparecendo e dando lugar a um adulto. No entanto, esse lado também tinha seu problema: eu tinha toda a técnica e estudo que precisava, mas já não tinha a criatividade de antes. As tracks eram boas, mas faltava o sentimento/tempero que toda obra de arte deve ter.

Hoje me vejo bastante equilibrado nessas duas mentalidades criativas de Criança/Adulto, e tem me rendido bons frutos. Ainda sobre isso, eu gostaria de citar aqui o Felippe Senne. Foi por causa de um vídeo dele falando exatamente sobre isso, que refleti sobre toda a minha carreira.

Já em relação a referências, elas mudam relativamente rápido, mas hoje me inspiro bastante no Dom Dolla e John Summit.

Você trabalha como ghost producer, certo? Há quanto tempo você atua nessa área e como essa experiência agrega ao seu projeto pessoal?

Acho que deve ter uns 3 anos, começou perto da pandemia. É algo que eu gosto de fazer e me traz mais bagagem para as minhas próprias produções. Por produzir de tudo (até remix de forró), você vai criando uma flexibilidade muito boa, e isso consequentemente ajuda na minha criatividade. A maioria dos meus clientes são da música eletrônica, diria que 95%, mas mesmo assim, são muitos sub gêneros diferentes. E claro, é muito prazeroso ganhar dinheiro com algo que você ama fazer, e de quebra usar esse dinheiro para investir no objetivo principal que é a minha carreira.

Sobre os desafios da carreira, quais foram os principais percalços que você encontrou e como eles moldaram quem você é como artista hoje? 

Acho que o principal e mais desestimulador foi no começo, aprender a produzir música 10 anos atrás era muito mais complicado. Não tinha quase nada de conteúdo, apenas alguns védeos de gringos no Youtube. Até minhas produções se tornarem “tocáveis” demorou um tempo, e era muito frustrante passar horas fazendo algo que nem eu e nem  ninguém gostava.

Mas acredito que tudo isso que eu passei e todo mundo da cena também passa, serve para filtrar quem realmente merece viver disso. Saber receber vários “Nãos” e mesmo assim continuar, é o que difere quem vai conseguir e quem não. É um meio difícil para a saúde mental, mas hoje eu lido com muito mais facilidade do que eu lidava no começo da carreira. Apesar de agora ter problemas bem maiores, isso faz parte do amadurecimento tanto como artista, quanto como pessoa.

Você agora inicia uma nova fase da sua carreira e “Music Is My Everything” é a primeira faixa deste momento. O que essa música significa para você? Qual mensagem você busca passar com ela? 

O título da música já exemplifica, não me vejo fazendo outra coisa da vida. Alguns meses atrás, eu estava passando por uma fase ruim, não conseguia sentir o mesmo prazer de antes na música, isso desde a época da pandemia. E com essa track, parece que voltou todo o sentimento que eu tinha. Essa track significa para mim meu novo ponto de partida, o novo Vylow, mais maduro e feliz com o que está fazendo. 

E como foi o processo criativo da faixa? Quais elementos você buscou ressaltar? 

O primeiro elemento foi o vocal, quando o achei, ele já me tocou e quis fazer uma track em cima. O restante fui deixando fluir, mas em todas as minhas produções eu busco me inspirar em outras tracks que gosto, então ela deve ter uma inspiração de pelo menos umas 10 tracks diferentes.

Para finalizar, quais são seus próximos passos? Alguma novidade ou spoiler deste final de ano/começo de 2024 que você possa nos adiantar? Obrigada pelo papo!

Por enquanto, posso adiantar que tem música nova chegando no ano que vem. Obrigada vocês pela conversa!

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