Pitros transforma o Indie Pop do canadense Brad Sucks em um Tech House perfeito pra pista

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Por em 2 de maio, 2022 - 02/05/2022

O ano era 2003 quando o cantor Brad Sucks lançou seu hit “Making Me Nervous”, um hit indie pop de curta duração que, de certo modo, tornou-se atemporal. Agora, quase vinte anos depois, esses sons hipster-hipnóticos ainda formam uma excelente faixa para ouvir em pistas. Por falar em pistas de dança, “Making Me Nervous” acaba de ganhar uma versão tech house minimalista pela mente criativa do DJ e produtor mineiro Pitros. 

Direto de São João del Rei-MG, Pitros conquistou o público de sua região com seus eventos, faixas autorais e, também, ao modificar, recortar, ampliar e reformular sucessos de vários gêneros musicais. Já foi o rock de Guns N’ Roses, o pop melancólico da Dido… agora é a vez de Brad Sucks. A história de como surgiu, ele conta abaixo:

“Estava produzindo muitas faixas ‘Peak Time’ e pensando em produzir algo mais ‘vibes’ para caber em outros momentos do set. A escolha da faixa vem da minha adolescência quando andava de skate com um ipod shuffle recheados de hits que foram influências de um primo, que ouvia muito rock, punk e indie. A ideia do ‘Welcome To the Jungle’ surgiu também mais ou menos dessa mesma fase. Há uns 2 anos atrás quando comecei a produzir música eletrônica, estava meio cansado de ouvir só o mesmo gênero musical e estava precisando de inspiração, daí resgatei essas músicas e criei uma playlist pessoal no spotify dos rocks que ouvia na época”.

Nesse seu novo edir, o foco é usar as características minimalistas do tech house para trazer um som refrescante e dançante para o público. Para chegar nessa identidade, ele conta que carrega influências familiares dos pais para o samba, divas pop pela irmão, e rock pelo seu primo. “O tech house minimalista vem provando que um bom groove com pratos bem encaixados cabe em muitos estilos quando se trata de remixes, podendo abordar todas essas influências em um som com conceito. Nas minhas faixas originais, sempre tento trazer uma pegada um pouco mais orgânica e life-like, o desafio é como fazer algo ‘catchy’ e com bastante vida utilizando poucos elementos”, explica.

Pitros · Brad Sucks – Making Me Nervous (Pitros Edit)

Quando se apresenta ao vivo, há ainda menos limites para o artista. Seu passado sempre foi condicionado por ecletismo musical. A família de Pitros é responsável por festas tradicionais de Carnaval em São João del- Rei, e isto já deu o pontapé para sua jornada na música brasileira. “Cresci ouvindo tendo diversas influências musicais e na adolescência, quando passei por uma fase mais insegura de mim, tinha vergonha de ter gostos musicais ‘opostos’ ou ‘polêmicos’. Quando comecei a me interessar profissionalmente pela música e ouvindo boas referências, a conclusão que se tem é isso: o Brasil é um país formado por misturas. Então qual seria o problema de eu beber de diversas fontes e quebrar certos ‘limites’ dentro das produções e mixagens?”, reforça o artista, que passeia por diversas influências ao longo de seus sets. 

Essa forma de viver a música trouxe ao Pitros a possibilidade de criar nos ouvintes uma percepção ampla de seu trabalho. De um modo, produz faixas originais como “Okay”, “Tatarata” e “La La La Vida”, posicionando-se em selos como Price Incorrect, Tropical Club, Le Musique e CLAB. De outro, divulga edits de sucessos variados e ganha suporte de nomes como Dom Dolla, Gordo (Carnage) e Mochakk. 

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