Diggin’ with: Rodrigo Sena | O poder das técnicas de discotecagem – por mais simples que sejam

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Por em 22 de novembro, 2022 - 22/11/2022

Animação, técnica, repertório, adaptabilidade e leitura de pista são alguns pilares que podem definir a participação de Rodrigo Sena na cena Tech House brasileira. Como DJ, ele começou há 4 anos, inspirado por nomes que vão de Gabe e Honey Dijon a Thomas Schumacher e Umek. Essa diversificação lhe deu amplitude sonora e, atualmente, Rodrigo Sena lança House Music em suas várias ramificações, mencionando também Minimal, Techno, e buscando em suas futuras produções uma mescla entre o Tech House e o Deep Tech Minimal.

À frente da gravadora e label party House One, o artista também pode curtir uma residência fixa e fazer a curadoria de seus próprios rolês, que vem ganhando o coração do público da Grande São Paulo, com edições em cidades como Santo André e São Bernardo do Campo. No Diggin’ With de hoje, vamos mostrar que detalhes importam e pegar dicas de discotecagem com Rodrigo, a partir de técnicas que o ajudaram a ganhar notoriedade em suas performances. 

Rodrigo Sena

“Uma das características mais marcantes em meus sets é o uso do que chamo de “paradinhas” ou “cuts”, que consistente em abaixar e levantar o fader rapidamente entre os kicks, deixando soar apenas ele. É uma técnica relativamente comum, mas procuro fazer variações nela, seja abrindo e fechando o grave entre os cortes, utilizando efeito de reverb para dar uma ambiência e continuidade no som cortado, e variando também entre abaixar o fader até o final ou apenas até a metade, de forma que um volume mínimo do contra kick ainda seja ouvido. Dessa forma, diferentes possibilidades são criadas devido à originalidade e improviso em cada vez que as faço.

Um DJ iniciante poderia praticar essa técnica em qualquer mixer e controladora, por mais simples que seja, pois é mais uma questão do timing de subir e descer o fader com a velocidade necessária pra que soe bem. Nunca encontrei um tutorial da técnica, mas no set dos The Martinez Brothers gravado no Kappa FuturFestival de 2018, que está no canal da BE-AT.TV, eles utilizam uma variação dessa técnica aos 54 minutos.”

“Além disso, deixo sempre o Vinyl Mode ligado para poder utilizar técnicas de backspin, buscando ser criativo também nestes momentos. Um exemplo de utilização do backspin e fazê-lo na track que está saindo tanto a partir do último kick quanto do último compasso, ou então utilizando o efeito Echo ligado apenas na track anterior, quando a nova vai entrar no break, o que gera uma cauda interessante que vai sumindo aos poucos.

Fora as mencionadas, tenho buscado entender melhor e aprender como fazer o Scratch, uma técnica antiga de manipular o disco de vinil ou a parte touch da CDJ pra frente e pra trás, podendo também utilizar o crossfader para criar um efeito com outra track que estiver tocando. Essa técnica é muito comum entre DJs de Hip Hop e de performance (no YouTube existem diversos tutoriais e apresentações) e na minha opinião, um dos mestres nessa habilidade é o DJ Murphy.”

Acompanhe o trabalho de Rodrigo Sena no Instagram.

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