O ramo da música eletrônica é ainda muito conhecido pela informalidade dos processos. Por mais surpreendente que isso possa soar, quando pensando em grandes festivais e clubes renomados, a verdade é que tal palavra rege em grande escala boa parte dos ramos de atuação que norteiam este mercado. Aliás, a própria pandemia nos revelou tamanha informalidade no setor de eventos, já que muitos profissionais se encontraram em uma situação problemática diante da paralisação total dos eventos. E é claro que nosso nicho está embutido nessa história.
Mas, ao passo que o setor se desenvolve, ano após ano, especialmente na última década, a profissionalização também acontece, bem como, a criação de processos e regularizações. Já temos visto isso entre agências, nos termos de direitos autorais, no marketing e na, imprensa e até mesmo na própria produção de eventos, que aos poucos começa a pensar em melhores condições de trabalho. Muito ainda para se caminhar, mas já é possível afirmar que o processo se iniciou.
Uma prova forte desse movimento progressivo de profissionalização é a Next Management. Fundada em 2016, a agência 360º nasceu com o intuito de melhorar todas as ramificações que envolvem uma carreira artística. Buscando planejamentos e estratégias personalizadas para seus artistas, além do intermédio com labels e imprensa, setor de logística, networking com players do mercado e bookings para uma gestão de agenda mais eficaz, Douglas Assis, o fundador, deu um passo inovador no ramo, afinando aquilo que já estava em um processo construtivo entre agências, mas visando algo ainda mais personalizado.
Como casos que já mostraram que a operação tem sido eficiente, temos Victor Lou, Breaking Beattz, Visage, Cour T., Mochakk e Sterium. Um dos artistas de maior crescimento no mercado é Victor Lou, que foi o primeiro artista da agência e que segue em uma trajetória exponencial.
Para entender melhor o trabalho realizado, convidamos Douglas para nos contar detalhadamente sobre o trabalho realizado na Next. Confira
Olá Douglas, tudo bem? Obrigada por essa entrevista. Bom, vamos entender melhor sobre a Next Management. É uma agência 360º, conte-nos sobre esse “rótulo”
A NEXT fornece serviços 360° para o artista, devido aos seus grandes parceiros de bookings, imprensa e label management. Com a recente reestruturação, a empresa incluiu o departamento de logística, onde trabalha exclusivamente em prol do artista que faz parte do casting da NEXT. O foco é executar a logística com base nas preferências do artista, mas também colaborando ativamente com a equipe da agência de bookings.
E o que vocês realizam em termos de setorização? Ou seja, quais são as atividades que a agência promove para fomentar a carreira dos artistas?
Dentro da empresa temos as áreas de Marketing, Logística, Administração e Gestão. Cada setor atua diretamente nas conclusões de tarefas de cada artista. Sendo assim, atuamos desde análise de praça para o âmbito comercial até o lançamento musical e definição de suas estratégias. Contamos com um time operacional local e remoto, otimizando a entrega e melhorando a qualidade.
Como surgiu a ideia de fazer um hub que conectasse todos os pontos necessários para uma carreira ascender? O que te motivou a dar início a esse projeto?
Logo no início da minha carreira, em meados de 2014, identifiquei diversas lacunas que precisavam ser preenchidas. De lá pra cá eu foquei exatamente nesse propósito. No Brasil, há muitos talentos, mas precisam amadurecer para crescer de forma sólida. O objetivo e ICP da empresa é preparar o artista para os próximos 3 anos de sua carreira. É fazê-lo entender o mercado que está inserido e o que precisa ser feito para continuar crescendo, tendo visibilidade e cativar o público de forma orgânica e ativar isso constantemente.
Vocês estão super conectados a artistas de Tech House e Bass House. É um objetivo primordial da agência? Vocês têm interesse em ampliar o campo de atuação no futuro?
A empresa tem raízes fortes na cena underground – que hoje se tornou mainstream. Sempre tivemos bons relacionamentos com artistas de gêneros de tech house, bass house, g-house e similares. A ampliação do campo depende muito da movimentação do mercado, mas atualmente não é o foco.
Vocês também promovem o Marketing, um ponto sensível nas carreiras artísticas. Como funciona essa área?
Aqui pensamos em todos os aspectos. Gostamos de deixar essa área ligada diretamente aos desejos dos artistas. Eu coordeno essa área pessoalmente, pois o marketing está linkado com o setor comercial e é onde eu preciso pensar estrategicamente para assim valorizar ainda mais o artista no mercado. De modo raso e tendo uma explicação rápida, este setor alinha estratégias de lançamentos musicais, sets, press kits, clipes – além da produção do mesmo, performance em shows, vídeos, fotos, análise de posts e crescimento em mídias sociais em gráficos.
Há também a área de manager de cada artista. É como uma agência convencional de DJs?
O manager é como se fosse um “sócio” do sonho do seu artista, ele é o braço direito e precisa ser de extrema confiança. A área de management é o que gerencia todos os setores. Essa gestão deve ser feita de forma minuciosa pois envolve setores macro como: contabilidade, jurídico e tomadas de decisões estratégicas para a valorização constante do artista.
Em termos de evolução, já é possível afirmar que a proposta está funcionando? Quais são os cases de sucesso?
De fato a proposta funciona, pois o que rege o nosso trabalho é a paciência e persistência. Graças a Deus temos um networking muito forte, e somos gratos aos nossos clientes e parceiros pela confiança. Pois dessa maneira, a NEXT Management contribui e contribuiu na evolução de artistas como Victor Lou, Mochakk, Visage, Sterium, Breaking Beattz e outros como Duarte e Cour T.