Timeless tem o intuito de resgatar músicas perdidas e guardadas a sete chaves pelos artistas e colocá-las em evidência novamente. Cada convidado recebe a missão de trazer 3 músicas que poderiam estar atualmente em seus sets. Sons que possuem características atuais em seus timbres e arranjos.
Nosso convidado da semana é Leila Scheiwe
Com influências que passam por nomes como Dave Seaman, Hernan Cattaneo, Nick Warren, Sasha, Martin Garcia, John Digweed, Underworld, Leila é totalmente apaixonada por música eletrônica conceitual desde 2003. Possui formação na AIMEC (Balneário Camboriú) e desde 2018 vem lançando trabalhos como produtora musical em labels como Nube Music Records, BQ Recordings, Trip to Deep, Transensations Records, BC2 Records. É também fundadora do núcleo e produtora de eventos Inside Out, que tem como base a cidade de Pomerode – SC
‘’Quando recebi o convite fiquei um pouco preocupada, não é fácil eleger apenas 3 músicas, dá aquela sensação de talvez esquecer de citar alguma música muito importante. Então fiz minha seleção baseada principalmente em músicas que se encaixam nos dias atuais e no que considero mais marcante para minha história como DJ e produtora e que também são inspiração para mim.
Agradeço seu convite e me sinto muito honrada em poder participar. Obviamente dei aquela pesquisada na minha gaveta cheia de álbuns marcantes.
Agradeço também porque fazia tempo que não dava aquela revirada no passado. Foi muito prazeroso.’’
Underworld – Dark and Long -Dark Train
Gravadora: Junior Boy’s Own
Ano: 1994
É sem dúvida a música que mais marcou toda minha história na música eletrônica e que se encaixa perfeitamente em qualquer set meu hoje em dia. Lançada em 1994 no álbum “dubnobasswithmyheadman” e depois com muitas versões e remixes, para mim é a música que me faz conectar com o presente e passado na música. O que mais me admira nas músicas dessa época é a melodia marcante e a história divinamente contada pelos produtores.
A primeira vez que vi eles tocando ao vivo em um show eu já conhecia a track, mas ouvir e vivenciar a emoção com que eles apresentam esta obra, foi sem dúvida a experiência mais marcante que já vivi em toda minha vida e história na música.
Danny Howells – On the moon
Gravadora: Sudbeat
Ano 2009
Engraçado que quando escolhi essa música eu não lembrava e nem passava pela minha cabeça que ela era o lançamento número 001 da Sudbeat. Ela é a última track de um de meus álbuns favoritos do Hernan Cattaneo, Renaissance – The Masters Series – Part 13.
Primeiro que Danny Howells nunca decepciona, adoro demais as produções e sets dele. Sempre pensando fora da caixa e trazendo propostas diferenciadas em seus sets e produções. Você nunca sabe o que vai ouvir vindo dele. O cara literalmente não é apegado a ter uma agenda super cheia, muito menos em produzir em escala, ele simplesmente produz o que sua criatividade lhe permitir naquele momento. Também nunca levantou a bandeira de nenhum estilo em específico, o que na minha opinião o deixa mais livre como artista.
Segundo que os elementos utilizados na produção desta track se encaixam perfeitamente com a proposta sonora do que eu curto tocar atualmente. Não tão antiga, afinal foi produzida em 2009, mas de lá pra cá tanta coisa mudou na produção e ela se mantém super atual.
16Bit Lolitas – Nobady Seems to Care
Gravadora: Anjunadeep
Ano: 2008
Clássico release de 2008 do duo 16Bit Lolitas, “Murder Weapon EP” que inclui 2 faixas “Murder Weapon” e “Nobody Seems to Care”.
Eu já conhecia essa música desde seu lançamento, mas foi no dia do lançamento do álbum Warung Brazil 001, uma noite clássica, ao som destes que fizeram história na trajetória musical de muitas artistas.
Amo os pads, os vocais sutis, porém extremamente marcantes, melodia que eleva, você tem vontade de dançar e esquecer de tudo. Uma música que em qualquer set vai emocionar a galera na pista.
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