Alexandre Cesar Chaves é quem dá vida ao projeto musical de live act, Day Out Of Time. Mas, para apresentar sua estética sonora, a única rota que parece ser possível, é através da narrativa de sua própria história, já que mesmo com a pouca idade, ele parece ter vivido muitas vidas.
Conhecendo mais a fundo sua biografia pode-se dizer que além de uma alma artística com sede pela música, temos aqui uma alma mundana e, por que não, inquieta. Com menos de trinta anos, ele já percorreu alguns cantos desse mundo, a começar pela origem francesa, uma infância na Flórida, uma adolescência no Rio de Janeiro e uma formação acadêmica em um conservatório de música em Los Angeles, que aprofundou seus conhecimentos e trouxe mais luz à sua própria busca, que ainda não estava completa.
Foi ao trabalhar em festivais pela costa oeste dos EUA, que ele entendeu seu propósito: unir os mundos entre instrumental e digital, como DJ, multi-instrumentista e produtor. O encontro com o viés estético, viria na sequência, em seu retorno ao Rio. Foi a cidade maravilhosa que forneceu a inspiração que ainda faltava: multicultura, a atmosfera solar, sonoridades orgânicas da floresta tropical, povos originários e suas medicinas.
Posteriormente, Alexandre foi para Espanha, Tailândia e Berlim, onde buscou aprimorar suas técnicas de produção, através de muita prática. Após alguns trabalhos, ele finalmente materializou seu sonho de montar o próprio live act com sintetizadores, controladoras, computador, voz e guitarra. O ano de 2020 o trouxe de volta para que seu processo artístico começasse a reverberar com mais força.
Mas afinal, e a estética? É um prato cheio! Com uma abordagem contemporânea, ele mistura camadas leves, progressivas, melódicas e profundas que transitam por diversos estilos como Organic House, Progressive House, Deep House, Deep Tech e Downtempo, mas trazendo camadas tropicais, percussivas e étnicas, como no EP Tales From The Atlantic. Em termos subjetivos, a sensação é de cruzar com um som que estimula o imaginário com abordagens até mesmo lúdicas.
Entre seus projetos, Karuana é sua própria label, onde lançou seu primeiro álbum Monsters in the Dark, em 2019 e a cocriação da festa Rito, que acontece na capital carioca, além do showcase do próprio selo, que contribuem para suas vivências, mas com momentos marcantes também em festas como Rio ME, Ame e clubes e festivais alemães. Suas criações já receberam suportes de nomes como Eelke Kleijn, Lost Desert, Be Svendsen, Cid Inc, Renaat Vandepapeliere, Nick Varon, Lonya, Jerome Isma-Ae e muitos outros.
Com tanta história de vida, fica difícil não ficar com uma pontinha de curiosidade sobre o que este cérebro cria através da música. Conheça-o aqui:
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