“Na selva profunda, há um tesouro escondido que não é feito de ouro, mas é um porto seguro para os dançarinos se expressarem livremente e compartilhar sua alegria de viver uns com os outros. Escondido por muitos séculos, este antigo lugar mitológico é agora redescoberto e trazido de volta à urbanidade. Este reino secreto é chamado Iziki.”
A mente brilhante de Mikkas, também conhecido como Djuma Soundsystem, acaba de revelar mais uma de suas facetas na indústria fonográfica com o lançamento de sua label Iziki. Assim como a sonoridade do artista abriga um conhecimento ímpar de ancestralidade e cultura, com sua gravadora não poderia ser diferente. O nome da label traz em seu significado algo que deve ser tido como mantra na cena eletrônica, afinal, somos todos parte dessa comunidade vibrante e colorida que visa libertar o ser humano de qualquer tipo de opressão, através da música.
Trazendo uma proposta nomádica cheia de intenção e significado, a label traz ainda um projeto de eventos tribais celebrando a criatividade e a inspiração, que deverá ocorrer em breve em vários lugares ao redor do globo, começando com Copenhague, Nova York, Malmø, Berlim, Santiago, Joanesburgo e onde houver entusiasmo em acolher o rufar do tambor tribal.
Mikkas, o criador do clássico moderno “Les Djinns”, segue com o Djuma Soundsystem em projeto solo há alguns anos, mantendo a marca registrada do som que se estende entre o House, Techno e Disco, sempre com foco claro em um sentimento profundo carregado de melodias deixando aflorar todas as emoções. O incansável produtor, que já lançou em selos como Toolroom, Elite, Audiomatique, Get Physical, Soundz, Conya, Noir, dentre muitos outros, abre para o público sua comunidade sonora Iziki, abraçando a diversidade musical pelo mundo afora.
A novidade é que há algum tempo a label passou a contar com o brasileiro Mezomo como sócio, adicionando uma pitada brasileira ao catálogo, já começando com seu próprio EP, Orun Aiye, que lança nesta sexta (09) e está em pre-order. A obra é composta por duas faixas originais e conta com a parceria de Nena Halena na composição do remix para “Cataclysm”. A faixa “Aganju”, leva o nome de um orixá, um dos espíritos da religião iorubá. Com uma linha de baixo instável e uma bateria semelhante a uma marcha, o ouvinte é guiado por uma paisagem de cantos e melodias de flautas, que ultimamente se tornou a marca registrada de Mezomo. Vale a pena conferir!