Forte representante do Tech House brasileiro no exterior, raF viu sua carreira tomar novos mundos quando se mudou para a Austrália e passou a integrar lineups de eventos e espaços dentro e fora da Oceania, como Space Ibiza, The MET, WeLove, Lost Festival, GOODBAR, Arcade e Chinese Laundry. Entre os selos que prestigiaram seu som estão o Reecords, Encasa, Great Stuff e Toro.
Se antes raF já tinha suporte de nomes do porte Reelow, Melanie Ribbe e Ssero, raF celebra nesta semana o fato de descobrir que Michael Bibi tocou uma faixa sua, ainda unreleased, em pleno ADE (Amsterdam Dance Event), a maior conferência de música eletrônica do mundo. Bibi, como sabemos, também é o artista mais requisitado do Tech Housevatual e qualquer som que ele toque tende a bombar.
Pudera, a produção de raF ajudou. Já pudemos, no sigilo, ouvir a faixa e adiantamos que é uma infusão de percussão poderosíssima em cima de baterias minimalistas, que traz groove e calor latino simultaneamente. Para entendermos melhor o momento de raF na música eletrônica nos tempos recentes, conversamos com ele.
Oi, raF, tudo bem? Teve uma síncope quando achou o vídeo do Michael Bibi tocando sua faixa, ou você passa bem?
raF: Fala, galera, tudo bem por aqui sim. Obrigado. Olha, não vou mentir, eu quase caí pra trás, uma surpresa muito boa. Fiquei muito feliz.
Agora sobre suas produções, tem esta unreleased que lança a qualquer momento. Mas tem mais alguma novidade futura que deve entrar no nosso radar?
raF: Sim, temos coisas legais vindo, um EP e uma track para uma label espanhola, um outro EP para uma label francesa de um DUO queridíssimo no BR.
Sidney tem sido a sua base há alguns anos, mas você vai se mudar para o Reino Unido. Em clima de antecipação nostálgica, conte-nos os melhores momentos que viveu na vida noturna australiana, seja como DJ, seja como frequentador.
raF: Eu não posso deixar que destacar o convite para o closing set do The Martinez Brothers, closing para Hector Couto, entre outros line ups com diversos nomes de referência para a cena eletrônica.
Por falar em mudança, qual o motivo de ir para o Reino Unido e o que pretende alcançar por lá em termos de carreira artística?
raF: Depois de um belo network construído aqui em Sydney, lançamentos em selos europeus e os suportes ao longo dessa jornada, estou indo em busca de melhor reconhecimento e integrar alguma agência/crew de notoriedade.
Nesses mais de 13 anos de carreira na música eletrônica, quais foram os maiores desafios superados?
raF: Olha, sem dúvida a falta de estabilidade na classe artística, não é fácil seguir nesse ramo se não ficarmos e segurar firme na direção do sonho, muitas pessoas que conheci ao longo desses anos desistiram pois reconhecimento é algo que leva tempo.
Agora sobre produção, tem spoilers do que vem aí?
raF: Tem bastante unreleased boa aqui na gaveta. Vou liberar algumas promos para alguns amigos logo logo, e como disse anteriormente dois releases legais vindo em 2023, porém, em busca de mais lançamentos. Acredito que minha ida para UK vai ajudar bastante nesse processo.
Mande uma mensagem para o seu público brasileiro.
raF: Galera, espero que todos estejam bem, vivendo leve. Nos vemos em 2023, estou planejando uma mini Tour perto de Março. Nos vemos em breve.
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