O conceito de novidade é relativo, quando se trata de música, mais ainda, afinal tudo é cíclico. Essa coluna foi pensada com o intuito de resgatar músicas perdidas nas cases e Hds de DJs nacionais e colocá-las em evidência novamente. Cada convidado recebe a missão de trazer 3 músicas que poderiam estar atualmente em seus sets. Sons que possuem características atuais em seus timbres e arranjos.
Nosso convidado da semana: Tarter
Com uma década de carreira, o catarinense Tarter se transformou nos últimos anos em uma das referências da cena techno do Sul do país. Com músicas tocadas por nomes como Richie Hawtin, ele é reconhecido por seu Hybrid Live com a Model 1, mixer que ajudou a trazer e promover no país, se tornando então um aficionado por tecnologia. Além de comandar duas labes, Urban Soul e Createch, ele tem sido mentor de toda uma geração de novos artistas.
DRUMS OF LOVE – DRUMS OF LOVE (2001) Morbido Records – Eletrônica
Começo essa lista por uma track que além de ter marcado minha juventude, contém elementos que até hoje (comprovado por mim mesmo quando toco) que se conectam com o público. Sua base mais groovada e vocal marcante remete a um tempo onde não existia a guerra de comercial versus underground, um tempo que uma track bem construída, com qualidade e originalidade funcionaria para todos os públicos, e ela é uma destas obras primas. Sou apaixonado por ela e em long sets sempre toco ela na parte alta do meu set.
Jaydee – Plastic Dreams 1992 – R & S records – Tribal, House
Essa track é uma obra prima com quase 30 anos de idade que qualquer pessoa que não há conheça ouvir, irá dizer que é um lançamento atual, os elementos de bateria e seu synth marcante traz nostalgia, mas ao mesmo tempo obscuridade em momentos épicos durante um set, vivi grandes momentos ouvindo-a desde a infância e graças a esse convite, coloquei ela em minha case para o momento certo da lembrança.
Da Hool – meet her at the Loveparade (1997 – Eletrônica) Kosmo Records
Essa é uma clássica e já pude usá-la em diversos sets memoráveis, inclusive no carnaval em São Paulo para 20 mil pessoas, ela remete uma época onde a cena vinha ganhando cada vez mais força e o amor e a música boa estavam em sintonia, além de levar no título o nome do maior festival de música eletrônica da história.
Um fato curioso, foi que em 2017, quando ela completava 20 anos de existência, e a time warp também estava de aniversário, A Nina Kraviz a tocou em comemoração aos 20 anos de festival e da música. Momento épico. Esse set tem no youtube.