Feemarx, um dos nomes por trás da Not Another, está de volta à gravadora e fala sobre seu novo EP: Shih-Tzu

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Por em 23 de maio, 2022 - 23/05/2022

Despontando no nordeste brasileiro, o DJ e produtor Feemarx está sempre muito engajado com a cena eletrônica. Co-fundador do selo musical Not Another, ele volta a contribuir com a label no EP Shih-Tzu, que chega oficialmente no dia 10 de junho, apresentando um som característico do Progressive e Deep House em duas faixas originais.

A sua gravadora vem há mais de 7 anos trabalhando para ser referência com a propagação de todo tipo de arte, desenvolvendo projetos em diferentes níveis artísticos, misturando design visual e sonoro. Essa verve essencial da label já fomentou artistas latino-americanos em busca da diversidade cultural e indo além dos gêneros pré-concebidos. 

Com seu retorno ao selo, Feemarx reafirma seu estilo característico com composições que vão de sintetizadores antigos a grooves apaixonados. Aproveitamos a oportunidade para falarmos com ele sobre seu último release, as influências utilizadas e novidades que podemos esperar ainda este ano.

Olá, FEEMARX, tudo bem? Obrigada pela conversa com a GRVE: Como foi o retorno à gravadora para lançar esta track? O que representou para você neste momento?

Feemarx: Obrigado a vocês pelo espaço e fico feliz em responder essa pergunta, pois para mim ainda é um momento pós-pandêmico. Shih-tzu foi feita durante os primeiros meses de pandemia e foi um período muito traumático, mesmo eu tendo a vida de home office no meu estúdio, toda a energia das pessoas em estarem enclausuradas me afetou bastante, por isso saiu uma track introspectiva com explosões imersas retratando muito o que estava acontecendo. 

Já a Engine foi um remix de mim mesmo, pois era uma track feita em 2017 que resgatei para acompanhar no EP, ela tem suas características mais próximas de como estamos agora, felizes, com eventos, festas e festivais funcionando e a alegria de poder transmitir felicidade aos outros.

Quais influências sonoras foram utilizadas para chegar neste resultado do EP? Pode comentar os aspectos técnicos e suas influências gerais…

Eu me considero meio futurista, consigo reunir coisas antigas como os Synths usados e apostar em fórmulas que ainda não existem no meio dos gêneros eletrônicos. Gosto de plantar sementes para a criatividade alheia para que os outros produtores possam ter uma visão mais ampla e não apenas copiar fórmulas já usadas anteriormente.

Entre a produção e a discotecagem, atualmente com o que você está se dedicando por mais tempo? Como está conciliando esses dois mundos? 

Falei do momento pós-pandêmico pois ainda não retornei fielmente as pistas, isso é uma coisa que está para acontecer. E vendo os eventos acontecendo estou mais disposto agora vendo que ninguém está se machucando ou voltando pra casa sem saúde. E por isso estou focando bastante em trabalhos de estúdio onde são lançados para outros nomes da música eletrônica mundial.

Diante desse trabalho com a Not Another e sua trajetória musical, como você vê a evolução das vertentes do Deep e Progressive House dentro e fora do Brasil?  

Ao decorrer dos anos, as vertentes tendem a seguir o trabalho dos grandes artistas da área, e quando esses artistas saem do gênero musicalmente e estruturalmente falando, o mesmo se transforma. Ainda não temos uma base dentro do eletrônico para falar que ‘isso é isso, e aquilo é aquilo’, o que acaba tendo um lado positivo onde as pessoas não precisam ficar agarradas ao gênero musical, mas sim na música eletrônica como um todo! 

Sobre seus trabalhos já produzidos e lançados, qual é a característica principal em todos eles? Em qual traço podemos encontrar mais de Feemarx? Onde você deixa a sua marca?     

Acho que no uso dos mesmos synths e programações antigas. Se tivesse um gênero ‘old prog school’, eu estaria nele (risos).

A cena eletrônica no Nordeste está em forte crescimento e chama atenção pelas inovações e novidades que aparecem. Quais outros núcleos/coletivos/artistas você acompanha e vale destacar? 

Em Fortaleza tem uma cena bem legal com o DJ FIL e Lobbao, englobando Natal e João Pessoa ,os DJs Kevin Luck e Alvarez, e em Recife, o Felipe Novaes, seguindo essa galera, quem frequenta o nordeste irá para os melhores eventos!

O que mais podemos esperar de Feemarx para este ano? Quais novos trabalhos estão em andamento? 

Em paralelo a tudo isso, estou trabalhando em um álbum (ainda sem nome) que são faixas inspiracionais para os produtores iniciantes. Todas as faixas vão sair com as stems (cada áudio) abertas no site da Not Another para que qualquer produtor possa fazer seu próprio remix ou ajudar em suas produções. Todo mundo depois que aprende da aula de produção, acho que falta isso no mercado: uma ajuda em como se inspirar em algo, crescer, evoluir e ajudar o próximo!  

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