Dia internacional do DJ: história de como surgiu a profissão

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Por em 6 de março, 2022 - 06/03/2022

O DJ é aquela pessoa que traz as melhores lembranças da vida, seja em uma festa underground em um porão escuro, um mega festival com os amigos, na festa da empresa com aquele seu colega chato dançando e até naquela festa de casamento louca. O DJ é onipresente na vida de todos!

Quantas vezes me lembro de fechar os olhos e esperar o DJ me guiar para as mais variadas sensações em beats perfeitos, uma ligação sensorial que é inesquecível, artistas que são emblemáticos na arte de sensações.

Hoje, dia 9 de março, celebramos o Dia internacional do DJ, em homenagem a esses profissionais que integram nossos corações diariamente, vou te guiar na história de como surgiu a profissão.

Em 1939 o termo Disc Jockey surgiu, com o radialista americano Walter Winchell, que descreveu o locutor Mártin Block, que ganhou fama por tocar música popular gravada nas rádios.

Já para a década seguinte, em 1943, o radialista Jimmy Savile se tornou o primeiro DJ de festa da história, tocando discos de jazz em um clube de veteranos ingleses, mais tarde, em 1947, Savile foi o primeiro a utilizar dois toca-discos e microfones para discotecar.

Em 1947, abriu em Paris, a boate Whiskey a Go-Go, sendo considerada a primeira discoteca do mundo. Anos mais tarde, a gerente do club Régine Zylbenberg tocou um disco no lugar das bandas ao vivo, se tornando uma visionária na discotecagem.

Em 1950 os DJs de rádio americanos apareciam ao vivo, surgindo assim as “platter parties” – festas em lanchonetes, onde assumiram o papel de uma jukebox humana. Eles geralmente tocavam discos de 45 rpm, apresentando singles de sucesso em um toca-discos, enquanto conversavam entre as músicas. Em alguns casos, um baterista tocava as batidas entre as músicas para manter a pista de dança. Aqui no Brasil, em 1958, já tínhamos nosso representante: Osvaldo Pereira, conhecido como primeiro DJ brasileiro, começou visionariamente a discotecar em festas paulistanas.

Em meados da década de 1960, boates e discotecas continuaram a crescer na Europa e nos Estados Unidos. Equipamentos de DJ especializados, como o clássico mixer CMA-10-2DL, começaram a aparecer no mercado.

Nos anos 70 começou uma diversificação da profissão, percebemos assim o significado literal do Disco Jockey – aquele que manipula o disco. A partir do início dos anos 70, os Disc-Jóquei – evolui para a abreviação DJ – eram sempre radialistas de emissoras de rádio, que selecionavam as músicas para tocar em seus programas. Ao irem além do feijão com arroz criavam novas formas de tocar músicas, misturando ritmos e sequências aleatórias programadas por eles mesmos.

Em 1974, a Technics lançou o primeiro toca-discos SL-1200, que evoluiu para o SL-1200 MK2 em 1979, sendo até hoje importantes máquinas na profissão.

Pulando diretamente para a década de 80, os sintetizadores estavam em alta, a banda Kraftwerk explodia com o uso de sintetizadores. Várias festas, festivais, raves ilegais surgiram e a profissão se tornou diversificada pelo mundo.

O DJ Larry Levan, residente do famoso Paradise Garage, em Nova Iorque, teve a ideia de misturar disco music com synthpop europeu, tornando assim a House Music, que já vinha de Chicago, uma explosão em danceterias por todo país. Nessa mesma época Nova Iorque viu o surgimento do gênero Garage, um híbrido de house music que foi inspirado no estilo de Levan e às vezes evitava os agudos acentuados do som house de Chicago.

Ainda na década de 80, o techno emergiu na cena clubber de Detroit. Um marco para história, onde surgiram vários DJs de renomes, ativos até os dias de hoje. O Techno, diferente de outros gêneros, se distanciou da Disco Music e se tornou um gênero quase puramente eletrônico com batidas sintetizadas. Em 1985, a Winter Music Conference começou em Fort Lauderdale Flórida e se tornou a principal conferência de música eletrônica para DJs de dance music.

Na década de 90, uma explosão de diferentes caminhos para os DJs surgiu com a invenção do MP3, uma nova forma de manipular música digital e o lançamento da primeira rádio online, isso fez a profissão embarcar em um mundo que vivemos hoje, de DJs superstars que estabeleceram “marcas” comercializáveis ​​em torno de seus nomes e som em todo mundo. Entre os anos 90 e 2000, surgiram os CDJs, encabeçados por marcas como Pionner, Technics e Numark, como facilidades e recursos que possibilitaram melhor mixagens de tracks.

Atualmente, ser DJ é algo poderoso, se tornou símbolo de esforço e muito amor, mas para trilhar esse caminho existe uma construção árdua que vem com muitas horas de trabalho, dias sem dormir e uma cobrança excessiva, que embala a história ancestral que contamos aqui. 

Para o público, esse profissional é o elo mais importante da diversão, assim como a música, afinal, existe uma magia quando o DJ solta o som, com aquela sua track favorita, que você sonhou em ver nas mão do seu Disc Jockey favorito, levando ao êxtase e a gratidão instantânea, sentimentos indescritíveis. Neste editorial pudemos acompanhar um pouco de como surgiu o DJ e a evolução desta profissão, passando por diferentes períodos. Hoje é dia de parabenizar a todos que escolheram o Disc Jockey como arte.

Its All About Groove!

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