De um lado a efervescência cultural brasileira e do outros a israelense, ambas muito ligadas às nuances psicodélicas da música. O resultado? Basta um ‘play’ em qualquer faixa do catálogo musical do Photosynthesis e já é possível entender o quão frutífera ela pode ser. Com o recém lançado álbum de estreia “Vibe & Emotion”, viabilizado pela Sonoora Records, ficou ainda mais evidente.
“Recife foi o lugar onde iniciei na música, mas sempre me interessei por música desde criança. Aos 12 anos ganhei um contrabaixo de presente da minha avó e comecei a ter aulas. Recife é um polo cultural bastante reconhecido a nível mundial: vários artistas, sons e diferentes influências musicais que se mesclam”, conta Ikaro Sampaio sobre seu background.
Enquanto Yotam Avidan narra: “nasci e cresci em Israel e não há dúvidas de que viver neste país influenciou minha evolução artística. Começou quando eu tinha 14 anos, na primeira vez que eu fui exposto à música do Infected Mushroom e Skazi (…) gostei muito desde o começo e queria aprender mais e mais o tempo todo. Felizmente conheci cada vez mais pessoas em Israel que me ajudaram com algumas dicas e truques de conhecimento prático. Depois de alguns anos fazendo isso me encontro com meu primeiro estúdio profissional e a partir daí tudo é história”.
Os amigos se conheceram em 2013, em uma espécie de encontro de almas. Diante dos diversos pontos de convergência, a amizade rapidamente aflorou. Mas, apenas em 2018 eles uniram suas respectivas atividades musicais, convergindo no Photosynthesis, um duo cuja grande grande característica é a originalidade psicodélica.
“Tudo na vida pode nos trazer inspiração e nunca saberemos quando isso vai nos alcançar: se é andar lá fora e ouvir a natureza, como pássaros voando ou qualquer outra coisa, mas uma das coisas que realmente nos inspira é a própria música. Gostamos de encontrar inspirações em coisas que também estão fora dos gêneros e subgêneros do Trance, mas somos influenciados pela cultura e música psicodélica desde o primeiro dia, então ouvimos música old school e também new school. Por causa disso você pode ouvir em nossos sons vários aspectos de diferentes culturas: por vezes são alguns instrumentos orgânicos gravados por nós, ou vozes, mas principalmente linhas de perguntas e respostas que às vezes são mais melódicas e outras vezes menos. Estamos tentando criar nossa música de uma forma que cada segundo dela não deixe as pessoas entediadas (e nós realmente esperamos que tenhamos conseguido isso). Nós pensamos e acreditamos que nossas músicas são uma mistura entre dança, culturas, natureza e psicodelia”, reforçam.
Com o bom movimento dentro e fora dos estúdios, o duo segue evoluindo e conquistando seu espaço no panorama global da música eletrônica psicodélica.
Acompanhe o duo no Instagram.