Em 2019, uma nova label chegou com o objetivo de agregar à cena eletrônica nacional, trazendo novas abordagens, prezando pela inovação e diversidade e, claro, em busca do sucesso e consolidação. Quase quatro anos depois, podemos dizer que a Tamboa Records vem cumprindo com seus objetivos e se mostrando como um diferencial na indústria da Dance Music brasileira.
Fundada por Moreno Martins, desde os primeiros lançamentos, o selo já mostrava seu grande potencial. Antes de inaugurar a Tamboa, o headlabel fez uma pesquisa minuciosa, a fim de entender e visualizar as faltas do mercado, aplicando esses aprendizados no selo, ao incorporar elementos de outras vertentes, como o samba, o baião e até mesmo as percussões africanas nas produções. Esse conhecimento abrangente foi essencial para que a label chegasse ao momento que está hoje, com uma curadoria refinada e um catálogo respeitável, que ganhou ainda mais impulso neste ano.
A propósito, 2023 foi um ano produtivo para o selo, que se reinventa trazendo novas abordagens para a sua sonoridade. Agora, a label está mais voltado ao Minimal House, buscando lançamentos mais versáteis e hipnóticos, com influências do Electro e do Acid, se alinhando aos trabalhos de Moreno Martins, que já prepara para no ano que vem apresentar um novo projeto, alinhado a essa nova linha de som da Tamboa.
Depois de finalizar 2022 com releases de Jorge Mattos, com EP “Scream”, que ganhou remix de Alex Drittich, e recebeu suportes de Archie Hamilton e Toman, e o EP “Inhibitions” de Rob Manuelo, que trouxe um deep tech bem trabalhado, o selo chegou à 2023 ainda mais conciso de seus passos.
O primeiro release veio em fevereiro, trazendo Douse com o EP “The Assunder”. Com três faixas, o trabalho trouxe um minimal house moderno e cheio de energia, pensado para cativar as pistas – não à toa, recebeu suporte de Artmann, artista da PIV Records. Na sequência, Balestra estreou na label com “Smooth Jazzy”, um EP baseado na House clássico, mas com influências do Deep, Minimal e Jazz.
O segundo semestre do ano iniciou com o EP “Imersivo”, assinado pelo produtor Deds, um dos nomes relevantes da nova geração brasileira de Minimal House. Para este lançamento, o artista apresentou três faixas, marcadas por linhas de baixo potentes, toques ácidos, texturas e uma atmosfera cativante, resultando em um trabalho elegante e hipnotizante.
Neste último mês de outubro, mais um lançamento chegou às plataformas, trazendo Gus Rodriguez, novo projeto de Art Popper, artista que já possui lançamentos por labels como Whoyostro, depperdub, Kief e Sábia Records. Agora ele se une à Tamboa, marcando uma nova fase de sua carreira sob este pseudônimo, mas mantendo as características sonoras que compõem a sua identidade, como a combinação de Minimal e House, com influências dos anos 70 e 80 do Disco e Soul.
E é este combo que ele apresenta em “2048”, com três faixas minimalistas, mas com grande potencial de pista. O EP se apresenta com uma atmosfera imersiva e traz uma fusão elegante de elementos, com vocais impactantes e futuristas, linhas de baixo bem trabalhadas, synths vibrantes e toques ácidos que trazem ainda mais energia para o conjunto.
O lançamento comprova mais uma vez a proposta da label de trazer inovação, que mostra que desacelerar e focar na música é o caminho para se diferenciar e construir um catálogo pertinente. Já estamos ansiosos para seus próximos passos!
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