O que esperar quando o clássico encontra o novo? É o que vamos descobrir na nova produção de Buguinha em parceria com RoB, numa revisitação à faixa “My Tree”. Buguinha está no mundo da música desde que se conhece por gente, por intermédio do pai – o Bugão – que mantinha a empresa Buga Som em Pernambuco. Entre as sonecas nas caixas de som quando criança até o desenvolvimento musical completo como produtor, Buguinha se tornou nome indispensável quando se fala de Dub no Brasil.
O que une esses dois nomes é o amor pelo Dub, técnica de mixagem desenvolvida na Jamaica e que influenciou todo o mundo. RoB entra sendo a parte contemporânea da parceria; ela é cantora e compositora, eletrônica e urbana, música solar e doce para a alma e o coração. E dentro dessa esfera serena de tranquilidade, saiu o Dub Mix de sua faixa “My Tree”, uma das que compõem seu último álbum “RoB Love”.
Conversamos com eles para entender mais sobre essa colaboração e a mistura dos sons, acompanhe:
Revisitar um som é sempre uma experiência especial né?! Como vocês iniciaram essa parceria? Por que escolheram essa faixa?
RoB: My Tree é uma música que já nasceu com um pé na Jamaica e me pareceu um caminho natural que ela viesse a ter uma versão Dub. Sempre curti demais o trabalho de Buguinha e pedi para William Paiva (produtor musical do meu álbum “RoB Love”), mostrar a faixa e ver se ele topava fazer essa versão. A partir daí tudo fluiu e acabamos gravando My Tree Dub ao vivo, no estúdio de Buguinha.
Buguinha: A ponte foi feita por William Paiva, que eu conheço há um tempão. Ele me apresentou a My Tree, eu chapei com a sonzeira, a produção e fiz uma versão adubada no estúdio. Aí RoB convidou para fazermos uma sessão ao vivo, ela queria estar nesse universo, vivenciar aquilo, que é o que eu mais gosto também, a conexão, as pessoas próximas.
Para você, RoB, como é trabalhar com alguém que é referência para o seu estilo musical? O que aprendeu nessa jornada de estúdio com o Buguinha?
RoB: Instigante demais! Sou amante do Dub e Buguinha é uma grande referência pra mim neste gênero. Minha sensacão no estúdio de Buguinha foi de entrar numa máquina do tempo. Ou de parar o tempo. Ver ele mixando ao vivo com seus milhares de botões, sentir os efeitos dos ecos analógicos e reverbs de mola me colocou num certo estado de transe. E o que mais me encanta e busco na música é esse estado aí, que só ela me coloca.
Mesmo experiente, acredito que estamos sempre aprendendo; e aproveito para perguntar para você Buguinha, como artista consolidado no Dub, o que aprende com a nova geração, e principalmente com essa parceria com a RoB?
Buguinha: O mundo da música é um eterno aprendizado, estamos sempre reciclando ideias, conhecendo gente nova, com novas energias. Eu fiquei bastante feliz com o potencial de voz de RoB quando nos juntamos no estúdio, pirei mais ainda. William também trouxe sua contribuição com a escaleta. A música é uma constante celebração de momentos e essa foi uma conexão massa.
Podemos esperar mais frutos dessa colaboração? Parabéns pelo trabalho na track pessoal, e obrigada por falarem com a gente!
Buguinha: Sim! Já estamos pensando nisso. Celebrai! Vamo que vamo!
RoB: Ah sim! Já quero mais e vejo muitas versões Dub juntos pela frente!