Em tour pelo Brasil, falamos com Echonomist sobre seu remix para Stephan Bodzin

Por em 18 de março, 2022 - 18/03/2022

Em bom momento de carreira, Echonomist traz uma novidade musical às vésperas de sua primeira turnê em território brazuca neste mês, trazido pela WRX Agency. Após o start oficial ontem (17) no BC Club São Paulo, ele segue hoje para a Red Room Belo Horizonte (18), segue no sábado para o Amaitê Praia Balneário Camboriú (19) e Tomorrow We Dance São Paulo (19), finalizando na semana que vem no 5uinto Brasília (25) e Caos Campinas (26).

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O DJ e produtor natural da cidade grega de Thessaloniki agora promove um remix especial para o titã do melodic techno Stephan Bodzin. A faixa é “River” e faz parte do álbum “Boavista Remixes”, que Bodzin lançou no ano passado e, como já virou tradição para seus álbuns, lançou agora uma coletânea de remixes para cada item da tracklist. 

Em um de seus melhores momentos da carreira, Echonomist está entre alguns dos produtores mais requisitados da atualidade em um contexto de cena mundial. Dotado de uma sonoridade sensível, autêntica e, ao mesmo tempo, palatável para as curadorias de marcas-líderes do mundo clubber — Afterlife e Innervisions, citando alguns.

Neste remix da faixa “River”, Echonomist aposta em breakbeats, jogo de ruídos e sequências harmônicas equilibradas para dar cara nova às poderosas melodias etéreas da faixa-mãe. Falamos com ele sobre a produção da track. 

Como surgiu o convite para remixar Stephan Bodzin?

Alguns meses atrás eu fiz um remix para um clássico de Marc Romboy e Stephan Bodzin, “Phobos”. Stephan gostou muito e ele pessoalmente me pediu para fazer um remix para seu próximo álbum também. Depois de ouvi-lo, senti que seria mais desafiador remixar uma das faixas ambients do álbum.

Quais foram os passos para produzir “River Remix”? Você já tinha uma ideia inicial em mente ou experimentou os elementos naturalmente?

Como faço com todas as minhas faixas originais e remixes: eu apenas começo a improvisar com meus sintetizadores e quando tenho algo bom gravado, começo a organizar as partes, mas sem perder o feeling enquanto eu estou ali.

Você encontrou obstáculos criativos ou quaisquer outros desafios ao longo do caminho? Se sim, como você os resolveu?

Fiz o remix em 2 dias! Meu único “problema” é que sempre faço faixas de 13 ou 15 minutos e depois tenho que torná-las mais curtas 😀 Mas quando testei o remix pela primeira vez para um show, sabia diretamente quais partes deveria fazer mais curtas.

Estúdio Echonomist

Fazer um remix envolve imprimir sua própria assinatura sonora, preservando as referências à faixa original. Quais elementos e escolhas de produção deste remix você considera “a cara” do Economist?

Antes de mais nada, decidi fazer um break remix! Também a maneira como eu uso os efeitos como, por exemplo, o space echo da Roland e a maneira como eu misturo os sintetizadores, criando diretamente uma característica do meu próprio som.

Existe um conjunto de técnicas e plugins comuns às suas produções que você usou novamente em “River Remix”? Para que servem?

Acima de tudo, são meus sintetizadores de hardware como o Prophet Six e o Moog 1, e também, como eu disse antes, o space echo da Roland e o Sky reverb do Strymon. Algumas pessoas me disseram que minhas mixagens criam um low end sólido nas minhas produções.

Então eu acho que isso é algo que vem de uma maneira distinta de fazer o side chain nos canais entre eles. Especialmente o kick com o bass, mas também o kick com os pads, então dá a sensação de que há muito “ar” na pista.