Conversamos com Lucas Aoki sobre os desafios do seu início na produção musical

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Por em 18 de julho, 2022 - 18/07/2022

Todos os começos carregam algo de especial. Seja pela ansiedade em encarar as infinitas possibilidades que ainda estão pela frente ou pela excitação de a cada dia ir aprendendo algo novo pelo caminho. Independente do motivo que fazem dos inícios momentos memoráveis, é inegável afirmar que eles também vêm acompanhados de grandes desafios, afinal, ficar frente a frente com o novo exige, no mínimo, um tanto de coragem.

Mas a produção não se qualifica exatamente como uma novidade na vida de Lucas Aoki. O jovem paulista se interessou cedo pela música e aos 11 anos já arriscava alguns acordes de guitarra durante aulas oferecidas por um projeto em sua região, no interior do estado. Daí para o primeiro contato com a produção musical foi um pulo, e na adolescência já começou a trabalhar como ghost producer em diversos projetos. 

Hoje, com 19 anos, o artista decide focar em seu projeto pessoal e já começa com o pé direito. Sua primeira track foi assinada pela Elevation Music Records, label de Illusionize, outro jovem prodígio da cena eletrônica nacional. Agora, também acaba de publicar “Together“, um Deep House envolvente que marca esse início de carreira e estreia no selo catarinense Dif Records.

Foi para saber mais sobre esse intenso início de jornada que conversamos com o artista. Confira agora a entrevista:

GRVE: Olá, Lucas! Prazer em conversar com você. Como é sua primeira vez aqui, queremos te conhecer um pouco melhor. Conta pra gente em mais detalhes como aconteceu esse seu primeiro contato com a produção musical.

Lucas Aoki: Primeiramente queria agradecer toda equipe pelo espaço e atenção ! Acredito que o meu primeiro contato com a produção tenha sido aos 14 anos, na época o EDM estava no auge, eu curtia muito avicii, dimitri vegas & like mike, hardwell, skrillex (quem nunca pirou num EDMzão que atire a primeira pedra haha). Assim surgiu meu interesse, como instrumentista eu não entendia de onde vinham aqueles sons, aí pesquisando descobri que eram sintetizadores e que nada daquilo era feito com algo “físico” e sim no PC digitalmente, movido pela curiosidade acabei instalando o fruit loops (famoso FL Studio) e assim comecei a brincar haha, vou admitir, demorou pra sair coisa boa hahahaha, mas depois de muitas horas de tutoriais no youtube, tracks péssimas, a coisa foi ficando boa, transitei por diversos gêneros, já fiz beat de rap, lofi, EDM hahah, mas hoje me encontro totalmente no house.

GRVE: Você começou como ghost producer, certo? Quanto tempo atuou nessa área e como essa experiência agregou ao seu projeto pessoal hoje?

Atuei como ghost por um bom tempo, acredito que tenham sido mais de 3 anos. Sou muito grato pelas experiências que tive no meio do ghost, me fez entender melhor o mercado, lidar com clientes, ser profissional e ter consistência, até hoje quando me sobra um tempinho vendo uma coisa ou outra. 

GRVE: Seu primeiro lançamento oficial foi esse ano, já pela label do Illusionize, outro cara que começou super cedo e hoje é um dos grandes nomes do cenário nacional. Como rolou essa conexão?

Acredito que o release na elevation tenha sido um grande divisor de águas na minha carreira, quando finalizei a “keep it to myself” senti que estava a cara da elevation, logo mandei no mail de demos deles, a princípio achei que não tinham aceito a track, demoraram um tempo pra responder, mas quando a resposta veio era do próprio pedrinho dizendo que curtiu a track e queria lançar no KBB (kick bass brasil) nem pensei 2x haha aceitei na hora.

GRVE: Agora está lançando pela Dif Records, selo que iniciou as atividades recentemente, mas já tem feito muito pelo Deep House. Como foi essa experiência também?

Meu release na dif veio a convite do Ruan (um dos fundadores da label), aceitei também sem pensar 2x haha, a proposta da label me pegou de cara, além de que a identidade visual é foda de mais, como ja disse o mochakk, “tinha que fazer um 5pannel com dif estamapado”hahah. Queria aproveitar pra agradecer a galera da dif também, pela paciência e atenção. Valeu Pedro, Ruan e os demais envolvidos !!

GRVE: Bom, agora vamos falar de desafios. Quais foram os principais percalços que você encontrou e tem ainda encontrado agora nesse início de carreira assinando como Lucas Aoki?

A parte que mais senti dificuldade foi criar conteúdo, sou péssimo nisso haha, meu instagram é vazio e nada artístico hahaha como sai do ghost, nunca precisei ter um perfil com muito conteúdo, meu insta era até privado há pouco tempo atrás hahahah, minha parada sempre foi só fazer música, agora que estou aprendendo a criar conteúdo, ter um senso melhor para as postagens e etc.

GRVE: Alguma dica pra quem está começando, assim como você?

Para todo mundo que curte arte e quer viver disso, continuem fazendo (é clichê, eu sei) mas foi o que funcionou pra mim, comecei e não parei e não pretendo parar também haha uma hora a coisa começa a dar certo !

Outra fita, conheçam pessoas que fazem o mesmo que vocês, é muito ruim levar tudo sozinho, tenham um amigo produtor que sempre vai ouvir suas demos e te passar a visão, alguém pra tu trocar ideia sobre o que passa na cena e etc.

GRVE: Pra fechar, uma curiosidade nossa. Você já nasceu com sobrenome de lenda mesmo ou Aoki é nome artístico? Rs.

Essa é clássica ahahah, esse é meu nome mesmo, tá no RG, infelizmente não sou parente da lenda :(((( hahaha, mas sempre fico feliz de ligarem que seja meu nome a ele hahaha já escutei muito o som dele.

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