Para os que acreditam em destino, Arthur Melquisedec é a prova de que quando algo está para cruzar nosso caminho, seja por um trajeto curto ou longo, inevitavelmente se chega lá. O jovem mato-grossense precisou passar por Cáceres, Cuiabá e ir até Rondônia para só então, no Sul no Brasil, encontrar o trampolim que o levaria a mergulhar de cabeça na imensidão da dance music. Para ele, se mudar para Santa Catarina foi como acordar no olho do furação de uma cena em forte movimento, tendo em pouco tempo curtido pistas comandadas por nomes como Guy J, Ben Klock, Nastia, Daria Kolosova, Dubfire, Richie Hawtin e Amelie Lens, além de marcar presença em festivais de psy-trance, como o Adhana e Terra Azul.
Depois desse choque de experiências, veio a inevitável fixação pelos decks e em 2016, o projeto musical Prowler começava a dar os primeiros passos através da discotecagem. Se a princípio, tudo era levado como hobby, em 2019 o DJ já estava dando entrada na Comunidade de Audio de Andre Salata para dar início a seus estudos em produção e agora, em 2022, além de ter se tornado um dos alunos destaque do curso, também fez sua estreia oficial com dois releases. “Alien” integrou o VA Constructors #10, da Primitive State, e recebeu suporte de Mark EG. Já o EP Remake, lançado recentemente, foi assinado pela Northern Paralells e alcançou o suporte de Adriana Lopez, Lindsey Herbert e mais.
Se tratando de identidade sonora, ele conta que sua predileção está sobre os sons mais introspectivos e obscuros guiados pelo Techno, mas também acrescenta: “Acredito que identidade sonora é a soma de tudo que você viveu enquanto arte, então penso que desde a minha adolescência ouvindo muito metal, passando pelos festivais de psy-trance até chegar na minha última visita ao Surreal Park pra ver o Danny Daze, por exemplo, tudo isso de alguma forma faz com que o meu som seja como ele é hoje. A cada novas experiências, novas possibilidades”.
E a julgar pela forma como irá começar, 2023 promete ser um ano de grandes experiências para Prowler. Após vencer o DJ Contest, realizado pela Carlos Capslock em parceria com a Comunidade de Áudio André Salata, o artista recebeu a oportunidade de abrir a pista de Techno do festival da label que vai acontecer em janeiro, em São Paulo. Já pensou?