A vida de DJ já é uma loucura por si só. O tempo fica curto quando há necessidade de dividi-lo entre estudos, dedicação, viagens para se apresentar nas gigs, administrar a carreira e ainda conseguir manter a criatividade fluindo em meio a tudo isso. Se para quem trabalha apenas com a discotecagem, a rotina, às vezes, aperta, imagina conciliar com outro trabalho… Essa é a realidade de Mateus Spricigo.
O catarinense é um dos novos nomes da cena regional que vem se destacando devido ao seu talento e carisma em performances contagiantes e memoráveis, que inclusive, já marcou presença na pista do Surreal Park.. Mas, quem vê toda a sua desenvoltura até altas horas, não imagina que antes e depois das cabines, seu compromisso é com a arquitetura. A história de Spricigo com a profissão vem de berço, já que sua família é ligada à construção civil, o que o direcionou a seguir este mesmo contexto.
Em paralelo à paixão pela arquitetura, Mateus sempre esteve conectado à música. Ainda na adolescência, aconteceu seu primeiro encontro com o Dance Music, quando ganhou um CD com sets de Hernan Cattaneo, Nic Fanciulli, Sasha e John Digweed, e foi neste momento que a semente foi plantada. A partir daí, mesmo com poucas informações e recursos, ele esteve em uma busca constante para aprender cada vez mais sobre este universo, até que através de vivências e experimentações, pode ir desenvolvendo sua identidade sonora. E então, quatro anos atrás, o que antes era apenas um hobby ou escape do stress diário, virou sua segunda profissão, quando Spricigo iniciou a carreira como DJ.
Ele conta como entrou nesse mundo: “Meu começo foi parecido com o de muita galera, tocando pros amigos, festa da gurizada, mas logo no começo já criamos a Swing label (eu e o Balbinot). A partir disso fui sempre tocando nas festas da label, 1 anos depois já tive um convite pra tocar no El Fortin.. e aí cada vez mais fui me envolvendo. O que me motiva é a renovação, é a energia da galera mais nova, eu acabo saindo do meu stress diário das obras e tudo mais”.
Hoje, ele tem a oportunidade de seguir com os seus dois sonhos, mas conta que conciliar as rotinas não é nada fácil e exige bastante organização e planejamento: “é saber dosar o tempo, entender que existem momentos e momentos. Saber que tocar querendo ou não é um trabalho. Definir dias da semana e horários pras pesquisas, pros contatos. Sempre a noite né, no terceiro turno, é difícil, cansativo, mas faz parte. Nada que um banho e uma cerveja não embalem de madrugada. No final é sempre gratificante, tipo academia assim, é ruim até chegar, depois vale a pena! hahahah”, finaliza Spricigo, entusiasmado.
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