Entrevistamos Olga Korol, ucraniana que desembarca no Brasil pela primeira vez para Botanic 1 Ano, no Surreal Park

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Por em 5 de julho, 2023 - 05/07/2023

Impulsionada por sua curiosidade pertinente por padrões musicais, Olga Korol iniciou sua jornada musical ainda nos anos 2000, sendo influenciada principalmente pela cena grunge e trip-hop de seu país natal, a Ucrânia. A partir daí, a artista iniciou uma trajetória marcante, explorando diferentes sons até mergulhar de cabeça na música eletrônica e nos discos, o que trouxe experiência e uma bagagem musical rica.

Com um talento nato e um conhecimento plural, não demorou muito para que ela se tornasse uma artista requisitada nacionalmente, desenvolvendo ainda mais seu som nas principais pistas ucranianas, chegando inclusive a tocar no renomado festival Kazantip. Mas foi a sua mudança para Moscou que trouxe a virada de chave em sua carreira e proporcionou o seu encontro com as linhas minimalistas, que hoje são um dos principais pilares de sua identidade. 

E, por falar em assinatura sonora, é inconfundível seu groove ensolarado e som intrinsecamente profundo, influenciado pelo House, Techno, Minimal e Breakbeat. A frente da label Body Parts Records e depois de compartilhar decks com Raresh, Praslea, Crihan, Cristi Cons, Vlad Caia e outros, a artista desembarca de Berlim e chega ao Brasil pela primeira vez, no começo de julho, marcando presença nas pistas do Surreal Park, na comemoração de um ano da Botanic, que aconteceu no dia 07 de julho. 

Prestes a chegar por aqui, conversamos com a artista em uma entrevista exclusiva. Confira: 

GRVE: Olá, Olga! Seja bem-vinda a GRVE. Para que o público possa conhecer um pouco mais sobre você, conta um pouco para a gente sobre a sua jornada musical. Como iniciou a sua trajetória? E o que te levou a apostar na música eletrônica? 

Olga: Olá GRVE, obrigada por me receber! Eu ouvia Nirvana e algumas bandas ao vivo quando era criança, mas depois, no final dos anos 90, eu comecei um programa de rádio pirata em que transmitia muito Speed Garage. Aqueles grooves do milênio definitivamente fizeram algo por mim e chamaram minha atenção, então mudei completamente para a música eletrônica.

GRVE: A sua sonoridade é mais voltada às linhas minimalistas, com grooves bem marcantes. Você sempre esteve mais conectada ao Minimal? Quais são suas principais influências? 

Olga: Eu comecei a tocar em 2005. No começo me inspirei nos artistas locais da minha cidade natal, Odessa, na Ucrânia. Meu gosto não mudou muito desde então. Misturei Progressive, Electro e Minimal e agora sigo curtindo basicamente o mesmo, só o som numa pegada housy que se juntou ao groove.

GRVE: Você possui quase duas décadas de carreira e muitos feitos impressionantes. Imaginamos que seja difícil elencar, mas conta para a gente, quais foram os highlights mais marcantes até agora? 

Olga: Não dá para falar de momentos marcantes sem falar do Port Club em Odessa, que me influenciou muito e me deu uma experiência inestimável. O Sunwaves Festival na Romênia é também um clássico de longa data, claro, mas outro festival que gostaria de mencionar é o Garbicz Festival, na Polônia. É simplesmente fabuloso e insano de várias maneiras.

Minha agenda de verão costuma ser preenchida com sets no Club Der Visionäre, em Berlim, onde sou residente há muito tempo e também é o lar das festas da minha gravadora.

Muito recentemente, a cena da Arábia Saudita se tornou uma revelação para mim. Fui convidada pra tocar algumas vezes e tive o prazer de conhecer as ótimas pessoas que comandam as festas de lá.

GRVE: Essa é a sua primeira vez no Brasil, certo?! Como está a expectativa para tocar por aqui? O que você já ouviu falar do público brasileiro? 

Olga: Eu sempre tento não criar muitas expectativas, mas sim ir bem relaxada e de bom humor. Estou preparando a melhor seleção para o público apaixonado do Brasil.

GRVE: Tem algum artista brasileiro que você acompanha e admira? 

Olga: Sim, eu gostaria de citar alguns artistas que, na minha opinião, estão fazendo uma contribuição significativa na cena brasileira. Stekke é um duo de produtores bem bacana que acompanho e felizmente os peguei tocando no Club der Visionaere, em Berlim. Além deles tem a Azymuth, uma banda de jazz que admiro muito. E definitivamente uma figura que faz muito pela cena brasileira é o Renato Ratier.

GRVE: O que o público pode esperar da sua passagem pelo Brasil? Deixe uma mensagem para quem pretende assistir uma das suas performances:

Olga: Espere de mim algumas preciosidades conhecidas e outras inéditas! Eu recomendo que você economize energia antes, prepare suas melhores roupas e os seus passos pra pista! 

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